TEMPLO MAÇÔNICO


A maçonaria se propõe a erguer templos morais à virtude, mas seu trabalho principal é o da construção de um templo ideal em homenagem ao GADU. Ela é, simbolicamente, calcada no templo de Salomão, sendo este edificado em obediência à orientação dada ao Tabernáculo, é também, fato conhecido de que a cultura e a sabedoria vieram do oriente para o ocidente, e assim nossa ordem presta homenagem a estas conquistas do homem, ela considera que Oriente, vem do latim Oriens, que significa nascer, esse nome lhe é dado por ser o local onde o sol nasce e principia toda sua atividade, local onde se encontra o Delta Sagrado, de onde emana toda luz do universo. E Ocidente, é o local onde a luz começa o seu caminho para as trevas, onde se precisa de luz para continuar as atividades, sendo um adorno de luz própria e iluminando este ambiente temos o Altar de Juramentos.
Esse templo com formato retangular, sua largura deverá ter, pelo menos, um terço de seu comprimento, sendo este equivalente a três quadrados. A exigência de ter o quadrilongo que forma o templo o comprimento de três quadrados e a largura igual a um terço do comprimento é uma alusão ao mais importante número na maçonaria, que é o três. Filosoficamente tais medidas, equivalem à extensão de todo o globo terrestre, simbolizando a universalidade de nossa instituição e mostrando que a caridade do maçom não tem limites a não serem os ditados pela prudência.
O teto do templo é abobadado e representa o firmamento celeste. Vemos do lado do oriente, pouco à frente do trono do venerável mestre, o sol; sobre o altar do 1º vigilante, a lua; sobre o altar do 2º vigilante, uma estrela de cinco pontas, figuram-no também várias outras estrelas. Presentes também os planetas, estando Júpiter, no oriente; Vênus no ocidente; Mercúrio, junto ao Sol e seus satélites, próximos a Orion.
O azul celeste é a cor que se vê matizando até chegar ao azul escuro já sobre o ocidente. O simbolismo desta mudança de cor significa que as ciências, as letras, as artes, a civilização enfim, tiveram sua origem no oriente e de lá caminharam para o ocidente. Pode se ligar também essa mudança de cor à representação da aura humana, com pensamentos bons ou maus, assim formando uma aura mais clara ou escura.
No piso, o pavimento mosaico, com seus ladrilhos brancos e pretos, simbolizam os seres animados e inanimados, o espírito e a matéria, a vida e a forma, a polaridade positiva e negativa da natureza, a dualidade do bem e do mal. A orla dentada, mostra-nos o princípio da atração universal, simbolizada no amor, ela representa os planetas que gravitam em torno do sol, os povos reunidos em torno de um chefe; os filhos reunidos em volta dos pais, os maçons unidos e reunidos em loja. Isso nos serve de lição para que não olhemos as diversidades de cores e raças e o antagonismo das religiões e dos princípios.
A expressão “esquadrar a loja" significa que ao penetrar ou movimentar-se na loja, nenhum maçom deve pisar no pavimento mosaico em que se ergue o altar, e sim, ladeá-lo ou circunvagá-lo sempre com o ombro direito voltado para o altar em sinal de respeito. Apenas o 1º diácono, quando necessário arrumar o painel, ou a pessoa encarregada de abrir o livro da lei, podem pisá-lo, mesmo assim obedecendo ao trajeto.
 O altar dos juramentos é a parte mais sagrada de uma loja. Este altar derivou-se do altar dos holocaustos, construído por Moisés, sob ordens diretas de Deus. Na maçonaria este altar que é simbólico, representa um altar de sacrifícios, eis que aí, o neófito deixará todos seus vícios e as suas paixões em holocaustos ao GADU.

