Estrela
Rutilante, Estrela Flamígera, Estrela Flamejante, Estrela Misteriosa, na
maçonaria brasileira os termos são semelhantes.
De
acordo com a Tradição deveríamos usar Estrela Misteriosa, pois é nome mais
antigo atribuído a Estrela da formação do homem.
A
Estrela misteriosa é a Estrela Vênus ou Estrela do Pastor, que foi estuda por
muitas civilizações antigas. Para o estudo desta estrela é necessário a
escada em caracol. Todos os Ritos têm o mesmo pensamento, pois em todos são
realizados os passos da escada, note que no segundo grau é dado um passo para
direita e outro para esquerda.
Vênus,
a estrela mais brilhante do céu (na verdade, um planeta), recebeu o nome de
Vênus Lucífera quando precede o nascer do sol e o de Vénus Véspera quando
aparece depois do pôr do sol. Da mesma forma, João Batista precedeu à vinda
do Cristo solar e João, o Apóstolo, sobreviveu
a ele. Esses são os dois aspectos de João.
Em
relação ao trabalho a Estrela que representa o início do trabalho é a Estrela
Matutina que conhecemos com a Estrela D’alva, pois, ela aparece brilhante no
inicio do dia. Ela representa o Venerável Mestre nos Ritos de origem
francesa. No encerramento do Trabalho está presente a Estrela Vespertina que
também é a Estrela D’alva.
Surgindo
na Terra como astro mais brilhante antes do inicio do dia e da noite, tem
assim uma presença marcante do planeta no céu. É usada como um dos símbolos
luminosos que formam o Delta luminoso no ritual.
Na
Idade Média, as Corporações que foram as criadoras do dia de trabalho de 12
horas, que tinham o seu inicio ao meio dia antigo, isto é hoje, seis horas da
manhã, o horário da Estrela Matutina – 12 horas do dia era a 1ª hora do
trabalho. A 6ª hora eram 12 horas de hoje, quando acontece o descanso dos
Obreiros. A 11ª hora do trabalho indica o inicio do pagamento pelo que foi
realizado durante o dia e na 12ª hora todos os obreiros eram despedidos, como
diz os rituais “contentes e satisfeitos”.
Isto é hoje seis horas da tarde, o
momento em que novamente a Estrela Rutilante desponta no horizonte indicando
que a lua irá nascer. Este é o Grande Mérito das corporações que foi
transferido para a maçonaria, 12 horas de trabalho, uma conquista que ainda
hoje com apenas 8 horas é repetimos em cada organização de trabalho.
Isto pode
não fazer parte do pensamento maçônico de muitos, mas é o que mais se
enquadra a noção de tempo e trabalho, nos graus simbólicos.
Ritual
de 1804 REAA em Francês:
Arrivé, le Vénérable lui montre l’étoile
mystérieuse qui est au-dessus de sa tête ou sur le tableau et dit :
- Considérez cette étoile mystérieuse et que
jamais elle ne s’écarte de votre esprit ; elle est l’emblème du génie qui
élève aux grandes choses ; elle est emblème du feu sacré dont le Grand
Architecte de l’Univers nous a doué ; aux rayons duquel nous devons
discerner, aimer et pratiquer le vrai, le juste et l’équitable.
Ritual de 1804 REAA:
Venerável – Observai esta estrela
misteriosa e que jamais ela se afaste de vosso espírito. Ela é o emblema do
gênio que cria as grandes coisas. Ela simboliza também o fogo sagrado com que
o Grande Arquiteto do Universo nos dotou. Com as chamas daquele devemos
discernir, amar e praticar a verdade, a justiça e a eqüidade.
Ritual
de 1857 REAA:
Ven.∙. - Contemplai esta estrela
mysteriosa e nunca a afastei do vosso espírito; é ela o emblema do gênio, que
leva o homem à prática das ações grandes, assim como o símbolo desse fogo
sagrado com que nos dotou o Gr.∙. Arch.∙. do Univ.∙. e sob os raios do qual
devemos discernir, amar e praticar a verdade, a justiça e a equidade.
