LUIZ GAMA E O SESC CENTENÁRIO DE SUA INICIAÇÃO NA MAÇONARIA


 

O QUE NOS ANIMA A PERMANECERMOS SEMPRE EM LOJA?A ORDEM MAÇONICA, CUJOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SÃO A FRATERNIDADE ENTRE OS HOMENS, A LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E A IGUALDADE COMO FORÇA DE PROGRESSO.

Quando somos inquiridos sobre o que nos anima a permanecermos sempre em loja, vem uma resposta pronta e imediata:

A Ordem Maçônica tem por princípios fundamentais a Fraternidade entre os homens, a Liberdade de Consciência e a Igualdade como Força de Progresso, princípios esses que irão Orientar a condução desse trabalho.

Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasce no dia 21 de junho de 1830 em Salvador (BA). Portanto, faz 190 anos de seu nascimento. A Maçonaria tem seus primórdios no Brasil a partir de 1796, com a fundação, em Pernambuco, do Areópago de Itambé, que não era uma verdadeira Loja, seus membros nem todos eram maçons. Portanto, até a data de nascimento de Luiz Gama, a Maçonaria dava os primeiros passos no Brasil.

Logo a seguir, em 1797, com a Fundação da Loja Cavaleiros da Luz, na povoação da Barra na Bahia, essa Loja ganha um carácter oficial. E no ano de 1822, ocorrem vários momentos envolvendo maçons e a Maçonaria que, naquela época, acaba por se confundir com a história do Brasil. E nesse mesmo ano, em 17 de junho de 1822, é fundado o Grande Oriente. O objetivo principal dos fundadores do Grande Oriente na ocasião era a Independência do Brasil

D. Pedro I, em 1824, havia proibido as atividades da Maçonaria, que permanecera inativa até 1831. Nesse ano, com a sua renúncia, o monarca deixa o trono e os maçons começam a se reagrupar, um ano após o nascimento de Luiz Gama.

José Bonifácio assume a tutoria do filho do imperador. Antes, Bonifácio era o Grão Mestre do Grande Oriente e, então, retoma o posto no Oriente.

Apesar de várias dificuldades, o Grande Oriente continuava atuando em questões sociais como a abolição da escravatura.

A mãe de Gama chamava-se Luiza Mahin, uma africana livre, originária da Costa Mina (nação Nagô), a qual exercia muitas atividades. Em 1837, por motivos obscuros, ela vai para o Rio de Janeiro e lá desaparece para todo sempre, deixando uma marca indelével na memória daquela criança, na época, com sete anos de idade.

Posteriormente, já adulto, Luiz Gama chega a ir à Corte procurá-la nos anos de 1847, 1856 e 1861, mas seus esforços foram infrutíferos.

Em 1840, o Pai de Luiz Gama era um fidalgo de família abastada, esbanja a fortuna herdada, passando a viver em extrema pobreza; assim, vende o próprio filho Luiz Gama como escravo, quando ele tinha apenas 10 anos.

Inicialmente, vai, a bordo de uma embarcação de nome Saraiva, para a casa de um português de nome Vieira, para a Rua da Candelária no Rio de Janeiro, o qual recebia escravos da Bahia à comissão.

No final daquele ano, é revendido ao negociante e contrabandista denominado Alferes Cardoso, que o obriga a ir a pé de Santos a Campinas, para ser revendido no interior de São Paulo.

Rejeitado por possíveis compradores por ser baiano, cuja fama era de problemático, volta para o sobrado na capital paulistana, onde Gama aprendeu vários ofícios, tais como de sapateiro, copeiro, costureiro, lavador de roupas, dentre outros, incluindo também capoeira.

No ano de 1847, vai morar nesse mesmo imóvel um jovem chamado Antônio Rodrigues do Prado Junior para estudar Humanidades, o qual faz grande amizade com Luiz Gama, este já com 17 anos, e acaba por ensinar o também jovem negro a ler e a escrever.

No ano seguinte, foge da casa do Alferes Antônio Pereira Cardoso e, já sabendo ler e escrever, consegue provar juridicamente a sua origem de nascimento como homem Livre e, em 1848, finalmente Luiz Gama retoma sua liberdade por ele mesmo.

Livre, vai servir como praça; servindo até 1854, gradua-se como cabo de Esquadra Graduado e, no fim desses seis anos, afasta-se do serviço militar por divergências com um superior.

Atuou como escrivão para várias autoridades policiais e foi nomeado amanuense (aquele que escreve textos à mão, escrevente, secretário) da Secretaria de Polícia, onde serviu até 1868. Por motivos políticos e devido a mudanças dos cargos superiores, foi demitido por conservadores que, então, subiram ao poder.

Até chegar à posição de escrivão e, posteriormente, de amanuense, adquire conhecimentos sobre os ofícios jurídicos com Francisco Maria Furtado de Mendonça.

Francisco Mendonça exerceu altos cargos na Secretaria de Polícia e era catedrático na Faculdade de Direito; Luiz Gama era ordenança desse eminente professor e acabou aprendendo muito com o advogado, tanto que tais conhecimentos o permitiram postular o direito de advogar. Com essa habilidade, foi advogado dos pobres e libertou mais de 500 escravos, em pleno Brasil escravagista.

Um fato de extraordinária importância aconteceria para o movimento republicano no cenário político de 1873. A convenção de Itu, de inspiração maçônica, que acontecera em 10 de novembro de 1871. Quando, em 1873, partidários da república federativa haviam se reunido em Itu SP.

Como resultado desse movimento, a 18 de Abril de 1873, essa reunião ficou conhecida como primeira convenção republicana do Brasil. Foi designada, então, Convenção de Itu. Ciente da campanha republicana, várias Lojas prosseguiam com o processo da abolição da escravatura, que contava com maçons de peso como o próprio Luiz Gama, José do Patrocínio e Joaquin Nabuco.

Luiz Gama foi um dos fundadores da Loja Maçônica América, que tinha como um dos principais objetivos a promoção e a emancipação escrava por meios legais.

