DA CONCEPÇÃO DA “LUZ” A “ESCULTURA MAÇÔNICA”


 

Queridos e amados Irmãos!

Trazendo uma rememoração bíblica, a doutrina Cristã traz em sua essência, que Lúcifer era um anjo admirável e ao mesmo tempo muito rebelde, criatura feita por Deus, titulada como o pai da mentira, que acusa os irmãos, engana, trai e governa o reino das trevas ou da escuridão.

Tal poder que tem, ele cega os perdidos para a “luz gloriosa do evangelho de Jesus Cristo” e procura a qualquer custo ser “adorado”, porém age também para roubar, matar e destruir.

É esse inimigo a quem devemos resistir, bem como as suas obras malignas que Jesus veio para destruir. Por analogia, quando analisamos a doutrina maçônica, todas as pessoas do mundo “profano” vivem sem visão, são condenadas e confinadas à escuridão em face ao seu espírito.

De acordo com esse contexto e por meio da iniciação maçônica, os homens são tirados da escuridão, são tirados das trevas e são trazidos à luz, fazendo uma total purificação interna e dando-lhes nova vida.

Assim que se tornam maçons, os homens são chamados de “filhos da luz” (Lightsfoot's Manual Of The Lodge, pg 175 – Manual do Pé de Luz).

Ainda na condição de “cego das almas impotentes” e seguindo os preceitos nas condições ritualísticas maçônicas, no primeiro grau os iniciantes devem Ser Luz, quando já no segundo grau, tenham uma Nova Luz, e alcançando o terceiro grau passam a ter Mais Luz. Então esses três graus formam assim um conjunto perfeito e harmonioso.

Todos nós pecamos e assim perdemos nesse momento a perfeição que Deus exige, e nesse caso ninguém é justo por sua própria virtude.

Quando os homens estiverem compenetrados da moralidade maçônica, quando estiverem aprendidos a exercitar todas as virtudes que ela inculca, quando tudo isso lhes forem sociais, todos estarão preparados a receber a briosa instrução filosófica para galgar as alturas sobre cujo cume estão entronizadas a “luz e a verdade” da maçonaria.

Não só a “luz” fará o homem maçom a ser perfeito e harmonioso. É preciso ser, fazer e sentir a perfeição e saber quem ele é.

Quando nós maçons dividimos a nossa história de vida em um local (no templo maçônico) que nos transforma, lapida e nos faz lembrar que a essência maçônica de transformação passa para nós, a partir dali, questionamos: o que é lapidar? O ato de lapidar é bater, talhar, polir, aperfeiçoar o procedimento que ao longo do viver nos reinventamos dentro da subjetividade de cada um de nós maçons.

No transcurso das nossas vidas, algumas vezes perdemos pedaços de nós mesmos, nos momentos em que perdemos a harmonia e a concórdia dentro da ritualística maçônica com os nossos irmãos, ou na ocasião quando os acontecimentos não saem como almejamos ou como projetamos, é nesse instante que devemos a voltar a nos lapidar.

Não ocorre lapidação sem dor. A dor é o elo do ato de se esculpir. O maçom ao esculpir-se utiliza o maço e o cinzel, que são duas ferramentas utilizadas por profissionais que trabalham em pedra, que possibilitam tirar lascas da pedra bruta, e para isso é preciso batidas fortes e repetidas.

 Nada pode ser muito leve e sem força, senão não há aperfeiçoamento interno. Ao usar as ferramentas que nos ajuda a nos lapidar, chamamos de edificação do homem.

Se nós conseguirmos chegar onde estamos, essas conquistas são resultados de uma série de acontecimentos que deram certo, porém por caminhos difíceis.

Assim, muitas coisas que não dão certo, ou não saem como nós esperamos, podemos aprender muito mais se desejarmos alcançar. O ato final de nos esculpir é um processo da nossa construção pessoal infinita, pois jamais colocamos fim em nossa construção humana até que a morte nos abrigará e nos conduzirá ao oriente eterno.

Até lá, seguimos nos lapidando e nos moldando sempre, pois, nós já encontrávamos dentro do bloco de uma pedra bruta, e lá se escondia uma bela escultura que somos hoje.

Porém, quem quiser continuar a mostrá-la (escultura) e ser um maçom de exemplo de harmonia, concórdia e de virtudes, deverá continuar sempre a remover os seus excessos, até expor as partes perfeitas que as escondem dentro de uma pedra bruta. 

Um TFA a todos os meus amados Irmãos.

Ir.’. MM Charleston Sperandio de Souza. Presidente da Comissão de Beneficência - CIM nº 304.753 ARLS Fraternidade Guanduense N° 1396. Professor Universitário. Baixo Guandu/ES

A FLAUTA MÁGICA


 

Quando esse assunto é apresentado em Loja, por meio de diversos trabalhos ou palestras, muito se fala sobre Mozart, sua iniciação, sua Loja, seus companheiros de Loja, o desenvolvimento da maçonaria na época, mas muito pouco se fala sobre a Flauta Mágica. Por que é considerada uma ópera maçônica? O que há de maçonaria nela?

A Flauta Mágica conta a história de um príncipe perdido na floresta, que é salvo por um servo de uma rainha que o leva ao castelo. No castelo, ele vê a foto de uma bela mulher e se encanta por ela.

O servo conta que se trata de uma princesa, filha da rainha, e raptada por um sacerdote. O príncipe se apaixona ainda mais ao ouvir a história e decide resgatar a princesa. O servo da rainha acompanha o príncipe na missão, e o Orador do Templo da Sabedoria alerta que as intenções do sacerdote são boas e que, talvez, as da rainha não sejam. O príncipe e seu servo aceitam serem iniciados. No final, ambos ficam com suas almas gêmeas.
 
