Comportamento em Loja:
Incapaz de polir a Pedra Bruta que carrega chumbada
no pescoço desde o dia em que nasceu, de aprimorar–se moral e intelectualmente,
de lutar para subtrair-se das trevas da ignorância
e dos vícios que corrompem o caráter; de assimilar conhecimentos maçônicos
úteis, sadios e enobrecedores, para na qualidade de Mestre poder transmiti-los
aos Aprendizes e Companheiros, o que faz o nosso personagem?
Simplesmente coloca barreiras em seus caminhos, de
modo a retardar-lhes o progresso!
Ao invés de estudar a Maçonaria, para poder
contribuir na formação dos Aprendizes e Companheiros, de que modo ele procede?
Veda a discussão sobre assuntos com os quais
deveria estar familiarizado, fomentando apenas comentários sobre as
vulgaridades supérfluas do seu cotidiano!
Ao invés de encorajar o seu talento, de ressaltar suas virtudes e estimular o
seu desenvolvimento, o que faz ele?
Procura conservá-los na ignorância de modo a escamotear a própria!
Ao invés de defender e ressaltar a importância da liberdade de expressão e da diversidade de opiniões para a evolução da humanidade, como ele age?
Ao invés de defender e ressaltar a importância da liberdade de expressão e da diversidade de opiniões para a evolução da humanidade, como ele age?
Censura arbitrariamente aqueles cujas ideias não estejam em harmonia, ou seja,
contrárias às suas!
Ao invés de fomentar debates dos temas de
importância singular para o bem da loja em particular e da Maçonaria em geral,
como age ele?
Tenta impedir a sua realização por carecer de atributos intelectuais que o
capacitem a participar deles!
E, nos que raramente promove como se comporta?
Considera somente as opiniões daqueles que dizem “sim” e “sim senhor” aos seus
raramente edificantes projetos!
Tal como o maçom supersticioso, esse infeliz em cujo peito bate um coração
cheio de inveja e rancor nutre ódio virulento e dissimulado pela liberdade de
expressão, que constitui um dos mais sagrados esteios sobre os quais repousam
as instituições democráticas do mundo civilizado, uma das bandeiras que a
Maçonaria hasteou no passado sobre os cadáveres da intolerância, da escravidão
e da arbitrariedade.
Dos atos indecentes mais comumente praticados por esse falsário, o que mais
repugna é vê-lo pregando “humildade” aos Irmãos em Loja, em particular aos
Aprendizes e Companheiros, coberto da cabeça aos pés de fitões, joias e
penduricalhos inúteis, qual uma árvore de natal.
Outro é vê–lo arrotando, em alto e bom som, ter
“duzentos e tantos anos de Maçonaria” e exibindo o correspondente em estupidez
e mediocridade.
O terceiro é vê-lo trajando aventais, capas, insígnias,
chapéus e colares, decorados com emblemas que lembram tudo, exceto os
compromissos que ele assumiu quando ingressou em nossa sublime e veneranda
instituição.
Cego, ignorante e vaidoso, nosso personagem não
percebe o asco que provoca nas pessoas decentes que o rodeiam.
Como já foi dito, a Maçonaria serve apenas de
vitrine para ele. Como não é possível permanecer sozinho dentro dela sem a
incômoda presença de outros impostores – os quais não têm poder suficiente para
enxotar – ele luta ferozmente para afastar todo e qualquer novo intruso,
imitando alguns animais inferiores aos humanos na escala zoológica, que fixam
os limites de seus territórios com os odores de suas secreções e não toleram a
presença de estranhos.
Qualquer Irmão que comece a brilhar ao lado dessa
criatura rasteira é considerado por ela inimigo.
A luz e o progresso do seu semelhante o incomoda,
fere o seu ego vaidoso.
Por esse motivo tenta obstaculizar o trabalho dos que querem atuar para o bem
da Loja; por isso recusa-se a transmitir conhecimentos maçônicos (quando os
possui) aos Aprendizes e Companheiros, sobretudo aos de nível intelectual
elevado, ou os ministra em doses pífias, para que futuramente não sejam tomados
como exemplos e ofusquem ainda mais a sua mediocridade.
Um maçom exemplar, íntegro, que cumpre
rigorosamente os compromissos que assumiu quando ingressou em nossa
Instituição, não raro converte-se em alvo de suas setas, pois seus olhos míopes
não conseguem ver honestidade em ninguém; sua mente estragada o interpreta como
potencial “concorrente”, que nutre interesses recônditos semelhantes aos seus.