A Loja América foi regularizada em 07 de julho de 1869, sendo que já funcionava desde 09 de novembro de 1868, quando foi organizada. Luiz Gama, em 23 de agosto de 1869, recebeu o Grau 18 (Príncipe Rosa-Cruz), da Ordem Maçônica. Em 1870, aos 40 anos, Luiz Gama filia-se à Augusta e Respeitável Loja Simbólica América, figurando como fundador ao lado de renomados nomes da época, como Ruy Barbosa e, possivelmente, Joaquim Nabuco.

Nas sétima e oitava administração, de 1874 a 1876, e também nas décima segunda e décima terceira, de 1879 a 1880, Luiz Gama ocupou o Altar da Loja América com 44 /45 anos e 49/50 anos de idade.

Em uma sociedade escravocrata, Luiz Gama ousou ingressar na ala radical do grupo dos liberais, “para promover processos em favor de pessoas livres criminosamente escravizadas”.

Luiz Gama denunciou o comércio ilegal de negros, cobrando sanções das autoridades para aqueles que encobrissem o contrabando.

Assim com uma atuação impecável em vários momentos ao longo dos seus 52 anos, sobretudo sua atuação como Maçom, em 24 de agosto de 1882, morre Luiz Gama em São Paulo.

O Maçom, Advogado, Jornalista, Escritor e o Afro Descendente Luiz Gama deixa para todos nós Maçons um legado indiscutível de Fraternidade entre os homens, Liberdade de Consciência e a Igualdade como Força de Progresso. Um verdadeiro Maçom!

FLAVIO LUIZ DA SILVA – CIM 298674 –27/10/2020

ARLS Cedros do Líbano, 1688 – Miguel Pereira/RJ

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ritual do Aprendiz Maçom - Rito Escocês Antigo e Aceito.

Site A. ̇. R. ̇. L. ̇. S. ̇. Luiz da Gama nº 0464 em 24/10/2020

http://lojaluizgama.com.php?Idpagina3&Site=Site

CARVALHO, William Almeida, Uma Breve História da Maçonaria no Brasil- REHMLAC –

Revista de Estudios Históricos de La Masonería – LATINOAMERICAN Y CARIBEÑA.

SANTOS, Eduardo Antonio Estevam Santos. A Tinta Acima da Cor – Revista de História da Biblioteca Nacional - Ano 11, Nº 122. RJ: Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional, Novembro de 2015.

O DEVER DA RESERVA MAÇÔNICA


 

Dizem que a Maçonaria é o depositário de uma Verdade Iluminadora e Redentora, que é mantida, como se sabe, na reserva cautelosa dos Iniciados e não é acessível aos Profanos. Por que tanta discrição?

Jesus não disse que "uma lâmpada não está escondida sob o teto, mas é colocada muito alta, de modo que queima com força para iluminar todos os homens", e também que "não havia nada escondido que não devesse ser revelado"?

Mas, assim como ele expressou isso, ele também explicou as Verdades não diretamente, mas através de Parábolas, agradeceu ao Pai porque escondeu seus mistérios dos intelectuais e os revelou aos simples, e advertiu que "pérolas não deveriam ser dadas aos porcos".

Tanto para os maçons cristãos quanto para os não-cristãos, há um dilema: revelar nossos ensinamentos e assuntos às pessoas que deveriam tirá-las vantagem ou impedir que eles fiquem ouvidos indiscretos ou indiscretos.

Na realidade, um equilíbrio adequado dessas duas alternativas pode mostrá-las como complementares. Um leigo não precisa conhecer diretamente as doutrinas maçônicas, mas podemos torná-las conhecidas indiretamente, por meio de nossa personalidade e nosso exemplo de atuação.

Existem também certos comportamentos que qualquer pessoa pode tomar como referência à Maçonaria com lucro (agindo em solidariedade e tolerância, o desejo de melhorar a si mesmos, a preocupação com questões transcendentais, por exemplo) sem precisar saber que são necessariamente maçônicas.

O dever maçônico de reserva está relacionado ao Dever de Discrição, que sempre foi uma virtude defendida desde os tempos antigos na Humanidade, e é uma irmã legítima do Silêncio, Simplicidade e Prudência.

De alguma forma, é um ingrediente necessário de qualquer disciplina da perfeição e, portanto, não poderia faltar na Maçonaria. Porque a discrição nos separa do mal, ajuda-nos a governar nossas palavras e administra melhor nosso relacionamento com os outros, nos torna dignos da confiança dos outros e nos permite uma atmosfera de tranquilidade interior, onde podemos valorizar e assimilar o aprendizado da vida.

 Não deve surpreender-nos a importância que a Ordem dá à virtude da discrição, que nos avisa quando entramos em Lost Steps quando nos dizem que a Instituição é uma Associação Discreta e somos instruídos a ser discretos, o que é reiterado em a cerimônia de iniciação é constantemente sustentado ao longo do tempo, e é que a obrigação de discrição é acentuada à medida que avançamos no Caminho da Luz, à medida que os segredos são cada vez mais importantes.

Você precisa acumular forças operacionais e morais de reserva à medida que se aprofunda cada vez mais no "Sanctum Sanctorum" do Coração, e não perde energia com a revelação ou demonstração. Cada um verá por si mesmo a verdade se quiser chegar lá e se precisar que a explicação seja explicada.

Vamos enfaticamente enfatizar que o que é encontrado nos livros que podem ser comprados por aí não possui uma pequena parte da Riqueza da Obediência.

Ninguém é maçom por ler muito, e se ele não vive a Ordem internamente, ainda é um conhecimento teórico. Além disso, a experiência interior maçônica, sendo muito pessoal e profunda, é muito difícil de transmitir com palavras a terceiros e não é transferível.

Ninguém é maçom se não passar pela transformação da iniciação, e o que ele assimila por ele é algo que é valorizado no coração.

Ninguém pode acessar uma emoção ou sentimento pessoal, o que já mostra que existem elementos que não podem ser revelados. Sem mencionar que a Maçonaria é assimilada através da prática de sessões.

Dever de Reserva Maçônica: As primeiras doutrinas ou assuntos maçônicos podem parecer muito simples, mas sabem que se tornam mais complexas e inacessíveis à medida que a carreira e o curso dos graus se aprofundam.