Os principais elementos simbólicos utilizados em “A Flauta Mágica” pertencem à tradição alquímica e astrológica. A marca egípcia (a obra se desenrola principalmente em um conjunto de templos dedicados aos mistérios de Isis e Osíris) se deve à fascinação que causou o redescobrimento do Egito no século XVIII e à influência que exerceu sobre Mozart o humanista Ignaz Von Born, autor de um livro sobre os Mistérios Egípcios. Os símbolos alquímicos são claros através de toda a obra: por exemplo, Tamino e Pamina devem passar pelos quatro elementos, simbolizados na obra pelo Fogo e pela Água.

Os sacerdotes se reúnem em um bosque de palmeiras de prata com folhas de ouro. Os diversos caracteres também se relacionam com os diferentes planetas do sistema astrológico que contemplam 2 astros e 5 planetas. A Rainha da Noite se relaciona com a noite e os mistérios lunares; seu reino é o bosque. Sarastro, que ao final do primeiro ato aparece em um carro puxado por leões, encarna as forças solares. Junto a estes símbolos, a presença das chaves numéricas acompanha os elementos de interpretação da mensagem da obra. O número 3 e seu simbolismo é o mais frequentemente utilizado (as três damas, os três jovens, os três templos, os três acordes iniciais da abertura, entre outros, demonstram a importância do número 3).

As três etapas alquímicas

A Obra ao Negro, regida por Saturno: corresponde ao primeiro ato, que transcorre principalmente no bosque. Durante esta etapa, Monostatos é o principal obstáculo, relacionado com Saturno, quer dizer, a prisão da matéria. Ele é o carcereiro de Pamina que se interpõe entre Tamino e Pamina (ao final do primeiro ato) e está apaixonado pela Princesa, sem poder possuí-la.

A Obra ao Branco, regida pela Lua: esta obra corresponde as primeiras provas a que Tamino e Papageno se submetem, e por outra parte Pamina. Nesta etapa ainda não foi realizado o casamento alquímico.

A Obra ao Vermelho, regida pelo Sol: guiados pela força solar, Tamino e Pamina, agora reunidos pelo matrimônio alquímico, passam através dos quatro elementos. Nesta etapa também são destruídas definitivamente as vestes da Rainha da Noite e de Monostatos, símbolos da matéria inferior.

Flauta Mágica como alegoria alquímica, ou seja, um conto de transformação em que todos os intervenientes são submetidos a uma estrutura simbólica, iniciática, que os conduz a um grau superior de realização e espiritualidade: nos opostos que se confrontam luz e sombra, negro e branco, mal e bem, sairão vencedores os representantes de uma humanidade regida pelos princípios em que imperam o belo, o bom, a verdade da razão iluminada

Provas e Iniciações

Estas acontecem através de toda a obra, principalmente no segundo ato.
No primeiro ato vemos uma cena em que Tamino está tocando a flauta mágica e todas as feras do bosque se rendem ao encanto da música. Mas de repente ele se lembra de Pamina e o encanto desaparece; o discípulo renuncia aos poderes inferiores e continua em busca de sua alma.

As iniciações e Provas do segundo ato não são apenas rituais, mas geralmente carregam uma situação de perigo, como fica claro na evocação de Sarastro aos deuses Isis e Osíris: “Oh Osíris, ilumina com o espírito da Sabedoria o novo casal. Vocês que guiam os passos dos caminhantes, fortalecendo-os com paciência durante o perigo. Permite-lhes vê-los como frutos dessas provas. Mas se tiverem que morrer, premie a virtude de seu valoroso esforço e acolha-os em sua morada”. Estas linhas nos recordam as palavras de Krishna no Baghavad Gita: “Morto ganharás o céu, vitorioso dominarás a terra, então, levanta-se, Parantapa, e apressa-se a lutar.”

No segundo ato, Tamino mantém o voto de silêncio que se havia imposto e rejeita as três damas. Pamina deve escolher entre sua mãe e o reino solar, que culmina na separação de Tamino. Estas provas pertencem aos Mistérios menores e se alude a elas na obra como etapas de purificação.

Os mistérios maiores se acham simbolizados pela passagem através dos quatro elementos, que realizam em conjunto Tamino e Pamina, guiados pela Flauta Mágica.

 

O SIMBOLISMO DA FLAUTA MÁGICA

“A Flauta Mágica” de Mozart é um dos mais maravilhosos testamentos musicais que um músico-filósofo deixou como legado. Mozart não era somente um músico, mas um filósofo no sentido mais pleno da palavra.

Ele procurou criar uma ponte entre o ser humano e o divino através do amor, como é demonstrado em todo o seu trabalho. Em “A Flauta Mágica”, o apolíneo, a iluminação do divino; e o dionisíaco, a transformação do homem.

A Maçonaria que Mozart viveu era como uma Escola de Formação Humana, baseada na tradição, no simbolismo, na fraternidade, indo além da cultura, das classes sociais, da ideologia, da religião; na luta contra todo o tipo de fanatismo, e a favor do aperfeiçoamento do homem que constrói a Humanidade.

Ainda que o ingresso de Mozart na Maçonaria tenha sido relativamente tardio, pois já estava com 28 anos, foi a partir dessa época que ele escreveu suas mais célebres composições musicais maçônicas. Das obras que precedem a sua iniciação, mas que já são de inspiração maçônica veio sua obra mais esotérica, A Flauta Mágica, todas, em maior ou menor medida, recorrendo a símbolos, ritos e encenações esotéricas.

 

SANDRO PINHEIRO

 

Biografia:www.noesquadro.com.br/artes/mozart-flauta-magica-e-maconaria

Biografia:Ópera maçônica a flauta mágica: W. A. Mozart-Rizzardo da Camino

Biografia:https://bibliot3ca.com/a-flauta-magica

Biografia: A Flauta Mágica, A Maçonaria e a Alquimia- Gerson Fraissat

Biografia:www.freemason.pt/mozart-flauta-magica-maconaria

A SIMBOLOGIA MAÇÔNICA EM PARATY


 

Uma cidade construída sobre os pilares de um segredo

Quem anda pelas ruas de Paraty, cidade histórica localizada no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, ao admirar sua arquitetura requintada e de estilo colonial, talvez não perceba, à primeira vista, os segredos que ela esconde.

