01 – Três Degraus (Corpo, Alma e Espírito).
Este “Quadro” deveria figurar em todas as Lojas do Primeiro Grau
e ser comentado pelos 1ºs Vigilantes, cuja missão é despertar nos aprendizes o
sentido simbólico. Só quando o Aprendiz conhecer bem o simbolismo de tudo o que
diz respeito a seu grau é que ele estará apto a galgar o segundo grau, que fará
dele um Companheiro.
02 – Porta do Templo
03 – Delta Radiante com o OLHO SIMBÓLICO no meio
04 – Coluna J (Jachin) e Coluna B (Booz)
05 – Romãs (a multiplicação e a União)
06 – Esquadro e Compasso (Justiça e Retidão) – O Compasso
abre-se para o Céu
07 – Prumo ou Perpendicular
08 – Nível
09 – Pedra Bruta
10 – Pedra Cúbica
11 – Prancha de Traçar
12 – Malhete e Cinzel
13 – Sol (ativo)
14 – Lua (passiva)
15 – Janela de Grades fixas
16 – Corda de sete Nós (Artes ou Ciências Liberais)
17 – Borlas
18 – Orla Denteada (ou corda de 81 Nós)
19 – As quatro Borlas (Prudência, Temperança, Justiça e Coragem)
ou (Terra, Água, Fogo e Ar).
No início, qualquer local podia ser transformado em Templo.
Bastava desenhar com giz, no chão, o “Quadro” simbólico do grau em que a
Oficina trabalhava. Após cada reunião, esse “Quadro” era apagado.
Mais tarde, fez-se uso de uma tela pintada, que era desenrolada
por ocasião das reuniões; atualmente, o Templo reproduz todos os símbolos do
“Quadro”.
Esse “Quadro” comporta duas Colunas, encimadas por Romãs,
enquadrando uma Porta à qual conduzem três Degraus; estes, seguidos de um Adro
em mosaico. Veem-se ai também Três Janelas, uma Pedra bruta e uma Pedra cúbica
pontiaguda. Uma corda com três nós emoldura esse “Quadro”, que compreende, além
disso, o Sol e a Lua, as duas Luminárias, o Esquadro e o Compasso, a
Perpendicular e o Nível, o Malhete e o Cinzel, a Prancha de traçar. No Painel
da Loja se condensam todos os símbolos que devemos conhecer; e, se bem os
interpretarmos, fáceis e muito claras ser-nos-ão as Instruções subsequentes.
A Loja Maçônica possui três JÓIAS MÓVEIS que são: o Esquadro, o
Nível e o Prumo, assim chamadas porque são transferidas, cada ano, aos novos
Veneráveis e Vigilantes, com a passagem da Administração.
As JÓIAS FIXAS são três: a Prancheta da Loja, a Pedra Bruta e a
Pedra Polida.
A Prancheta da Loja serve para o Mestre desenhar e traçar.
Simbolicamente, exprime que o Mestre guia os Aprendizes no trabalho indicado
por ela, traçando o caminho que eles devem seguir para o aperfeiçoamento, a fim
de poderem progredir nos trabalhos da Arte Real. (A expressão Arte Real é um termo que tem
diversas definições). Entre elas: “A Maçonaria chama-se Arte Real, porque
ensina aos homens a se governarem a si mesmos”; “a Arte Real é aquela que leva
o homem à perfeição humana”.
A Pedra Bruta (no painel acima o nove) serve para nela
trabalharem os Aprendizes, marcando-a e desbastando-a, até que seja julgada
polida, pelo Mestre da Loja;
A Pedra Polida ou Cúbica é o material perfeitamente trabalhado, de linhas e ângulos retos, que o Compasso e o Esquadro (06) mostram estar talhado de acordo com as exigências da Arte. Representa o saber do Homem no fim da vida, quando a aplicou em atos de piedade e virtude, verificáveis pelo Esquadro da Palavra Divina e pelo Compasso da própria consciência esclarecida.
b) A PEDRA BRUTA
À direita e à esquerda do “Quadro do Aprendiz” figuram uma Pedra
Bruta e uma Pedra Cúbica pontiaguda. Se
certos símbolos maçônicos provocaram poucos comentários, a Pedra bruta e a
Pedra cúbica não estão nesse caso. Aqui as dissertações abundam e os cursos de
moral se inflam, transformando-se em rios.