Se não soubermos guardar os segredos simples, que discrição observaremos em relação aos mais importantes, necessariamente os mais substanciais? Por outro lado, quanto mais os reservamos, mais puros os manteremos.

Também devemos cuidar das pessoas que zombam de nossas tradições, bem como daqueles a quem nossa condição de maçom pode despertar animosidade ou agressividade contra nós, às vezes devido à ignorância ou intolerância natural, para não nos encontrarmos em uma situação de debate ou desconforto que poderíamos muito bem evitar ou cuidar para que eles não nos vejam extravagantes, informando antes de tudo o valor de nossa pessoa e a qualidade de nossas obras (antes de tudo, somos homens e depois maçons.

A discrição nos salvará de muitas situações difíceis, também revelando nosso status de maçom para dar importância a amigos, conhecidos ou damas, porque não é um título honorário, mas um serviço pesado.

A obrigação da Reserva (não secreta, porque qualquer pergunta maçônica pode ser alcançada se alguém se tornar digno) também nos impõe a não revelar o conhecimento do grau ao dos estágios inferiores e, é claro, à frente do profano. É melhor que eles os conheçam por si mesmos e por vontade própria, sem a necessidade de nossa transmissão "interessante".

Ninguém que não tenha calibrado corretamente o dever de discrição ou reserva pode entrar no Templo dos Iniciados. Sem prejuízo da recriação do filhote: o Exp.: Ou o ritual, cada um deve fazer um exame de consciência para determinar se ainda entra no santuário com o lembrete de reserva intacto.

Ajudados pela virtude cardinal da força da alma, nos instruiremos na obrigação de ser discretos e permanecer calados, a Quarta Regra de Zoroastro , de afundar na terra onde o novo Espírito germina e da qual o Templo se ergue sem os inconvenientes e distorções, de vida profana e onde os vícios também são relegados, forjando uma Alma Resplandecente que será Luz por si mesma e que manifestará "seipsa loquens" no devido tempo.

O dever maçônico da reserva não consiste em não revelar os símbolos ou ritos. Estes são encontrados em livros documentados disponíveis para qualquer leigo. Não vamos "enganar os solitários", porque hoje todos podem conhecer nossas tradições, que estão sendo transmitidas na Internet.

Mas, no entanto, há algo que devemos manter em silêncio, e é esse o Sentido Profundo e a Experiência que o viver da Aventura da Maçonaria implica.; isso é intransferível, e esse é o ensino verdadeiro e misterioso que devemos preservar.

Os símbolos e ritos são meras roupas, exterior cerimonial, concha; o pedreiro místico não se importa. Na Maçonaria, não é o que é visto ou conhecido, mas o que é aprendido e sentido.

Não importa o quanto você leia e saiba, ninguém, nem mesmo um Irmão, jamais entenderá nada. Jesus explicou as verdades de forma clara e simples, e muitos, por mais sábios e piedosos que tenham sido, não entenderam; ele se dirigiu à multidão, mas apontou para aqueles que podiam entendê-lo, pois ele pregava com calma, sem perder a autoridade e sem bastardizar o arcano. Na Maçonaria, é o mesmo, portanto, podemos considerar nossos mistérios seguros.

Você poderá ler muitos livros, poderá conhecer nossos usos e costumes, nossos sinais e rituais, pode ou não ser um pedreiro, mas nossos segredos são preservados sozinhos contra aqueles que não têm a mentalidade de entendê-los.

O que corresponde a nós, na realidade, não é difamá-los e não revelá-los inutilmente. Vamos salvá-los para quem sabe fazer bom uso deles.

Queridos Irmãos, obrigação de discrição ou reserva não está apenas ligada a uma forma respeitável e sábia a de comportamento, mas também ajuda a preservar nossos ensinamentos contra aqueles que não são, por várias razões, capazes de entendê-los completamente.

Por sua vez, nos disciplina a guardar os mistérios que se aprofundam não para escondê-los, mas para preservar sua pureza e assimilá-los claramente.

Cuidemos de nós mesmos antes e não nos enganemos; para que, através da transmissão de nossos mistérios, nossa vanglória ou nossos erros também não sejam revelados, porque maior será o mal que causaremos.

Não vamos perder tempo entregando a rica herança de nossos segredos àqueles que não lhes pertencem.

Ser cauteloso é, portanto, rentável. Lembremo-nos de Fedro:"Os antigos conscientemente ocultaram a verdade, para que o Sábio a reconhecesse e os ignorantes se enganassem" (Fabs. V, 5).

Fonte: Maçons em língua espanhola

ASSIDUIDADE MAÇÔNICA


 

Amados Irmãos, segundo o Irmão Luiz Prado, é sempre oportuno lembrar que para ser maçom não é suficiente ter sido iniciado no primeiro grau simbólico, ou ter sido colado em outros mais avançados.


Mas para ser maçom, com tudo justo e perfeito, também é preciso estar em plena atividade, ser valente, manter-se disposto, além de ser estudioso, e estar quites com a Tesouraria.


Enfim, o obreiro ainda deve demonstrar-se trabalhador, diligente e consciencioso.


Ora, na verdade, para se anunciar como maçom urge que, além de ser ativo e resoluto, seja também aplicado, interessado e frequente aos trabalhos da Loja.


De fato, como uma força de progresso, o trabalho no exercício da Arte Real, sempre foi e será o objetivo máximo da Maçonaria.


A totalidade das fórmulas ritualísticas com os seus símbolos, alegorias ou emblemas, bem como todas as cerimônias com suas tradições e inclusive normativas de deveres e obrigações, tem suas fontes generosas na ideia do trabalho.

A Ordem não poderá ser responsabilizada pelas faltas dos irmãos que não comparecem à Loja, descumprindo seu sagrado dever que são os trabalhos maçônicos.


A não ser por motivos que independam da sua vontade, deve lhe doer, no íntimo, furtar-se à convivência amistosa dos seus companheiros de colunas.

É necessário não se esquecer que os velhos amigos que comparecem à Loja, um dia o aplaudiram entre aquelas mesmas colunas tão pouco transpostas por ele.


