CENTRO DE ESTUDOS MAÇÔNICOS



O objetivo da apresentação deste trabalho é despertar a urgente necessidade que precisamos ter para aprimorarmos os nossos estudos. Tenho lido vários livros maçônicos e sinto falta de discuti-los com outros irmãos. Com exceção de alguns abnegados a grande maioria dos obreiros desta Loja não consegue discutir assuntos relacionados à Ordem.

 Antes, porém gostaria de colocar a minha opinião sobre o que pude aprender desde que iniciei, para que possamos ser um bom Maçom.

 A Maçonaria deve ser inflexível  no exigir dos seus membros, procedimento rigorosamente ajustado aos postulados maçônicos.

 De inicio, as sindicâncias feitas com a maior severidade. A vida,  os costumes do candidato devem ser investigados, para que elementos destituídos de condições morais não venham a manchar os quadros da instituição.

 Bem verdade é que a Loja Maçônica é uma escola de aperfeiçoamento moral, aonde o homem vai aprimorando-se em beneficio dos semelhantes, desenvolvendo qualidades que o possibilitem ser, cada vez mais, útil à coletividade. Não nos esqueçamos, porém, que de uma pedra impura jamais conseguiremos fazer um brilhante, por maiores que sejam os nossos esforços.

 Um bom Maçom não confunde liberdade, que é direito sagrado, com abuso que é defeito.

 Crê em Deus, Ser Supremos, que nos orienta para o bem e nos desvia do mal.
 É leal. Quem não é leal com os demais é desleal consigo mesmo e trai os seus mais sagrados compromissos.

 Cultiva a fraternidade, porque ela é a base fundamental da Maçonaria.

 Recusa agradecimento porque se satisfaz com o prazer de haver contribuído para  amparar semelhante.

 Não se abate jamais se desmanda não se revolta com as derrotas, porque vencer ou  perder são contingências próprias da vida do homem.

 Não se desvia do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se com os objetivos da Maçonaria.

 Não se entrega a excessos alcoólicos, porque a embriaguez, além de torna-lo ridículo, impede-o de racionar e seguir o bom caminho.

 É amigo da família, porque ela é a base fundamental da humanidade. O mau chefe de família não tem qualidades morais para ser Maçom.

 Não humilha os fracos, os inferiores, porque é covardia e a maçonaria não é abrigo de covardes.

 Respeita as mulheres, quaisquer que sejam as suas condições  sociais, para que respeitem sua esposa, irmãs, filhas e mãe.

 Não promete senão o que pode cumprir. Uma promessa não cumprida pode provocar inimizades.

 Não odeia, o ódio destrói só a amizade constrói.

 O verdadeiro Maçom não tem apego aos cargos, porque isso é cultivar a vaidade, sentimento mesquinho, incompatível com a elevação dos sentimentos. Fazer questão de ser eleito Venerável são indícios de maus sentimentos maçônicos. O bom Maçom não pleiteia cargos nem honrarias, procura trabalho em beneficio do engrandecimento da Ordem e não do nome dele.

 Por isso meus irmãos é que precisamos estudar. Sendo a Maçonaria uma instituição humanitária de caráter  fraternal e filosófica é desnecessário  ponderar que ninguém  poderá conhecer  filosofia sem estudar, sem ler muito. O verdadeiro Maçom deve ser um devoto da leitura de livros maçônicos e não um simples repetidor de coisas nas sessões maçônicas, nem sempre proferidas com acerto.

 Infelizmente é bastante reduzida a quantidade de irmãos que se dedicam à leitura, que tem a preocupação de estudar para melhor compreender toda a beleza encantadora da Maçonaria. Ler, ler muito para tornarmos aptos a interpretar devidamente os símbolos maçônicos.

 Há Maçons que se limitam a simples leitura do Ritual nas sessões. Se alguém lhes perguntar o significado de um símbolo, de qualquer objeto na Loja, ele se sentirá incapaz de responder.

 O verdadeiro Maçom, aquele que se interessa pela Ordem, deve ser um tenaz leitor de livros maçônicos, não só para alcançar as delicadas finalidades da Maçonaria como para esclarecer aos bem intencionados, que procuram a verdade.

 É de suma importância, também, a designação de um Irmão para, em cada sessão discorrer sobre um assunto maçônico e estabelecer debates no final, claro que num ambiente elevado espiritualmente.

 Se a Maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento, é inadmissível a existência de uma escola sem estudos, desprovida de estudantes.

 O debate de temas maçônicos ou de caráter filosófico concorrerá para maior discernimento da missão nobre e elevada dos maçons e servirá para indicar melhores caminhos para os novos e permitir conclusões mais ajustadas à verdade para todos.

 As interpretações dos rituais, dos preceitos maçônicos, da história da Maçonaria, tão mal sabida, tão impregnada de lendas fantásticas e de confusões absurdas, dissiparia dúvidas, nortearia os Maçons para rumos mais certos.

 Além do mais, esses estudos quebrariam a monotonia dos trabalhos nas lojas, quantas vezes improducentes com repetições enfadonhas e discussões estéreis por irmãos destituídos de leitura.

 Os centros de estudos maçônicos concorreriam para a formação de consciências verdadeiramente maçônicas ensinando-nos a entrar em loja, a portarmos devidamente no templo, nas sessões e discutirmos, com melhor aproveitamento,  em grupo, os livros e trabalhos lidos e estudados.

 Que o Grande Arquiteto Do Universo consiga tocar no coração de cada um de nós e que possamos colocar em pratica a ideia de criarmos um grupo de estudo sobre a leitura de um livro mensal e depois discuti-lo em conjunto.

 Espero não ser confundido como arrogante ou dono da verdade, apenas estou tentando conscientizar a todos da enorme necessidade de estudarmos mais e ajudarmos os Irmãos Aprendizes e, como eu, os Irmãos Companheiros.

 Trabalho realizado por Marcos Antônio Gomes 



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