O maçom arrogante mal conhece o significado de
nossas belas e simples alegorias.
Se as conhece, as despreza.
Sua mente acha-se preocupada unicamente com o sucesso de suas empreitadas, em
encontrar maneiras de estar permanentemente ao lado das pessoas cujos postos
ambiciona.
Fama e poder são os seus dois únicos objetivos,
tanto na vida maçônica, como na profana.
As palavras Liberdade, Igualdade e Fraternidade,
que compõem a Trilogia Maçônica, não fazem parte do seu vocabulário, e com
frequência é visto pisoteando os valores que elas encerram.
A história, a filosofia e os objetivos de nossa
Veneranda Instituição não lhe despertam o menor interesse, pois é frio,
calculista, e não tem sensibilidade nem conhecimento para compreendê-los e
assimilá-los.
Ele é diametralmente oposto ao que deve ser o maçom exemplar, em todos os
pormenores.
É a antítese de tudo o que a Maçonaria apregoa e deseja de seus membros: uma
criatura vil e rasteira que semeia a discórdia afugenta bons Irmãos, e termina
por destruir ou fragmentar a Loja (ou Lojas), resultado às vezes de anos de
trabalho árduo, caso ela teime em não se colocar sob a sua batuta ou se mostre
contrária às suas aspirações egoístas.
A insolência desse tipo de maçom – e também o asco que destila –, vai crescendo
conforme ele vai “subindo” nos altos graus (ou graus filosóficos), lixo
maçônico fabricado por impostores no passado unicamente para explorar a
estupidez e a vaidade de homens como ele.
Sentindo-se importante por ter sido recebido em determinado grau, com a pompa
digna de um rei, ele passa a considerar-se superior aos Irmãos de graus
“inferiores”, em particular aos Aprendizes e Companheiros, ignorando o que reza
o segundo landmark, que estabelece a divisão da Maçonaria Simbólica em apenas
três graus.
Mas reservar um tempo para dedicar-se à sua Loja,
um momento para confraternizar com Irmãos íntegros e honestos, ler algo de útil
que possa servir de instrução a si e aos demais, essas são as suas últimas
preocupações.
O seu tempo disponível ele o reserva inteiramente às festinhas fúteis, nas
quais pode ser notado e lisonjeado, onde pode ajuntar-se a outros maçons falsos
e vulgares, prontos para enterrar-lhe um punhal nas costas na primeira
oportunidade que surgir.
Perceba o leitor com que velocidade esse “Irmão”
deveras atarefado arruma tempo quando é chamado para arengar em um tablado
representando a Maçonaria!
Note a pontualidade com que chega a passarela onde
vai desfilar e ser fotografado com os seus paramentos.
Observe como ele fica cheio de si quando é
agraciado com uma rodela de lata qualquer ou vê o seu lindo rosto estampado nas
páginas de alguma revista maçônica!
Perceba como se curva aos pés dos que têm mais
prestígio e poder do que ele! Note como ele os bajula!
Esse prevaricador vagabundo não trabalha e não
deixa os outros trabalharem para não ter de arregaçar as mangas também.
Quando se mete a ministrar instruções aos
Aprendizes e Companheiros ele o faz de modo precário, sem estar familiarizado
com elas.
Raramente sabe responder questões que os Irmãos lhe dirigem.
Tergiversa sempre com a mesma resposta: É preciso
pesquisar!
Ele não faz nada porque não sabe fazer nada, não quer aprender nada, e no
íntimo não gosta da Maçonaria e não ama seus irmãos! Nossas “reuniões” são para
ele um fardo.
Nas vezes que comparece em Loja, exige ser ouvido e jamais dá atenção ao que
falam os demais, obrando para que a sua palavra sempre prevaleça nas decisões a
serem tomadas.
Quando o seu nome não consta na Ordem do Dia – o
que significa que não terá a oportunidade de exibir a sua hipocrisia ou arengar
as suas imposturas –, retira-se antes da “reunião” terminar ou, quando
permanece, o faz com o olhar fixo no relógio.
Campeão em faltas e em delitos, quando esse falso maçom comparece à loja ele o
faz para dar palpites indevidos, censurar tudo e todos, propor projetos
mirabolantes e soluções inconsistentes com os problemas que surgem em nossas
relações.
Jamais faz uso de críticas sadias e construtivas,
aquelas que apontam erros e sugerem soluções para os mesmos.
Fonte: Revista Universo Maçônico.
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