Deve predominar na sua lembrança que antes da sua recepção, os seus sindicantes trouxeram ao quadro da Loja a informação que o faltoso dispunha de tempo suficiente para ser assíduo aos trabalhos da Oficina, sem prejuízo das suas obrigações para com a sociedade profana.


A falta de assiduidade é nefasta, porque estanca o fluxo de trabalho que poderia ser mais profícuo, se a maioria dos elementos que integram o quadro de obreiros da Loja, acorresse às reuniões aprazadas, prevista no Regulamento Geral da Federação e no Particular da Oficina.


O trabalho esporádico de um ou dois dias apenas, não confere lauréis a nenhum membro ativo da Augusta Ordem.


O papel do Mestre maçom não se limitar no comparecimento à sua Loja.


O Mestre, sempre que possível, deve-se colocar à disposição do Venerável com o objetivo de preencher o Tempo de Estudo. “E as peças de arquitetura devem ser tidas como causa determinante da atividade templária, tornando-se fontes de luz iluminadora dos feitos e realizações do conjunto de todos os amados irmãos.”


É por isso que o maçom precisa assistir com pontualidade às sessões da sua Loja. Mesmo quando o Mestre acredita que nada tem para aprender, no entanto, certamente, em compensação ele deve ter algo que possa ensinar.


Assim, todas as sessões serão interessantes se lhes emprestar interesse.
Pois é necessário o comparecimento às reuniões, para repetir ou ouvir as lições edificantes, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, perseverando no seu próprio aperfeiçoamento maçônico e, inclusive, no progresso dos seus irmãos.


Apenas os respeitáveis irmãos Eméritos, Remidos, Beneméritos, e os Portadores de Comendas, inclusive os irmãos Deputados, Juízes, Membros do Ilustre Conselheiro e os Membros do Tribunal de Contas, é que estão isentos de frequência.


Lembre-se que todo trabalho realizado com entusiasmo, em benefício do seu próximo, no nome do Amor Universal, produz uma vibração tão pura que possibilita a imediata sintonia da criatura humana com o seu Criador.
TFA.

 Gilson Azevedo Lins


 

POR QUE FUNDAR UMA LOJA MAÇÔNICA?


 

Se existe um “tabu” na Maçonaria é a fundação de novas lojas maçônicas, principalmente nas cidades onde já existem lojas. Sob a alegação que “os irmãos vão-se dividir, ao invés de somar” ou uma simples pergunta “por que mais uma Loja?”, os maçons parecem não aceitar com naturalidade o argumento da criação de uma nova oficina. Mas, quais são os motivos, as razões que levam os irmãos a fundarem uma Loja maçônica? É o que pretendemos analisar neste texto.

IMPLEMENTAÇÃO DE UM NOVO RITO: um rito é um sistema de cerimônias que pretende dar continuidade ao ensinamento maçônico. Funda-se uma nova Loja maçônica para que os maçons possam ter acesso a um novo modo de difundir o conhecimento na Maçonaria, isto é, uma nova escola de pensamento que segue as linhas gerais da instituição.

Assim, o primeiro ponto da fundação de novas lojas diz respeito à possibilidade de ofertar aos irmãos um rito diferenciado dos que já existem numa cidade, por exemplo. Claro que, ao conhecer um novo rito, o Maçom pode consequentemente, incentivar o debate sadio de cultura da instituição. Lógico que, no final desta conta, todos saem ganhando.

RESOLUÇÃO DE CONFLITOS: não são raras as situações que novas lojas maçônicas são criadas para solucionar problemas de relacionamento entre os irmãos. Talvez esta seja a oportunidade mais adequada para dizimar conflitos internos.

Ora, se existem dois grupos com ideais distintos, qual a vantagem de mantê-los dividindo o mesmo teto, a mesma sessão? Sim, o ideal é que não entrassem em querela. Entretanto, elas são típicas do ser humano. Se ambos desejam trabalhar maçônicamente, a instituição não se pode privar de oferecer esta possibilidade.

AMPLIAÇÃO DE TERRITÓRIO: Seja para uma cidade em que não há Maçonaria, seja para “ganhar terreno” dentro de um grande município, a criação de lojas neste sentido é interessante, uma vez que uma nova comunidade pode ser beneficiada com os trabalhos de uma Loja maçônica.

Cada grupo, portando as suas peculiaridades, irá atuar maçônicamente de acordo com os seus princípios, a sua vocação. E, assim, todos ganham: a região que ainda não possui uma Loja passará a contar com homens dispostos a mudar a realidade local; a que já possui ampliará o leque de possibilidades da atuação da Maçonaria naquela localidade.

Diante destas vantagens, constatamos que os argumentos dos contrários à fundação de novas lojas maçônicas não se sustentam.

Para isto, os “fundadores” devem levar a sério a criação da nova oficina, pois a responsabilidade tanto interna quanto externa é grande. A instituição não pode e não deve fugir do dever dos membros de uma Loja maçônica para a comunidade em que ela está instalada.

Portanto, pense bem antes de propor a criação de uma Loja. Afinal, se o projeto não vingar, os fracos argumentos contrários continuarão sempre a prosperar face aos inúmeros benefícios existentes – por única e exclusiva culpa daqueles que não souberam alavancar o novo empreendimento.

Tiago Valenciano

 

VOCÊ NÃO TEM TEMPO PARA NADA?


 

Então ache um minuto para ler isto

Queridos Irmãos!!!

Revendo uns arquivos, encontrei um artigo publicado no informativo de nosso escritório que resolvi transcrever.

Trata da questão do tempo, ou melhor, da falta de tempo para realizar as diversas tarefas.

Se você é daqueles que esquece o aniversário do filho, o telefone não para de tocar, sua secretária está pedindo um documento e um cliente espera, há horas, sentando na sua frente. Seu dia precisava de 72 horas?

Então seja bem-vindo ao imenso grupo dos que não sabem administrar seu tempo.

Meus Irmãos, o tempo é igual para todos, o que precisamos aprender é administrá-lo, e tudo começa com o planejamento do seu dia, semana, mês.

Encaixe suas tarefas e encontre o momento exato para realizá-las.