Com olhos um pouco mais atentos, conseguimos identificar nas construções a forte influência de uma sociedade enigmática que por muito tempo se dedicou a manter ocultas suas práticas e filosofias, e que talhou suas simbologias nos casarões, esquinas e ruas de Paraty.

Acredita-se que a maçonaria surgiu em Paraty no ano de 1700, quando Maçons, recém fugidos das perseguições do Velho mundo, encontraram refúgio na ilha e deram início aos seus trabalhos.

Os Maçons que ali se instalaram foram batizados pelos moradores locais de "Os Iluminados", por conta de suas ideias inovadoras. Na época, o oficio da ordem era voltado majoritariamente para a construção civil, por isso, eles foram grandes responsáveis pelo desenvolvimento arquitetônico da cidade.

Os casarões e sobrados são decorados por desenhos coloridos, predominantemente em branco e azul, cores notáveis da Maçonaria Simbólica, assim como as esquinas de Paraty são adornadas por cunhais estudiosos acreditam ser uma alusão aos pilares da maçonaria.

Entre os indícios da presença maçônica na cidade estão às medidas das construções, algumas apresentam vãos entre janelas em que o segundo espaço é o dobro do primeiro e o terceiro é a soma dos anteriores isto indica que a soma da parte é igual ao todo, ilustrando o retângulo áureo de concepção maçônica.

Outra grande indicação é a presença do número 33, importante na Maçonaria Filosófica. As plantas de algumas casas possuem escala 1:33:33, existe também o registro de um cargo chamado "Fiscal de Quarteirão", a vila possuía 33 fiscais, mas o número de quarteirões era bem menor que 33, o que pode significa a tentativa de esconder os rituais e práticas maçônicas daqueles que não pertenciam à ordem.

Naquele tempo, era mais difícil desvendar os sinais e ilustrações mas hoje, como as informações sobre a maçonaria estão mais acessíveis, podemos entender um pouco desta história que teve seu alvorecer séculos atrás.

Fonte: Revista Luzes

A FELICIDADE ESTÁ MAIS PERTO DO QUE SE IMAGINA


 

Quando o homem compreende que está interligado a tudo e a todos dentro do Universo, que Deus é a energia Suprema de onde todas as vidas provêm, busca sintonizar-se com todas as vidas.

A felicidade que a maioria da humanidade busca não está fora, mais dentro de si mesmo.

Quando o homem deseja que o outro homem seja feliz, se torna feliz junto com ele.

A felicidade é como uma flor de dente de leão soprada ao ar, não se sabe onde a semente vai cair, mas da mesma forma que se encontra a flor no meio do caminho, outros encontrarão e terão a mesma oportunidade de soprá-la para que outros a encontrem.

Quem deseja a sua felicidade, deve alegrar-se com a felicidade do próximo.

Quem deseja a sua felicidade deve amar ao próximo, pois tudo está devidamente interligado, a vida funciona como um espelho que reflete o que a ele é apresentado.

A felicidade está ao alcance de todos que compreendem que ele e o outro são um só.

A felicidade está interligada a gratidão, pois aquele que tem gratidão em seu coração pelo quinhão que recebe da vida abre espaço no jardim de sua vida, para o recebimento de nova florada e da multiplicação dos grãos.

A felicidade está ao alcance de todos que não permitem armazenar em seu coração os males da vida, que não guardam o ódio ou rancor, que vivem procurando fazer o outro feliz.

A felicidade é como a bênção da chuva nos campos da vida, é como o Sol que irradia luz sobre tudo e todos, sem distinção ou discriminação.

A felicidade é como o cobertor da noite sobre o dia, que estende as estrelas como guia para o caminho do navegador.

A felicidade é saber observar nos mínimos detalhes da vida a beleza da criação de Deus.

A felicidade é compreender a importância de poder respirar livremente, de poder abraçar e sentir o calor dos corações.

A felicidade é a fonte de água viva que jorra no oásis para saciar a sede do peregrino sedento no deserto.

A felicidade é poder andar livremente, enquanto tantos estão impossibilitados.

A felicidade acende a luz da esperança no coração dos encarcerados que se mantêm vivos apesar da privação da liberdade.

A felicidade consiste em ter amor por tudo e por todos.

A felicidade é uma graça divina, cujo quinhão se multiplica no reconhecimento de toda felicidade que se tem.

A felicidade é viver em paz com seu coração e com a sua consciência.

A felicidade é amanhecer em oração e adormecer com gratidão.

A felicidade é poder ver, ouvir e falar, e quando isso não é possível é estar mergulhado dentro de si a agradecer a vida que recebeu de Deus.

A felicidade está ao alcance de todos que conseguem juntar os fragmentos do mosaico que forma o quadro Divino da vida humana.

Se a felicidade é tudo isso muito e mais, é preciso saber cultivá-la para que ela se multiplique.

Informamos que este trabalho faz parte de uma série que vem sendo apresentada aos Cavaleiros e Damas Templários da Ordo Supremus Militaris Templi Hierosolymitani - OSMTH Magnum Magisterium.

Non Nobis Domine, Non Nobis Sed Nomini Tuo da Gloriam.

Não a nós Senhor, não a nós, mas a Tua glória.

Recebam o Fraternal Abraço.

Mestre Dom Albino Neves



 

TRONCO DE SOLIDARIEDADE


 

Cumprindo a Solidariedade

Quando da construção do Templo erguido por Salomão em Jerusalém, tinha-se por hábito guardar documentos da obra, bem como o salário dos construtores, classificados como Aprendizes e Companheiros, no interior das duas Colunas localizadas na entrada do Templo, que eram ocas. Os primeiros na Coluna B e os do Segundo Grau na Coluna J.