A Pedra Bruta simboliza as imperfeições do espírito e do coração
que o Maçom deve se esforçar por corrigir.
A Pedra bruta, com efeito, pode ser considerada como o símbolo
da Liberdade, e a Pedra talhada como o símbolo da Escravidão.
Vemos o profano apresentar-se à porta do Templo e pedir Luz. Uma
Loja, justa e perfeita, proporciona-lhe essa Luz e, ao mesmo tempo, liberta-o
iniciaticamente da servidão. Livre, o neófito simbolizará sua liberdade por uma
“pedra bruta”, com a qual se identificará. E a Pedra talhada, terminada, feita
de todos os preconceitos, de todas as paixões, de toda intransigência das
fórmulas absolutas, aceitas sem controle como expressão de uma verdade
inexpugnável e única, fazem do homem o escravo de seu meio.
Sim, o Aprendiz, pela Iniciação maçônica, que é um novo
nascimento, reencontra o estado da natureza; ele se liberta de tudo o que ela
lhe tirou de espontâneo e de bom. (No hermetismo, a pedra bruta simboliza a
primeira matéria, a “matéria-prima” que servirá para a elaboração da “Pedra
Filosofal”. – Hermetismo – Doutrina esotérica que tira o seu nome de Hermes
Trismegisto e que os primitivos gregos teriam ensinado aos iniciados). Ele
reencontra a “Liberdade de Pensamento”, e, com os “Instrumentos” que lhe são
fornecidos, desbastará ele próprio a “sua pedra” e conseguirá torná-la
perfeita, imprimindo-lhe um caráter de personalidade que será seu e único.
Na Maçonaria, contrariamente ao que ocorre na maioria dos outros
agrupamentos humanos, cada Irmão conserva sua inteira liberdade; ele não pode
nem deve receber nenhuma palavra de ordem suscetível de influenciar seus atos.
Os anti-maçons, que pretendem o contrário, mostram com isso um desconhecimento
total acerca da verdadeira Maçonaria.
c) TRATAMENTO FRATERNO
O tratamento fraterno de você (tratamento íntimo entre iguais) é
geralmente adotado pelos Maçons. O tratamento cerimonioso do mundo profano
levanta uma barreira entre os homens e também entre os irmãos. O ideal seria a
introdução obrigatória do tratamento coloquial na Loja, porque isso garante a
igualdade de todos os irmãos e permite o nascimento de um verdadeiro sentimento
de união. Se uma pessoa julgou-se digna de ser recebida como Franco-Maçom, ela
é igualmente digna de ser colocada em pé de igualdade com todos os seus irmãos.
Se ela se mostra indigna dessa familiaridade, é igualmente indigna de
permanecer na Loja. Aquele que se nega a ser chamada de você dá provas de uma
vaidade deveras deslocada em nosso meio.
Para a Maçonaria o maior será sempre aquele que mais disposto
estiver a servir, o que mais se dedique ao bem comum.
EPÍLOGO
Coloquemos o Grande Arquiteto do Universo em nossas vidas, em
nossas Lojas e não apenas em nossas palavras. Não recusemos a prece e o estudo.
Pratiquemos todo o bem de que sejamos capazes.
É preciso dedicação e estudo. Conhecimento e exercício. Sem
exercitarmos o que parece termos aprendido jamais aprenderemos.
Somos igualmente iniciados para construir o Reino do Grande
Arquiteto do Universo, a principiar de nós mesmos.
Trabalhemos por mais luz no nosso próprio caminho.
Fontes consultadas:
- Ritual do Aprendiz Maçom – GLESP;
- “A Simbólica Maçônica” – Jules Boucher;
“O DESPERTAR PARA A VIDA MAÇÔNICA”
“Templo Maçônico é a
atmosfera de amor, de verdade e de justiça formada pela união de corações
ávidos das mesmas esperanças sequiosos de idênticas aspirações porque sem esse
isocronismo de ação, sem essa elevação, poderá haver quando muito, grupos de
homens, nunca, porém, Maçonaria”.
Valdemar Sansão
não sou maçônico mais tenho a maçonaria como luz
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