Parece óbvio, mas pouca gente sabe priorizar atividades. Não dá para fazer tudo?

Priorize, administre. Umas das vilãs do desperdício de tempo é a procrastinação – o velho e mau hábito de empurrar com a barriga. A equipe da Employer (employer.com.br) fez um estudo e isolou alguns vírus da procrastinação.

Veja se alguns destes sintomas lhe são familiares e anote alguns antídotos que podem acabar com esse mal a tempo.

Perfeccionista: A vontade de fazer um trabalho sempre excepcionalmente bem feito é tamanha que ele perde o tempo em estudos e preparações e acaba fazendo tudo na utilíssima hora. 

Antídoto: Estabeleça dois prazos finais e use o espaço de temo entre os dois para “aquele” acabamento.

Fantasioso: Este é um sujeito sensacional para ter ideias, mas um fiasco na hora de concretizá-las. Pode funcionar ao lado de outros mais ativos, mas sozinho é um problema. 

Antídoto: Fale menos sobre suas ideias aos outros do que si mesmo e antecipe o prazo de finalização de maneira há usar este tempo extra para tornar o trabalho ainda maior e mais criativo.

Medroso: Quando uma tarefa ou projeto pousa na mesa dele; o mundo cai. O medo de tomar o caminho errado ou de chocar alguém com sua decisão o transforma numa estátua. 

Antídoto: Use recursos simples da neurolinguística, como dizer a si mesmo “vai, vai” diante da primeira e de todas as outras sensações de medo que sentir no trabalho.

Criador de Crises: Todo mundo já viu um: ele só funciona no último minuto e sob pressão, quando o prazo está estourando e os colegas de equipe já estão arrancando os cabelos. Não move uma palha enquanto não ouvir o alarme. Pode até alcançar alguma genialidade, mesmo a 1 minuto do tempo regulamentar. Mas, a essa altura, já está precipitando todo mundo numa loucura que deveria ser só dele. 

Antídoto: Crie um plano pessoal de recompensa regado a adrenalina – como aventuras de moutain biking ou rafting – para forçar-se a terminar tudo rápido e daí cair na estrada

Raivoso: Mistura as obrigações do trabalho com os sentimentos que tem em relação a outras pessoas envolvidas no processo. Então, ou não faz o trabalho a tempo, ou faz, mas tudo errado, transbordando de raiva. 

Antídoto: Tente encontrar algo de muito recompensador no trabalho, foque nisso e, ao final, deixe claro aos seus superiores que ficou bastante satisfeito enquanto realizava.

 Faz tudo: Também conhecidíssimo, este pega várias coisas para fazer e depois, claro, não consegue dar conta de quase nada. A desculpa é sempre a mesma: “não deu, sabe, estou meio atolado. Conhecido como “mangueira solta”. 

Antídoto: Priorize tarefas e aprenda a dizer não. Melhor ainda. N-Ã-O.

Caça-prazeres: O nome diz tudo. Ele não termina o trabalho porque acredita, francamente, que há outras coisas mais prazerosas para fazer. Entre escolher um enrosco daqueles e uma delícia logo ali, ele não titubeia, fica só na mamata. 

Antídoto: Troque o que você entende como “sofrimento” por “inconveniência temporária”. 

Depois pense o quão satisfeito e feliz você vai ficar quando a tarefa estiver resolvida.

Saudações Fraternais!!!

Valdir Massucatti Eminente Grão Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo

AS ORDENS ARQUITETÔNICAS


Em nossa Ordem, e nos mais variados ritos, são consideradas cinco ordens de arquitetura, sendo três de origem grega e duas de origem romana, sendo no REAA, as que prevalecem são as de origem grega, que são originais, sendo que as demais são derivadas destas.

As Ordens de arquitetura são uma combinação peculiar de três elementos arquitetônicos: base, coluna e entablamento.

Na nossa Ordem, esses estilos arquitetônicos clássicos, são utilizados em vários dos Graus maçônicos, e valem por seu simbolismo.

São cinco as ordens conhecidas:

a) De origem grega: Ordens Jônica. Dórica e a Coríntia, sendo esta última uma variação da Ordem Jônica

b) De Origem romana: Ordens Toscana e Compósita. Apesar de não serem de origem grega, eles, os gregos a remodelaram e a tornaram a que são hoje.

Assim, faremos um pequeno resumo das ordens de arquitetura e seu simbolismo, lembrando que pelo ritual, as colunas ficam próxima ao altar da três luzes e as colunetas miniatura das mesmas, ficam no altar dessas mesmas luzes. 

- Ordem Jônica: A Ordem Jônica também é conhecida como a Ordem de Atenas, sendo de origem Assíria, sendo seu lugar no Oriente próximo ao Venerável Mestre.

Dai ela representar a Sabedoria. Ela é posterior a Ordem Dórica. Nota-se que a coluneta no trono fica sempre de pé, indicando que a Sabedoria deve estar sempre alerta, seja no trabalho ou no descanso. Ela vem dos Jônios que era um povo vindo da Ásia, e que fundaram várias cidades na Grécia antiga, inclusive a cidade de Atenas, de onde se originou os grandes pensadores gregos, como Sócrates, Platão e Aristóteles.

A lenda nos conta que Íon, um líder grego dos Jônios, foi enviado à Ásia, onde construiu templos em Éfeso, dedicados a deuses gregos. Íon então observou que as folhas de cortiça, colocadas sobre os pilares para evitar infiltração de água e amortecer o peso das traves, com o tempo, cedendo à pressão, contorciam-se em forma de ornamento em espiral, que imitavam os fios de cabelo de mulher, sendo essa a principal característica da Ordem Jônica. 

Um dos exemplos da arquitetura Jônica encontra-se na Acrópole de Atenas. Representa ainda em nossa ordem o Rei Salomão. 

- Ordem Dórica: Ela é a mais rústica das três gregas, e a mais antiga, priorizando a robustez, em confronto com a beleza, sendo que na Grécia antiga, ela ornamentava os deuses masculinos, sendo que sua origem é do Egito. Daí estar relacionada a FORÇA (Hercules), estando na Coluna do Norte que é governada pelo Primeiro Vigilante.