Esse salário corresponde à jornada de trabalho, nem sempre era em moedas, pagava-se também em espécie, sendo o sal o mais valioso e procurado, daí deriva a palavra salário.

Cultivando-se a "Arte Real" persistiu a tradição de premiar-se o trabalho dos Aprendizes e Companheiros com o conteúdo das Colunas e se abastecer estas com as verbas necessárias e projetos.

Por uma questão de ordem prática, não se podia transformar as Colunas em cofre, para que os donatários colocassem seus depósitos. Por esta razão, criou-se uma reprodução das Colunas, em miniatura, que girava por entre as bancadas, recebendo as contribuições, a mão se introduzia pelo alto do capitel, que a ocultava, havendo uma fenda no cimo do fuste, para a passagem das ofertas. Outros recipientes tinham a forma da Coluna, àquela que os arquitetos denominavam "Tronco".

Naquela época, a função caritativa da Maçonaria se tornou tão destacada, que a Ordem passou a ser identificada filantrópica, se ouvia falar que a imagem da Maçonaria era Fraternidade e Caridade. Assim, a antiga coleta que se fazia entre os sacerdotes foi estendida aos associados, passando a ser destinada às obras piedosas da corporação ou da Loja. Isso chegou a influir na denominação do "Tronco", que passou a ser chamado de "Tronco de Beneficência" ou de "Solidariedade" e em alguns Ritos "Tronco da Viúva", em razão da palavra viúva exprimir todos os desvalidos da sorte.

O "Tronco" gira seguindo o curso dos astros. A circulação ritualística forma uma estrela de seis pontas (Escudo de Davi, Selo de Salomão ou Hexagrama Mágico). O simbolismo dessa circulação, sintetizada na estrela de seis pontas, representa as duas naturezas humanas: "Masculina e Feminina", que se interpenetram e se harmonizam, conservando, porém, cada uma, sua própria individualidade. O giro é suspenso entre Colunas – não é o Tronco que fica suspenso, mas sim o giro, que aguarda instruções.

No Brasil, o "Tronco de Solidariedade" é revestido de especial importância, há muito que os Regulamentos Gerais da Ordem somente consideram válida uma Sessão, se nela circulou o "Tronco" (exceção feita somente a Sessões onde estão presentes profanos, como no caso de datas festivas, cívicas, brancas, fúnebres, etc.). É lição antiga que na oferta, "a esquerda ignore o que faz a direita", (Mateus 6:3), justamente essa modéstia é uma das explicações do legendário segredo maçônico.

Resultado do "Tronco", o Irmão hospitaleiro vai ao Altar do Orador e com ele confere o produto do Tronco. O Irmão Orador comunica em voz alta ao Venerável a quantia arrecadada, que depois de anunciada pelo Venerável, é entregue ao Irmão Tesoureiro e creditada ao Irmão Hospitaleiro.

O "Tronco de Solidariedade" é de fundamental importância, pois, o socorro aos necessitados depende da consciência de cada Irmão. É sempre bom lembrar que um tijolo se une a outros tijolos e, juntos, erguem uma casa. Uma brasa se une a outras brasas e, juntas, mantêm o fogo aceso. Uma mão se une a outras mãos e, juntas, executam o serviço.

Um passo se une a outros passos e, juntos, chegam ao destino. Por isso que juntos somos capazes de realizar.

Ir Osvaldo Generoso Dias

Or.'. São João Evangelista - MG

 

A LEI DO SILÊNCIO


 

“Só um homem capaz de guardar silêncio, quando é necessário, pode ser o seu próprio amo”.

A imposição do silêncio não é somente uma disciplina que fortalece o caráter, é também, e principalmente, o meio pelo qual o Iniciado pode entregar-se à meditação sobre os augustos mistérios que encerram as perguntas que todo espiritualista se faz: donde vim? Quem sou? Para onde vou? Perguntas essas que o Iniciado Maçom defronta desde o momento em que transpõe a porta da Câmara da Reflexão. É também o meio de melhor observar os ensinamentos maravilhosos contidos no Ritual.

Em todas as Reuniões e Atos Maçônicos, o silêncio deve ser rigorosamente mantido, não por força de disposições regulamentares ou pelos ditames da boa educação e das conveniências sociais, mas para que possa ser forma do o ambiente de espiritualidade, próprio de um Templo. Ao ajudar à formação desse ambiente, tão propício à meditação, o Maçom beneficia-se a si mesmo e beneficia aos demais também.

O silêncio eleva-se a categoria de virtude, graças à qual se corrigem muitos defeitos, ao mesmo tempo em que se aprende a ser prudente e indulgente com as falhas que se observam.

O aprendizado é o período de meditação e der silêncio. O Aprendiz não pode tomar a palavra senão a convite do Venerável. O Sinal de Ordem lembra-lhe que deve dominar a exteriorização de seus pensamentos. Os seus padrinhos estarão lá para guiá-lo e para fazer-lhe compreender o que não entendeu bem.

Esta Lei do Silêncio deve ser por ele observada fora do Templo, no que diz respeito à Ordem Maçônica. É, aliás, a promessa que fez ao receber a Luz. Como poderia ele, aliás, sem experiência, compreender inicialmente e dar em seguida aos profanos, uma ideia justa daquilo que aprendeu?

No silêncio o Aprendiz aprenderá a meditar, a estudar o que lhe desagrada em seus Irmãos, sendo desta forma que ele chegará a eliminar os seus defeitos que são muitas vezes semelhantes. Aprenderá assim a ser tolerante, em face das opiniões se dos atos dos outros.

Mas há, nesta Lei do Silêncio, algo de mais importante. Aprendendo a refrear o desejo de falar, o Aprendiz pratica, consciente e inteligentemente, a conservação de forças que seriam realmente desperdiçadas. Pouco a pouco, ele controla os seus impulsos e esta força que poderia gastar, fazemo-la nossa.