Ritual
de 1874 REAA:
Ven.∙. — Contemplai esta estrella
mysteriosa (apontando para a estrella flammigera) e nunca a afasteis do
vosso espiríto. Ella é não só o emblema do génio, que leva o homem a
pratica das grandes acções, mas também o symbolo do fogo sagrado com que
nos dotou o Gr.∙. Arch.∙. do Univ.∙. e sob cujos
raio devemos discernir, amar e praticar a verdade, a justiça e a
equidade. O Delta que vedes tão resplanclescente de luz, vos offerece duas
grandes verdades e duas ideias sublimes.
Ritual
de 1904 REAA
VEN.∙. — Contemplai esta
estrella mysteriosa (apontando para a estrella flammigera) e nunca a
afasteis do vosso espiríto. Ella é não só o emblema do génio, que leva o
homem a pratica das grandes acções, mas também o symbolo do fogo sagrado com
que nos dotou o Gr.∙. Arch.∙. do Univ.∙. e sob cujos
raio devemos discernir, amar e praticar a verdade, a justiça e a
equidade. O Delta que vedes tão resplanclescente de luz, vos offerece duas
grandes verdades e duas ideias sublimes.
À noite, quando aparece no céu, o planeta
Vênus é um dos astros mais reluzentes, só não é mais brilhante que a Lua.
Popularmente ele é conhecido como "Estrela Dalva" ou "Estrela
do Pastor". Com telescópios e mesmo binóculos nós podemos observá-lo no
período de claridade e desde que ele não esteja visualmente próximo do Sol.
Durante
muito tempo pensou-se que Vênus era o planeta gêmeo da Terra, mas hoje
sabemos que são parecidos apenas no tamanho e na quantidade de massa. Nas
condições ambientais para a existência de vida ele é completamente diferente
da Terra.
Vênus
também era considerado pelos antigos como dois astros diferentes, ao qual
davam o nome de Lúcifer e Vésper. Só mais tarde, quando se descobriu tratar
do mesmo astro é que atribuíram a ele o nome de Vênus, pela sua luz e beleza,
pois quando está no céu, à noite, é o objeto mais brilhante depois da Lua.
Porém, no século III a.C., Pitágoras já afirmava que Lúcifer e Vênus eram um
único astro. No Brasil é conhecido como Estrela Dalva.
É
possível de ser visto com clareza a olho nu quatro horas antes de o Sol
nascer ou quatro horas depois do Sol se por, pois seu afastamento angular do
Sol visto da Terra é de no máximo 48 graus. E, quando o afastamento está
próximo do valor máximo, Vênus pode ser visto a olho nu a qualquer hora de um
dia de céu limpo, sendo necessário apenas conhecer sua localização na hora da
observação e desde que não esteja visualmente muito próximo do Sol.
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Rodrigo
Nunes Rabelo -
ARLS ACÁCIA BOCAIUVENSE Nº 149
ORIENTE BOCAIUVA/MG
Discordo em parte na referencia a Vênus, porque de acordo com o escrito de Albert Pike um dos maiores maços da nossa era em seu livro Moral e Dogma na Maçonaria, Pike relaciona a Estrela flamígera a Sírio (sistema solar composto por 2 sois; na astronomia há estudo de um 3º). Pike diz que a Sabedoria provem dela. Robertino Solarion um pesquisador e exoterico ja falecido; descobriu que o Osíres Egipcio ( Tribunal de Orizes assunto do Grau 31) seria na realidade um destes sois de Sírio que explodiu a milhares de anos; pois era uma estrela gigante vermelha (ver astronomia sobre morte de uma estrela); e nisto podemos dizer que provavelmente a Pedra oculta seria uma relação entre o 14º pedaço do corpo de Ozires desmembrado e perdido (acredito oculto). Então o que representamos em parte no ritual de iniciaçao referente a morte e ressurreição se refere a Sírio; e depois na história do 3º grau na morte de Hiram Abiff; entretanto o corpo de Hiram é ao mesmo tempo a estrela flamígera e parte do Grande arquiteto do universo, oculto de todos os homens de superfície, sendo esta localização guardada a sete chaves (ver salmos"O altíssimo talhou seu tabernáculo com sete colunas) pela sublime ordem. Pode parecer confuso entretanto para atingirmos o ponto onde esta o braço fixo do compasso temos que deixar para traz muita coisa que nos ensinaram sobre nosso planeta pela ciência acadêmica; caso contrario continuaremos superficiais a partir do local que habitamos ou seja a superfície. Formula para isto (VITRIOL).
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