Suas colunas não possuem base e seus capitéis são simples, lisos e sem qualquer ornamento. A coluneta é erguida durante os trabalhos, quando é necessária força para a execução dos mesmos (do meio dia à meia noite). Seu nome vem de Dorus, filho de Heleno, rei da Acaia e do Peloponeso.

Os Templos mais importantes da Grécia antiga tinham colunas da desta ordem. Dos Dóricos, originaram-se os Espartanos, grandes guerreiros e combatentes. Como símbolo da força, nos anima e sustenta perante as nossas dificuldades, lembrando que nunca estamos sozinhos. Representa Hiram Rei de Tiro.

- Ordem Coríntia: É a mais bela de todas, daí representar a Beleza (Afrodite ou Vênus), estando próxima ao Segundo Vigilante. Ela é uma evolução da Ordem Dórica.

Ela é esbelta e graciosa. Sua denominação refere-se a cidade de Corinto; Quando do início dos trabalho em loja, a coluneta é abaixada. O templo de Zeus é melhor exemplo desta arquitetura.

A lenda nos conta que uma ama levou uma cesta, contendo brinquedos à sepultura da criança que cuidava, cobrindo-a com uma velha telha, por causa das chuvas. Ao iniciar-se a primavera, um pé de acanto germinou e cresceu, transformando- se em formosa árvore.

Folhas de acanto, cesta e telha teriam produzido um belíssimo efeito ao crescer a planta. Essa cena foi capturada pelo escultor Calímaco, que talhou um pilar de rara beleza, com o capitel copiado daquela cena. Representa Hiram Abiff.

Às essas três Ordens de Arquitetura, acrescentam-se às vezes a ordem Compósita, e a ordem Toscana, que não devem ser levadas em conta no simbolismo maçônico.

Conclusão

Nosso edifício espiritual repousa sobre estas Ordens e colunas simbólicas, sendo que a Sabedoria organiza o caos, criando a ordem. A Força executa o projeto, seguindo instruções da Sabedoria, e a Beleza ornamenta nossa vida.

Assim, sendo Sábio temos a Força, para lutar e combater as vicissitudes da vida e temos a Beleza permanente na construção de nosso edifício humano

DERMMIVALDO COLLINETT – Mestre Maçom –

ARLS Rui Barbosa – GLMG – Or. de São Lourenço - MG

Bibliografia

As Ordens Arquitetônicas na Maçonaria - Kennyo Ismail – Revista: No esquadro

WWW.MACONARIA.NET – As três colunas, Eduardo Silva Mineiro, A.’. M.’. ARLS

Acácia Castelense, nº 4 – Castelo do Piauí – Piauí – Brasil

Decálogos do grau de aprendiz – Reinaldo Assis Pellizzaro – 1ª Ed. 1986.

A Simbólica Maçônica – Jules Boucher - 1979

O TEMPLO INTERNO


 

Filosofia maçônica através do nosso ritual

O estudo da filosofia maçônica através do nosso ritual é uma busca exaustiva para uma melhor compreensão da divindade, a natureza do nosso mundo, a existência humana, e a relação entre todas as coisas.

Portanto, o objetivo dos nossos rituais é reforçar a sabedoria antiga que gira em torno da paternidade do Arquiteto do Universo, a irmandade do homem e a busca pela verdade.

Nossa fraternidade durante séculos proporcionou maçons com um conjunto de valores, moral e ética que contribui para uma mentalidade única que moldou a nossa visão do mundo e trouxe consigo mudanças importantes no mundo em que vivemos existem várias razões pelas quais memorizações e desempenhos dos nossos rituais são importantes, mas nós nos concentraremos em três.

1. Oferece oportunidades para crescimento e auto realização. Nossos rituais não se desenvolveram apenas para aprofundar as lendas antigas, mas para ensinar a nossa filosofia e transformar o caráter daqueles que as praticam.

Enquanto o ritual comunica princípios e ideais em consonância com as principais religiões espirituais, também requer que os nossos membros ultrapassem a mera resposta filosófica à integração ativa dos princípios antes que eles possam ter um impacto na vida de cada um.

Portanto, o valor dos rituais não só descansar na leitura e na compreensão da palavra escrita, mas deve passar da cabeça para o coração para cumprir o propósito para o qual foi verdadeiramente destinado.

2. Reforce nossas crenças e valor da nossa instituição. Nosso ritual proporciona um equilíbrio para o maçom, e dá uma ideia dos desafios, reveses e provas que cada um deve enfrentar como um subproduto da condição humana.

As respostas são retiradas do estudo dos ensinamentos espirituais dos líderes religiosos e dos filósofos do passado. A integração dos conceitos ensina a pensar analiticamente e espera-se, para entender melhor a relação da criatura com o seu criador. “Como cada parte da circunferência de um círculo está igualmente perto e também distante do centro, então cada criatura do Arquiteto do Mundo foi criada igualmente perto e também distante dele” O que você sabe?

3. Forneça uma compreensão do impacto da nossa filosofia. O ritual nos tenta facilitar a compreensão da pessoa, caráter, mente e vontade do Supremo Arquiteto do Universo. Através da auto exploração podemos ver abaixo das aparências e obter uma visão de algumas das motivações internas do homem e planos através do seu estudo.

Ao ler, memorizar e entender torna-se um espelho que mostra o nosso verdadeiro caráter, expõe áreas de autoengano, e nos exorta a mudar.

O conhecimento prático dos graus, os ensinamentos e os princípios básicos da nossa fraternidade nos proporcionam sabedoria e guia nas decisões que afetam o curso da nossa própria existência e uma perspectiva filosófica que nos permita responder corretamente às nossas circunstancias e elevar-se acima deles.

Nosso ritual sempre teve a intenção de ensinar nossa filosofia. Entende-se melhor como um esforço valioso projetado para nos libertar das forças alimentadas com as hipóteses do mundo. Ideias preconcebidas e para nos ensinar a pensar analiticamente e independente.

Para aqueles que se tornam verdadeiramente e participam no ritual, memorização e prática são mais do que um simples hobby ou passatempo, em parte de todos os aspectos da vida.