Lojas há que incentivam Aprendizes e Companheiros a se exibirem em discursos repletos de lugares-comuns, ou tratando de assuntos profanos, fazendo assim perder o precioso tempo dos ouvintes. E chegam até considerar a recomendação do silêncio como se fora um atentado contra pretensos direitos maçônicos do Aprendiz.

Inútil será dizer que não tendo recebido todas as instruções maçônicas, nada podem transmitir aos Neófitos. Assim, transformam as Sessões das Lojas em improdutivas palavras que nada constroem, mas acumulam perigosos elementos para o incenso de orgulhos e vaidades a futuros desentendimentos.

Fonte de consulta:
Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia – Nicola Aslan

 

IRMÃOS, POR QUE ME ABANDONASTES?


 

O assunto que ora abordamos é mais um caso real e que, cremos, se passa no cotidiano de várias Lojas Maçônicas.

Trata-se do abandono, do desprezo e da falta de percepção sobre o próximo, quando o próximo está longe.

Em uma das nossas Lojas aconteceu um fato corriqueiro: Um dos nossos Irmãos faltou à Sessão. Passou-se o primeiro dia, o segundo e vários outros sem que nenhum Irmão houvesse feito uma ligação para saber o que acontecera. Todos estavam absorvidos por suas atividades no mundo não-maçônico e a irmandade esvaiu-se pelo ralo, afinal de contas, Irmão só é Irmão nos dias de reunião.

Maçonaria é para voluntários, se ele não veio é porque não quis ou porque estava envolvido em sua atividade profana, diziam uns. Na próxima semana ele virá, diziam os outros mais otimistas. Outros, sequer perceberam a falta do Irmão. O fato é que o obreiro havia sido submetido a uma cirurgia. Sua família não sabia que tinha que avisar a Loja e as pessoas que o cercavam não sabiam que ele era Maçom (para alguns, isso ainda é um segredo a ser guardado a sete chaves).

Somente sua ausência avisaria que ele não poderia comparecer à Sessão, acreditou o moribundo. A ausência cumpriu seu dever. Falou, gritou, berrou, contudo não conseguiu alcançar o duro coração dos Irmãos. Ninguém lhe ouviu. Então, reinou silêncio nas Colunas e no Oriente.

A cirurgia do obreiro não foi um sucesso e ele permaneceu internado no hospital por dias. Recebeu visita de todos, menos dos Irmãos. Não sucumbindo à enfermidade, partiu para o Oriente Eterno. No enterro, todos, menos os Irmãos. Na missa de sétimo dia, todos, menos os Irmãos.

Dizem que, às vésperas da morte, sussurrou: “Irmãos, por que me abandonastes?”

Decerto, se ele fosse Obreiro de uma Loja em que todos não apenas se tratassem, mas fossem realmente Irmãos, no dia de sua ausência ou no dia seguinte, todos saberiam o motivo de sua falta e o apoiariam. Quem sabe ele estaria vivo. Tratamo-nos por “Irmãos" e várias pranchas já foram escritas justificando o termo, contudo, o que sai da boca não entra no coração.

Somos experts nos Rituais, na legislação e no conhecimento Maçônico. Falta-nos, porém, emoção, sensibilidade, solidariedade e fraternidade para com o próximo.

Há grande diferença entre tratar “por” Irmão e tratar “como” Irmão. É mais que semântica.

Precisamos amar mais, viver mais e agir mais para que, num futuro não muito distante, não venhamos ser o próximo a dizer:

“IRMÃOS, POR QUE ME ABANDONASTES?” 

T:. F:. A:.

 Ir:.DAMIÃO ROCHA GONÇALVES:.MI-Grau 33:.

GOBRJ - R:. E:. A:. A:.

GOBMG - Rito Brasileiro

ALVORECER DE UMA NOVA EXISTÊNCIA


 

Alguns elementos alegóricos e simbólicos apresentados em nossa caminhada maçônica não têm sua significação explicada nos rituais. Eles se estabelecem como sutis informações, que podem ou não despertar o irmão à pesquisa sobre suas origens ou, quando da inclusão em nossos trabalhos. Possivelmente, o ritualista acreditou que, por si só, a imagem ou a palavra instruiriam o Obreiro.

A figura de um galo com as palavras Vigilância e Perseverança, faz muitos acreditarem que o animal é o ícone desses substantivos. Talvez, até seja, se o analisarmos sutilmente. A vigilância em questão não se trata de monitoramento e observação de como pessoas se comportam.

Afinal, estávamos naquele momento sozinhos, ou melhor, apenas com nossa consciência. Vigilância significa despertar a consciência, a prudência necessária em dar o próximo passo, principalmente, após sermos alertados pelas frases impactantes escritas na parede.

Por sua vez, a Perseverança não é um ato contínuo e obstinado, ligado ao ego, mas, tenacidade e constância necessárias para se alcançar um objetivo, mantendo-se firme e fiel aos seus valores. Assim, quando lhe for perguntado se prefere seguir o caminho da Virtude ou do Vício, compreenderá a necessidade da Vigilância (prudência) e da Perseverança (constância).

O galo é um símbolo arquetípico que aparece nas tradições religiosas dos mais diferentes povos da terra. Em todas as culturas antigas ele surge como uma espécie de criatura celestial e votiva que anuncia a ressurreição solar. Daí o simbolismo que liga o seu canto com a renovação espiritual, que as escolas esotéricas desenvolveram em suas doutrinas, e as religiões oficiais adotaram em seus cultos como elementos rituais.

Em alquimia era utilizado para representar o mercúrio filosófico, ou seja, o princípio segundo o qual a “alma da obra” despertava, possibilitando a sua transmutação.