O landmark número 21, exige, durante os trabalhos de uma oficina, que sobre o altar dos juramentos fique aberto um livro conhecido como “Livro da Lei”, e que, segundo seu texto nos diz, “é o que conforme a crença se supõe conter a verdade revelada pelo GADU". É, pois, este livro, um repositório da lei divina, e constitui, assim, um verdadeiro código de moral segundo a filosofia adotada individualmente pelos maçons, filosofia esta que eles respeitam e seguem.
No pórtico do templo, estão às colunas J e B, simbolicamente usadas para guardar as ferramentas dos aprendizes e companheiros, por este motivo são ocas e permanecem dentro do templo. O conhecimento da simbologia das mesmas aumenta de acordo com a idade maçônica do obreiro.
As colunas zodiacais num templo maçônico do rito escocês antigo e aceito são doze, localizam-se todas no ocidente e são sinais do crescimento do aspecto material, moral e ético do iniciado, que durante sua jornada transcende em sua religião com a divindade. Os rituais maçônicos usam signos, sinais do zodíaco, em sentido simbólico, não falam em horóscopo ou em prever os acontecimentos na vida de alguém, nem na intenção de inferir o caráter e os traços de personalidade, o homem livre não carece disso quando estuda e evolui.
A existência dessas colunas no REAA tem a finalidade educacional, parte de uma metodologia pedagógica específica à semelhança de outros símbolos e juramentos. Os signos zodiacais relacionados com o grau de aprendiz maçom são: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem. Libra está relacionada ao grau de companheiro, sendo o restante ao grau de mestre.
A corda de oitenta e um nós, corresponde a uma corda formando de distância em distância nós emblemáticos, chamados laços de amor, em número de 81 que percorrem toda parte superior dos templos maçônicos, terminando suas extremidades diante das colunas B e J onde pende uma borla de cada lado, indicando que os laços de fraternidade devem se estender para fora do templo. Estão também apresentadas no painel do grau de aprendiz e simbolizam a união fraternal e espiritual, que deve existir entre todos os maçons do mundo, representa também, a comunhão de ideias e objetivos da maçonaria, os quais, evidentemente devem ser os mesmos, em qualquer parte do planeta.
Os altares das três luzes pessoais ostentam cada um deles, uma pequena coluna, conhecida como coluneta. A que fica no altar do venerável, de ordem Jônica, representa a sabedoria de que ele deve ser portador para dirigir os destinos da loja. Durante o tempo dos trabalhos e mesmo nos momentos de recreação esta coluna se mantém de pé sobre o altar na afirmação da autoridade e da sabedoria do venerável.
O altar do 1º vigilante é ornado com uma de ordem Dórica, símbolo da força, um dos elementos da trindade que sustenta a loja. No altar do 2º vigilante, pertence à ordem Coríntia, sendo a mais formosa das três nos lembra do simbolismo da beleza. 
O 1º vigilante sendo o encarregado de velar para que os trabalhos transcorram com disciplina e ordem, sua coluna deve ser levantada enquanto tem lugar os trabalhos maçônicos, neste momento a do 2° vigilante se permanecerá deitada. Quando, porém, estes trabalhos cessam em definitivo ou para recreação, os irmãos passam à responsabilidade do segundo vigilante que então, levantará sua coluna para mostrar sua autoridade, e o 1º vigilante deitará a dele.
Também, nos altares das luzes, contamos com os candelabros de três luzes, representando os três aspectos do Logos, a Trindade Divina, manifestada no poder do Pai, na solicitude do Filho e na sabedoria do Espírito Santo, que devem presidir os trabalhos em loja. Ali também estão presentes os malhetes, o utensílio principal da loja, representa que o trabalho da oficina está sendo produzido sob a orientação da vontade bem dirigida e que a força que o impulsiona se deriva da sabedoria do espírito, ou seja, a inteligência conduzida pela lógica cujo resultado, o raciocínio, leva à execução do trabalho pela força material. É o símbolo da inteligência, que age e, persevera que dirige o pensamento e anima a meditação daquele que, no silêncio de sua consciência, procura a verdade.
O iniciando, durante a sua terceira prova, mergulha as mãos no Mar de Bronze, simbolicamente também presente no templo, a fim de que fiquem elas purificadas para a prática de todas as ações que o maçom terá de realizar pelo resto de sua vida, procurando manter sempre limpa as suas mãos de quaisquer atos desonestos e quaisquer ações impuras.
Templo é um lugar onde se reúnem os maçons periodicamente para praticar as cerimônias ritualísticas que lhes são permitidas, em um ambiente fraternal e propício para concentrar sua atenção e esforços para melhorar seu caráter, sua vida espiritual e desenvolver seu sentimento de responsabilidade, fazendo-lhes meditar tranquilamente sobre a missão do homem na vida, recordando-lhes constantemente os valores eternos cujo cultivo lhes possibilitará acercar-se da verdade.
NR: Não conseguimos identificar o autor
Posicionamento válido para o REAA das GL’s

                                                  

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