Sócrates disse: “A vida não examinada não vale a pena vivê-la”. Para alguns, isso pode soar muito arrogante. Mas lembre-se que ao formular esta afirmação estava falando como um filósofo, expressando uma descoberta que cada pessoa deve fazer por si mesmo uma vez que começaram a abraçar seriamente o estudo de qualquer filosofia.

Se a vida parece mais problemática para o filósofo, então a vida sem filosofia se torna simplesmente impensável.

“Todos os homens por natureza desejam saber por que se deve às suas próprias interrogações que os homens agora começam e inicialmente começaram a filosofar”.

- Aristóteles

Jorge Do Carpio Rodriguez

 

A MAÇONARIA NO SÉCULO XXI- GRANDES DESAFIOS PEDEM SOLUÇÕES EFICAZES E URGENTES. PARTE 1


 

Amados irmãos, esse assunto é tratado com muita preocupação por aqueles que realmente vivenciam e amam a nossa Sublime Instituição.

Perspectivas sombrias se arvoram bruxuleastes nos horizontes.

As estatísticas mostram que a Maçonaria vem definhando, notadamente na Europa, na América do Norte, na Ásia, na Oceania, na África, na América do Sul, e o Brasil é o único País onde os números ainda permanecem favoráveis, mas estamos vendo um desvirtuamento da Doutrina sob múltiplos aspectos, com disputas de Potências, vaidades pessoais, globalização canibalesca com perversão dos bons costumes, Falta de compromisso com a Ordem, Ritualística prostituida, também a situação econômica e de segurança estão impactando negativamente nessa análise.

Vamos ter que encarar também a necessidade de avaliação sobre a participação feminina: quanto tempo ainda irá prevalecer o Landmark que proíbe a participação delas na Ordem?

A Globalização e a divulgação maciça de nossa doutrina, sessões ritualísticas, trabalhos maçônicos etc.

O Perjurismo grassa a velocidade meteórica.

Assim cabe lembrar que, apesar de todo o seu passado glorioso e ainda figurar no rol das organizações que se destacam no cenário mundial, a Maçonaria, tal como várias outras instituições tradicionais, tem pela frente o desafio de conviver com as turbulências trazidas com o advento da pós-modernidade.

De que forma uma organização tão rica em tradições e alicerçada sobre sólidos princípios morais, dará conta de singrar os mares tormentosos destes tempos pós-modernos, nos quais tudo é posto em xeque, das instituições às crenças?

Como lidar como o novo, sem abrir mão de seus princípios e propósitos?

Desafios enormes se avizinham.

O Que Fazer?

Como evitar o desmoronamento das colunas de nossa Ordem?

O que nos reserva o Futuro?

Há perspectivas de virarmos o jogo?

Essas questões tiram o sono daqueles que realmente são maçons em verdade é essência.

"E para nossa tristeza: SÃO UMA MINORIA NOS DIAS DE HOJE”.

O maior Patrimônio da Maçonaria sempre foi e sempre será o “VERDADEIRO IRMÃO” e não as vaidades pessoais, a portentosidade do edifício EXTERIOR, As medalhas ufanescamente exibidas por Autoridades, Dirigentes e outros Pavões de Avental, que vão de encontro à simplicidade e humildade que habitam nos corações daqueles que verdadeiramente receberam a luz do macrocosmo e persistem com ela, iluminando suas mentes e seus corações.

Mas, como “a Ordem é seus membros”, perguntamos: Estamos qualificados para operarmos competentemente nesse quadro avassalador que se apresenta ao homem da sociedade contemporânea?

Refletir para reconstruir talvez seja o lema a ser adotado pela atual geração de maçons, a fim de reestruturar a Ordem maçônica nesse limiar do Terceiro Milênio.

Em muitas situações, convivemos com os outros e com o mundo afastando-nos, desconfiando, destruindo.

Isto é, não acolhemos, e, é claro, recebemos o mesmo em troca, tanto em termos de violência entre pessoas quanto em relação às catástrofes naturais: enchentes, secas e outras consequências da agressão ao meio ambiente.

Ou seja, vivemos em conflito com a ordem natural das coisas e em desacordo com nossa biologia.

Esse ânimo de não acolher, não compartilhar, dividir, separar, manifesta-se em todas as dimensões do cotidiano.

O que propomos é apenas uma reflexão: “Revolução muda tudo, menos o coração do homem.”

Nós, seres humanos, por natureza temos necessidade de explicações.

Precisamos entender a nós mesmos, compreender os outros e o mundo em que vivemos.

Dessa necessidade nasceu a ciência, e das aplicações dela originou-se a tecnologia.

Entretanto, há outros domínios de nossa existência que não podem ser explicados pela ciência.

Neles a tecnologia não atua, ou não age do modo objetivo, concreto e eficaz com que opera no lado mecânico e concreto do nosso viver.

Esse imenso âmbito inclui os sentimentos, emoções, intuição e a subjetividade.

Luiz Muzi

Membro da AMCLA - Academia Maçônica de Ciências, Letras e Artes da COMAB

 

 

A MAÇONARIA NO SÉCULO XXI- GRANDES DESAFIOS PEDEM SOLUÇÕES EFICAZES E URGENTES. PARTE 2

 


Tivemos em Nova Viçosa, BA, o III ENCONTRO DE GESTORES DE LOJAS MAÇÔNICAS DAS TRÊS FRONTEIRAS.

A Evasão da Maçonaria no mundo e no Brasil, foi retratada com um brilhantismo ímpar, pelo Amado Ir e Past. Soberano do Grande Oriente da Bahia (GOBA-COMAB) Gilberto Lima da Silva, que abordou com grande lucidez.

E com sua contumaz competência e dedicação, assunto tão preocupante, apresentando estatísticas dos últimos 100 anos da História da Maçonaria universal.

Projeta números preocupantes para o futuro da Ordem no Mundo, mas ressalva que no Brasil, as projeções são mais alviçaneiras, e mostra razões de que estamos começando a trabalhar sobre o futuro da Maçonaria: o NEÓFITO.