O galo na maçonaria é, pois uma mistura de muitas tradições, mas, sobretudo de muito significado interno e pessoal; representa-nos a verdadeira busca do trabalho interno, a luta constante da parte escura do nosso ser, o buscar no nosso interior e entre as trevas algo de claridade, o estar alerta e vigilante para uma vez descobertas às trevas poder dissipá-las com a chama do trabalho dado pela luz externa; mas, às vezes é o despertar de cada dia daquela ignorância em que poderíamos cair, se nos deixamos rodear pelos profanos do mundo que nos poderia fechar os olhos ou deslumbrar com uma falsa luz.

O galo não só deve estar presente na nossa Iniciação como também estar presente sempre ao longo do nosso despertar diário tanto físico como espiritual. Na Câmara de Reflexões perto da ampulheta significa que o tempo não para, não cessa para o maçom. É lógico que todos os demais símbolos existentes na Câmara de Reflexão fazem parte do processo iniciático, cada qual complementando e interagindo com os demais.

O cantar do galo é este despertar para a Luz nos dada pelo Grande Arquiteto do Universo. Para que possamos cumprir nossa missão.

Sandro Pinheiro

 

 

 

 

 

 

A GEOMETRIA SAGRADA COM OS NUMEROS QUE COMPÕEM O DELTA LUMINOSO


 

Amados irmãos, após estudarmos o significado dos números 1 a 13, e compararmos o que representam nas principais ordens esotéricas, trazemos à vossa reflexão o resultado dessas pesquisas. Nas escolas de mistérios, com relação a esses números cabalísticos, constatamos a existência de uma linguagem comum aos iniciados.

Ora a história do esoterismo entre os povos é universal e seus símbolos são imutáveis. Estamos nos referindo à linguagem simbólica, cuja representação gráfica se encontra na geometria, ciência imprescindível a pratica da Arte Real.

O propósito deste trabalho, gerado na prancheta maçônica, além de motivar o estudo da numerologia é nos levar a intuir, refletir e evoluir como personalidade-alma.

Os ensinamentos herméticos, oculto aos olhos profanos, são transmitidos entre os iniciados de geração a geração, desde a mais remota época. A sua origem se encontra na tradição hebraica, ensinada através da teoria dos números na Cabalá, que é a filosofia que se baseia nas especulações numéricas.

O vocábulo “Quabbalah” vem do hebraico antigo que, literalmente traduzido, significa: “Doutrinas recebidas por antigas tradições”. Os conhecimentos escritos da Cabalá talvez não antecedam o século onze. Há fortes indícios, entretanto, de que os ensinamentos orais existiam em uma época muito anterior.

Tradicionalmente, consta que se remota à época da Sabedoria Ancestral transmitida por Moisés. Como o Simbolismo Maçônico concorda com o que a numerologia Cabalística tem de essencial, será sob este enfoque que vamos falar dos números contidos na composição do Delta Luminoso.

O simbolismo dos números: 01 a 13, na formação do TETRAGRAMMATON.

01 – O número um (1) isolado, representa um mero começo, uma parte, um ponto de partida, algo que requer o seu oposto para se tornar manifesto. O numero um simboliza o princípio e corresponde a Sabedoria. Na Loja representa o VM.

O ponto graficamente também representa a unidade. O ponto é a ação, o movimento, a irradiação, a expansão ou emanação criadora, o verbo ou o trabalho. É a Coroa ou Diadema. É o agente pensante e consciente. O Eu Sou. O ponto sem dimensões é o nada contendo o tudo.

NO PRINCÍPIO HAVIA O PONTO.

( . )

02 – O numero dois (2) é o complemento de um, sua unidade oposta se manifesta num terceiro ponto, simboliza a dualidade das coisas. É o numero dos contrários, dos princípios opostos, representa o desequilíbrio. Corresponde a Força que sustenta. É o número que somado ou multiplicado por sim mesmo, terá como resultado, em qualquer hipótese, sempre o dobro do seu valor.

O dois representa graficamente a linha, que é o ponto em movimento. É a emanação criadora, a potência do ser, contendo a geração do verbo. Simboliza o Logos ou Razão Suprema. É o pensamento criador.

E O PONTO MOVEU-SE EM CURVA DA ESQUERDA PARA A DIREITA.

03 – O numero três (3) representa a manifestação perfeita, é a terceira condição que resulta da relação recíproca de um com dois, produzindo com sua união a geração de um terceiro ponto, que simboliza a criação perfeita.

O numero três simboliza a manifestação completa do ser no processo de expansão espiritual, mental e material. Corresponde a Beleza que adorna. Simboliza o plano em que se precisa às intenções, em que o ideal se determina e se fixa.

É o domínio da Lei necessária, que governa todas as ações, impondo a toda arte suas regras inevitáveis. Tem como representação gráfica o triângulo de três lados iguais. Simboliza a inteligência, compreensão, luz e imagem original de todas as coisas.

A CURVA PROSSEGUIU, CONFORME A LEI.

04 – O numero quatro (4) representa a matéria. Simboliza os elementos naturais, os pontos cardeais e as dimensões de um Templo. Representa o sólido, cuja medida é o cubo. Representa a pedra bruta. O homem dominado pelos instintos. A parte animal predominando sob o homem. Mostra a obra realizada, através da qual se revela a arte, o trabalho e o obreiro. E tem como representação gráfica o quadrado. Retrata a graça, bondade criadora, poder que dá e espalha a vida.

E A LEI MANTEVE A CURVA EQUIDISTANTE DO PONTO DE ORIGEM

05 – O numero cinco (5) simboliza a estrela dos magos. É a estrela flamejante. Corresponde à quintessência, o microcosmo, a pedra polida, o homem espiritualizado. Representa o pentagrama. É a união do fogo com a água.

É o domínio do homem, propriamente dito, sobre o animal. É a rosa unida a cruz. É representado graficamente por uma estrela de cinco pontas. Que simboliza o governo e a administração da vida adquirida. É a discrição, reserva que obriga à restrição.

