Após nos ter sido
dado ciência dos instrumentos do Aprendiz Maçom, o presente nos remete em como
bem aplicá-los em nossa vida e como nos proporcionar autoconhecimento, além de
nos ensinar a nos relacionarmos melhor com as pessoas.
É em nosso Templo,
por meio da ritualística maçônica e pelo convívio com os Irmãos, que
“construímos” o que a segunda instrução nos propõe, uma vez que “na tradição
maçônica, o mito da construção do Templo é visto como um modelo de uma
construção moral, ao mesmo tempo individual e social: O Maçom, ao mesmo tempo
em que se auto-aperfeiçoa ‘polindo a Pedra Bruta’, deve agir como construtor
social, colaborando para o aperfeiçoamento do meio em que vive”.
Nessa construção de
“nosso Templo” utilizamos nossos instrumentos maçônicos, onde devemos,
primeiramente, com a utilização da régua de 24 polegadas, “medir” devidamente
as nossas ações com relação a nós mesmos e para com o próximo, analisando a
repercussão de nossos atos.
Quando se “medem” as
condutas, age-se com prudência, evitando-se, assim, impulsos, excessos, abusos
que nos levam aos vícios da vida.
Sendo o vício o
oposto da virtude, o maçom deve se pautar pela prudente sabedoria aqui
ensinada, não se esquecendo de utilizar sua régua de 24 polegadas para que
sejam realmente levantados em seu cotidiano “Templos à virtude” e, por
conseguinte, “enterrados os vícios”. Todas as virtudes têm seu mérito, porque
todas são sinais de progresso no caminho do bem.
“Há virtude toda vez
que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências”, ou seja, aos
vícios. Para com o semelhante, há a mais sublime das virtudes que consiste no
sacrifício do interesse pessoal em prol do próximo, sem a interessada caridade.
Ser prudente e sábio
significa ser justo. Quando um maçom estiver indeciso sobre o valor de uma de
suas ações, pergunte como a qualificaria se fosse feita por outra pessoa; se
for motivo de censura em outrem, ela não pode ser mais legítima em nós, uma vez
que Deus não tem duas medidas para a justiça.
Não há que se
confundir essa prudência com insegurança, indecisão. Devemos ter iniciativa,
cuja essência é a ação, muita bem representada pelo maço. Assim, devemos
defender nossos pensamentos para que se tornem realidades por intermédio das
ações.
E essa “arte de ser
ora audacioso, ora prudente” é, segundo Napoleão Bonaparte, “a arte de vencer”.
Ninguém tem a mesma
energia que temos com relação as nossas próprias ideias, ou seja, para com as
nossas faculdades intelectuais, dons estes que nos são concedidos pelo Grande
Arquiteto do Universo, aqui representado pelo cinzel.
Além desse presente
intelectual que nos é ofertado, não devemos esquecer-nos de mencionar as nossas
faculdades morais que também devem ser postas em prática, pois como já dito
outrora por Ludwig Van Beethoven: “Não existe verdadeira inteligência sem
bondade”.
Nesse sentido, nossas
aptidões representadas pelos Instrumentos do Aprendiz nos ensinam que devemos
procurar “ter um ‘um diálogo interior’, como uma forma de enfrentar um assunto
ou reforçar o próprio comportamento”, e também “controlar impulsos, estabelecer
metas, identificar ações alternativas, prever conseqüências”.
Concluindo, o maçom,
usando de forma adequada a régua de 24 polegadas, maço e cinzel, quando
adentrar ao templo poderá seguramente responder aos seus irmãos sobre o que foi
ali fazer.
Rodrigo Robalinho
Estevam Loja 20 de Agosto 41 – GOEMT – Sinop (MT)
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