MAÇOM: ESPIRITUALISTA OU MATERIALISTA?


Ontem na sessão do trono de Salomão, á esquerda do Venerável Mestre, puder observar com muita calma, como nunca fora feito antes.

O Livro foi aberto pelo Orador, lido o Salmo e posto o Esquadro sobre o Compasso no Livro da Lei. Ai algo aconteceu. A  reflexão.

Admitido que na Instituição, através do processo milenar de iniciação, o maçom transforma-se num novo homem, livre do jugo asfixiante das coisas materiais, que passam a ser consideradas - embora necessárias à vida cotidiana - num segundo plano. (Quem bom que pudesse ser assim) – Mas, Irmãos questiono a todos. Como pode um Irmão não ser materialista, se vive das coisas do vil metal? Como pode ser espiritualista, se não pagar até a 3ª mensalidade em dia, torna-se irregular perante a Loja e a Maçonaria (ver as constituições das Potências). Então presumo que somos  Materialistas, mesmo estando no Grau de Mestre Maçom. Não passamos da matéria para o espírito realmente.

Ao ser iniciado e passar pelas provas depurativas, o Maçom assume graves e solenes compromissos. Passa então, a fazer parte da mais venerada das Instituições, a Sublime Maçonaria. A Maçonaria regular, em todo o Universo, pauta-se por regras inflexíveis, que não podem ser desobedecidas, sob pena de desnaturar-se e tornar-se qualquer outra coisa, menos Maçonaria.

É a preponderância do espírito sobre a matéria, só possível coletivamente, numa sociedade de homens selecionados e aperfeiçoados pelo crivo das provas iniciáticas. Mas, no campo da realidade o "juramento" maçônico é falho. Pois muitos Irmãos Não Ajudam os outros Irmãos. Não se comunicam, não se falam, não se gostam.

Sendo eminentemente espiritualista, reunindo os Maçons num Templo, seguindo uma liturgia que constantemente fala à alma do ser humano, aplacando suas paixões e burilando seu caráter, a Maçonaria surpreende-se com aqueles que levianamente renegaram seus juramentos e abjuraram os compromissos assumidos, mostrando-se impermeáveis aos ensinamentos que receberam, mas não assimilaram.

Esses maus Maçons, que passaram pelas provas iniciáticas tradicionais, não passaram pela prova da FIDELIDADE e da  HONRA, prova essa que muitos profanos venceram galhardamente, mas que eles não souberam transpor, esborrachando-se na miséria da sua traição.

Esses são os Maçons que julgam que a Maçonaria é o prédio (Templo), é o lugar onde comparecem uma vez por semana  ou a cada quinze dias, para fingir que são "maçons" como aqueles maus crentes que não compreendem a religião sem as igrejas, despindo-as de todo o seu conteúdo espiritual. E, por isso, pensam que só pelo homem estar dentro do prédio já está caracterizado como "estar praticando Maçonaria", como se a prática da Maçonaria, dependesse de quatro paredes e de um telhado. São aqueles que imaginam que o hábito faz o monge. Esses são mais dignos de compaixão do que de censura. Não perceberam que, aliando-se ao anti-maçom, perjuram e se revelam partidários do erro.

Então questiono? Passamos do esquadro para o compasso, na verdade? Se nos preocupamos verdadeiramente com os Irmãos e sua família? Não somos materialistas, mesmo quando ostentamos carrões e imóveis, constrangendo os irmãozinhos menos abastados. Quando em uma organização social, exponho minhas comendas de graus e trato o menos graduados como um nada?

Meus amados, não se impressionem com os barretes, medalhas, cores de aventais e badulaques. Isso tudo é vaidade, como dizia o Rei Salomão, mas os Irmãos devem lembrar que isso acontece e muito.

Nesses muitos anos de Maçonaria e muitas visitas a muitos orientes diferentes e potências diferentes, pude já exercer cargos de grande monta, os da Loja, Deputado, Delegado Distrital, Ritos de York, Moderno e o REAA, e quanto mais tempo eu estou na Maçonaria, mas eu aprendo que a humildade é um dos dentes, se não for um dos mais importantes da verdadeira chave de Salomão.

A chave que abre a porta dos verdadeiros segredos maçônicos, e que o Materialismo é importante para "pagarmos as contas" e ficarmos em paz com a família e também com a Loja (Pessoa Jurídica); Mas, digo que o mais importante é, cada um de nós acharmos dentro dos símbolos e alegorias a verdadeira maçonaria. Eu  achei e afirmo, ela é maravilhosa.

Para os que não encontraram ainda...vão procurar que ainda dá tempo! 


AUTOR: Ir.'. Denílson Forato

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