PORTANTO, FOI ASSIM QUE A CURVA COMPLETOU-SE TENDO FORMANDO O CIRCULO.

06 – O numero seis (6) é o número que corresponde ao Irmão Mestre de Cerimônia, coordenador de todas as formalidades ritualísticas.

Representa o macrocosmo e tem como representação gráfica a estrela de seis pontas, formada por um triângulo com o vértice para cima, entrelaçado por outro triângulo com o vértice para baixo; um é o Sol, princípio masculino-ativo e o outro é a Lua, princípio feminino-passivo. O Hexagrama também é conhecido como o Selo de Salomão. Simboliza o ideal segundo o qual as coisas tendem a se constituir

E O CIRCULO FORMOU-SE NO PONTO INICIAL, QUE CONCENTROU SEU PODER PARA SE PROJETAR

07 – O numero sete (7) é o número do Mestre que cuida dos trabalhos. Lembra as sete virtudes cardiais e os sete pecados capitais. Representa as sete notas musicais e as sete cores do arco-íris. É o principio da harmonia cósmica.

O Heptagrama representa a essência do ser, isto é a alma humana purificada, temperada pelas provas da existência, fortificada, atingindo um estágio que lhe permite realizar aquilo que o profano denomina de milagre. Simboliza a Vitória, Triunfo e Firmeza. Representa os sete selos do Apocalipse. Simboliza também os sete planos da manifestação do Ser.

É simbolizado pela letra IOD que corresponde à sétima letra do nosso alfabeto. Simboliza os sete dias da criação universal. Na geometria sagrada é retratado por um quadrado com um triangulo em seu interior.

PORTANTO. COMO O PONTO ESTAVA CONCENTRADO, ELE PASSOU A SE PROJETAR.

O8 - O numero oito (8) na horizontal é o símbolo do infinito. É a primeira manifestação da geração contida na potencial do ser. É o numero do Orador. Representa o emblema babilônico do sol. É o cubo de dois. É a projeção do cubo. Representa o H, a oitava letra do nosso alfabeto. Ela nos lembra o quadrado duplo, que tanto representa a Loja, como também o santuário inviolável do supremo ideal maçônico, que Simboliza o Esplendor, e a Glória, com o encadeamento necessário da causa e o efeito

MAS, DEVIDO A LEI DE ATRAÇÃO E REPULSÃO, O PONTO MOVEU-SE EM LINHA RETA.

09 – O numero nove (9) representa o quadrado de três. É o numero adequado ao Secretário, numa Loja, encarregado do traçado que assegura a continuidade da obra. É o ato realizado e sua repercussão permanente. Simboliza a prancheta de traçar, o plano imaterial, segundo o qual tudo se constrói. É o trabalho no plano físico, elaborado na tábua de desenhar. Simboliza a potencialidade latente.

E ASSIM OPONTO PROJETOU-SE PARA UM LOCAL SITUADO A DISTÃNCIA DE UM TERÇO DO CIRCULO.

10 – O numero (10) representa a eternidade. É o numero do Cobridor. Corresponde a organização e hierarquia da Loja Maçônica. Simboliza a síntese do particular com o universal, do relativo com o absoluto, é a década, no conceito teosófico. É a árvore da vida no conceito cabalístico. É a multiplicidade, contida na unidade. Simboliza o reino, a criação, a pedra da perpétua transformação. É a Fenomenalidade.

PORTANTO HAVIA TRÊS FORÇAS EM AÇÃO: AUTOPROJEÇÃO, REPULSÃO E ATRAÇÃO.

11 – O numero onze (11) sempre foi particularmente misterioso, sem dúvida, porque exprime a reunião dos números cinco e seis, que simbolizam o microcosmo e o macrocosmo, respectivamente. É o restabelecimento da unidade. É a potência ilimitada, proveniente das forças astrais, no sentido iniciático da palavra. “Penetremos até o centro e tudo vai nos obedecer”.

SENDO QUE OS TRÊS PODERES PRIMORDIAIS DIVIDIRAM-SE EM SUA AÇÃO E PERMITIRAM.

12 – O numero doze (12) se relaciona com as colunas do Templo de Salomão, representa os doze signos do zodíaco. Corresponde à divisão mais antiga e mais natural do círculo. Simboliza os doze espaços iguais, que o sol percorre, regularmente, na sua trajetória durante 360 dias, aparentemente, em torno da Terra. É o duodenário zodiacal simbolizando as fases da vida humana e as iniciações.

A PROJEÇÃO DA LINHA EM TRÊS MOVIMENTOS RETILÍNEOS

13 – O numero treze (13) é o resultado da soma dos números dez mais três. Simboliza o indescritível, o infinito.

E, DESTE MODO, O TRI NGULO DE TRÊS LADOS IGUAIS, FOI INSCRITO NO CÍRCULO, SENDO DENOMINADO DE “TETAGRAMMATON”, O SIMBOLO MAIS ESOTÉRICO PRODUZIDO PELA LEI.

Agradecemos ao Paster Grão-Mestre do GOPE, o sábio Martinista, Frater R+C e fraterno Ir. José Marcelo Braga Sobral, por seus grandes ensinos.

É para esteve bravo Cavaleiro da Luz, que com gratidão dedicamos nosso pequeno trabalho.

Rogamos ao GADU, nosso Pai Eterno, Uno e Trino, que nos proteja e continue a conduzir os nossos passos no caminho da Verdadeira Luz.

Fraternalmente,

Gilson de Azevedo Lins - MI - 33

Obreiro ativo e regular da ARLS - Seis de Março de 1817 n. 0015 - GOPE-GOB e da ARLS - Acácia Recifense n. 3.689 - GOPE-GOB.