A reflexão de mudarmos paradigmas, de investimento pesado nas sindicâncias, deixando de inflar nossas oficinas com pessoas que são dignas de serem nossos amigos, mas não de serem nossos irmãos, trabalhar a verdadeira liturgia Ritualística, sem achismos, sem enxertos de outros ritos, com Padronização por Potências, evitando os verdadeiros disparates e heresias que presenciamos em oficinas de mesma Potência, onde Pavões se alardeiam em donos de lojas e fazem a sua vontade prevalecer até mesmo sobre nossas Leis.

Esse assunto é pulsante, controverso, até mesmo um pouco cabuloso, mas tem que ser levado a baila, para que possamos refletir no futuro que nos aguarda.

O Amado Ir Fenelon Barbosa dizia: Somos todos egoístas em maior ou menor grau.

Por outro lado, e também em
maior ou menor grau, também somos todos altruístas, com exceção é claro, das patologias sociais.

Mas o fato é que em determinados momentos da vida a balança pode oscilar mais para um lado ou para o outro, a depender de um conjunto complexo de circunstâncias entrelaçadas.

O egoísmo nos leva ao isolamento, à não-participação, ao individualismo.

Estreita e obscurece nosso horizonte mental.

Conduz à competitividade, ao privilégio do valor econômico sobre os valores humanos, ao autoritarismo, ao nacionalismo xenófobo e à exclusão.

O altruísmo nos conduz à socialização, à participação e à individualidade.

Amplia e torna claro o nosso horizonte mental.

Leva à competência do conviver, ao diálogo entre o valor econômico e os valores humanos, à democracia, à nacionalidade e à inclusão.

No egoísmo, a tendência é participar negativamente.

No altruísmo, tendemos a participar de modo positivo.

Seu pensamento no leva a meditar sobre o início de nossa explanação: “O futuro da Maçonaria está dentro de Nós mesmos, do Verdadeiro Irmão, e não dentro de Potências, Obediências e outras divisões que a vaidade nos infringiu ao longo da História da Maçonaria Universal.

Tudo passa pelo próprio ser Unitário Maçom e se complementa no coletivo.

Eis aqui um ponto da maior importância.

Para viver a Maçonaria é preciso, antes de tudo, evitar o mais possível as armadilhas do auto-engano.

É ter em mente que, de um lado, nenhum de nós é totalmente favorecido pelo bom senso.

E que, de outra parte, todos tendemos a resistir às mudanças, em maior ou menor grau.

Assim, para aprender a lidar com o auto-engano, é necessário o conhecimento perfeito e vivenciar o V.I.T.R.I.O.L. E neste ponto nos vemos diante de uma das formas mais comuns de auto-engano: imaginamos, ingenuamente, que podemos nos conhecer
sem a ajuda dos outros.

E, ainda de modo mais ingênuo, imaginamos que é possível o autoconhecimento de pessoas isoladas do mundo.

Para viver Maçônicamente é preciso ter consciência do auto-engano e do Auto Conhecimento.

O autoconhecimento implica conhecer o outro (e deixar-se conhecer por ele) e conhecer o mundo (e deixar-se conhecer por ele).

Viver Maçônicamente é, portanto, ampliar ao máximo as ideias de diálogo e a vida é um processo de conhecimento; logo, se quisermos conhecê-la é preciso saber como os seres vivos conhecem.

Após tudo isso dito, podemos agora concluir que a essência da atividade Maçônica é a inclusão do outro.

Todos os caminhos a ela conduzem e dela retomam.

Mas o modo de encontrá-los e as maneiras de trilhá-los requerem energia e persistência, num grau que desafia a todos nós.

As "sociedades totalmente administradas" resultaram em sociedades quase que totalmente mercantilizadas.

No mundo atual, caminha-se para a divinização do "mercado", do dinheiro, do “vil metal”, que a tudo permeia e condiciona.

Admitamos ou não esses fatos fazem parte do nosso cotidiano.

A Maçonaria trabalha justamente em meio a essa cultura.

Nossa tarefa é questioná-la, analisá-la, transformá-la.

O sucesso de nosso empenho constitui a diferença entre o desencanto e a esperança, não apenas a abstrata e poética, mas aquela à qual se somam a vontade e a
ação.

“Não quero dizer, porém, que, porque esperançoso, atribuo à minha esperança o poder de transformar a realidade e, assim convencido, parto para o embate sem levar em consideração dados concretos, materiais, afirmando que a minha esperança basta.

Minha esperança é necessária, mas não é suficiente.

Ela só, não ganha a luta, mas sem ela a luta fraqueja e titubeia.

Precisamos da esperança crítica como o peixe necessita da água despoluída”.

Voltamos a afirmar que por mais que sejam escuras e sombrias as nuvens que se avizinham para a Maçonaria, por mais que tenhamos pombos e outros Pavões de aventais ditando normas e mandando em lojas, por mais que sejamos expostos de maneira perjurada e prostituida em redes sociais, mídia, livros, publicações outras, por mais que ainda estava faltando compromisso dos ditos irmãos com nossos usos e costumes, existe uma chama que teima de maneira titubeante em persistir mesmo contra todas as perspectivas contrárias, A CHAMA DA VERDADEIRA LUZ.

Essa não se apagará nunca e será sempre avivada, sempre que forem iniciados homens verdadeiramente livres e de bons costumes, de corações sensíveis ao bem e que sejam lapidados em sua caminhada pelo maço e cinzel, esquadrinhados pelo Esquadro e o Compasso, e tenham na Singeleza do Nível e do Prumo, na força da alavanca do amor fraternal, a construção de seu Templo da Verdade: O templo Interior de seu VITRIOL, das Verdades eternas, onde a Construção seja diária e que a cada dia, sejamos melhores que o dia anterior.

Quem viver Viverá!!!

A Maior Riqueza, A Maior Beleza, A Maior Força e a Maior Sabedoria da Maçonaria, existe dentro do Verdadeiro Irmão.

O HOMEM MAÇOM! E isso será sempre Eterno!

Luiz Muzi

Membro da AMCLA - Academia Maçônica de Ciências, Letras e Artes da COMAB

 

 


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