A nossa gratidão aos valorosos irmãos da ARLS - Cavaleiros da Luz; ARLS - Duque de Caxias, Luzeiros dia Oriente; e ARLS - III- Milênio, pelas sábias lições que nos transmitiram, no exercício da Arte Real. A primeira Oficina por se tratar da nossa abençoada e querida Loja-Mãe, na qual com muita honra fomos instalado o VM, e quanto às demais por ter representando ambas no cargo de Deputado Estadual, em mandatos distintos.

 

NÃO GOSTA DA SUA LOJA? PROCURE OUTRA


 

“Já tenho o suficiente. Terminou. Eu não posso acreditar que eles votaram desta forma. Eu trabalhei duramente para este projeto, mas a Loja não se parece importar. Eu sinto-me tão interessado por este assunto, mas a Loja simplesmente não o irá apoiar“.

Eu conversei com um irmão recentemente que declarou que em determinado momento tinha considerado demitir-se da Ordem. E eu que pensava que era o único! Não é preciso muito para se querer abandonar a participação em algo, especialmente quando se não tem muita capacidade de decisão.

Se estiver em desacordo com a sua Loja, fale com o seu Venerável Mestre. Certifique-se de que ele entende as suas preocupações. Ofereça soluções, porque acredite em mim, quando o Venerável Mestre ouve problemas, na maioria das vezes, não vai querer envolver-se nisso.

Se não apresentar uma possível solução, as suas declarações podem ser recebidas como uma simples reclamação que é facilmente descartada.

Uma solução proposta, no entanto, oferece um ponto de partida a partir do qual se pode construir algo.

Se sentir que o Venerável Mestre não o está a ouvir, certifique-se de que ele o perceba. Estas conversas são difíceis de ter, mas a coragem é sempre necessária para se possa progredir. Se ainda assim, continuar a sentir que não tem mais nada para construir neste seu edifício moral e Maçônico, então é hora de seguir em frente. Mas não se demita, nem pare de pagar as suas quotas. Mas também não continue a apoiar uma Loja se não acredita no seu rumo.

Eu tenho a sorte de morar no estado de Massachusetts. Nós temos certamente os nossos problemas, mas em minha opinião (e as estatísticas assim mostram) a Maçonaria é forte dentro deste estado. Se eu ficar frustrado com a minha Loja, há uma dúzia (ou mais) à uma hora de carro, para eu ir visitar e ver se me sinto em casa.

Sim, é uma Loja e somos todos Irmãos, mas algumas vezes os irmãos não se dão bem. Encontre um grupo onde se sinta bem-vindo, apreciado e amado.

Pode-se contra argumentar sobre sugerir que um Irmão encontre outra Loja, mas com toda a honestidade, se um Irmão não se sentir bem-vindo, apreciado ou amado na sua Loja, não ajuda a ninguém, fazê-lo continuar. Isto não significa que devam parar de construir.

Existem outros recursos que podem certamente ser usados para ajudar.

Robert E. Jackson – Midnight Freemason Contributor

Tradução de António Jorge

 

INOVAÇÃO NA MAÇONARIA


 

Inovação na Maçonaria pode ser um palavrão. Ele evoca pensamentos sobre como mudar o funcionamento de uma loja a partir dos processos confortáveis ​​e frequentemente ineficazes que a loja vem usando há gerações. Muitas vezes alguém apontará para a ideia de que "não é o poder do homem fazer inovações no sistema da Maçonaria".

A verdade é que a Maçonaria vem sofrendo inovações há séculos e são essas inovações que têm mantido a fraternidade viva e avançando.

Embora ninguém esteja 100% certo de como a Maçonaria especulativa começou, a crença mais comum é que veio das guildas da Idade Média.

Fazer a suposição de que isso é verdade, o fato de que surgiu a Maçonaria especulativa, é em si uma inovação. Olhando para trás, começamos a ver os primeiros sinais de maçons especulativos surgindo por volta do final do século 16, início do século 17.

Ao mesmo tempo, houve uma mudança fundamental no mundo. Com o início do Iluminismo, a educação começou a ser mais comum. Não era mais apenas para o clero ou a elite, mais pessoas começaram a aprender matemática e leitura. Isso colocou as guildas, que eram uma fonte de educação para aqueles poucos sortudos, em uma posição onde eles podem estar perdendo sua influência.

O que parece acontecer é que as lojas da época inovaram, eles trouxeram maçons não operativos para suas lojas. Provavelmente muitos eram clientes que encomendaram a construção de edifícios.

Ora, isso é pura especulação da minha parte, só uso para ilustrar a ideia de que a inovação, a mudança da norma, pode ser saudável e eficaz para a fraternidade e ainda não prejudicar o "sistema da Maçonaria". Até a formação da Grande Loja da Inglaterra em 1717 foi uma inovação. Até aquele ponto, a ideia de uma Grande Loja ainda não havia se concretizado.

A chave para qualquer inovação na Fraternidade é que todas as mudanças feitas sejam feitas dentro dos Marcos da Fraternidade.

Os Marcos nos dão fronteiras dentro das quais a inovação é permitida e deve até ser incentivada. Inovações, novas formas criativas de pensar sobre como conduzimos os negócios da fraternidade, são críticas.

Muitas vezes, na Maçonaria, queremos nos limitar a como era nos "bons e velhos tempos" ou "apenas como sempre foi feito". Há uma diferença entre mudar o "sistema da Maçonaria", por exemplo, decidir não mais obrigar novos maçons mudaria o sistema da Maçonaria, e mudar a forma como conduzimos nossos negócios, por exemplo, enviar atas de reuniões aos membros antes da reunião, o secretário não precisa ler a ata.

Mudanças em como fazemos negócios podem ser desconfortáveis ​​para alguns. Este não é um problema apenas da Fraternidade Maçônica, é da natureza humana não gostar de mudanças. Fica desconfortável pensar que as coisas não vão mais "serem as mesmas". Ainda assim, se não fosse por indivíduos inovadores dentro da história da Maçonaria, talvez não estivéssemos aqui para objetar às Inovações.

Fonte: www.masonrytoday.com

 

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