Começarei
este trabalho, fazendo um retrospecto das instruções pela a qual o Aprendiz
(eu) desbastou cada uma dela.
O
Aprendiz, na iniciação, morreu para o vicio e renasceu para a virtude, sai das
trevas para a luz. Ele sai do mundo profano para o mundo dos mistérios das
iniciações, mistérios estes, desvendados em cada instrução, aonde o Aprendiz
receberá a tríade misteriosa: sabedoria, força e beleza, que o conduzirá no
desbaste da pedra bruta.
Na 1º
instrução o Aprendiz vai travar uma luta entre o bem e o mal, com muita
persistência o bem vencerá o mal.
Caminhando
para a 2º instrução, o Aprendiz começará a trilhar a Escada de Jacó, ele terá
quer alcançar a fé, a esperança e a caridade.
Seguindo
o caminho para a 3º instrução, faz o Aprendiz voltar na iniciação, que para ser
maçom tem que ser livre e de bons costumes, relembra também as viagens que o
aprendiz teve que passar pelas as provas da terra, ar, água e fogo.
Continuando
a caminhada para a 4º instrução, sempre sustentado pela as três grandes
colunas, nela o Aprendiz refletirá o que é Maçonaria, seus deveres como maçom,
ele aprenderá o sinal, toque e palavra.
Continuando
com a viagem na 5º instrução o Aprendiz depara com uma questão que ele próprio
terá que refletir que é a ignorância e o fanatismo, para vencer esta luta, ele
tem que fazer um grande esforço no desbaste da pedra bruta. Vencendo a nossa
própria ignorância, buscamos o caminho do conhecimento.
Caminhando
para a 6º instrução, verá varias figuras alegóricas, cada uma, com um
significado e beleza, formidável. Encontra também as Três Grandes Luzes, que
sem elas não existiria a maçonaria.
Abrindo
caminho para o conhecimento, com o desbaste da pedra bruta, o Aprendiz, chega
na 7º instrução, que o leva para a divindade, a Maçonaria o designa sob o
sugestivo titulo de o Grande Arquiteto do Universo. O simbolismo dos números,
um que se une a dois, da união desses dois, surge o três. Três é a idade do
Aprendiz. É a trindade.
As
viagens que o Aprendiz faz em cada instrução, da 1º instrução até a 7º
instrução, são uma viagem ao conhecimento, Conhecimento este que terá que
vencer através do esforço, muitas das vezes árduo, mas para o Aprendiz Maçom
com a sua sede de conhecimento vencerá estes obstáculos, alcançando a luz, a verdade.
Como venceremos estes obstáculos?
Desbastando a pedra bruta, que levará ao
caminho do conhecimento: da verdade, vida, irmandade, filosofia...
O
Aprendiz é como uma criança que tem curiosidades nas coisas ao seu redor tem
vontade de aprender, claro que muitas das vezes existem tropeços, mas faz parte
do aprendizado, porque é com os erros que aprendemos a fazer a coisa certa.
A pedra
bruta simboliza a personalidade rude do Aprendiz, cujas arestas ele aplana, e
que lhe cabe disciplinar, educar e subordinar a sua vontade.
É linda
nos olhos daqueles que podem vê-la, mas é feia nos olhos dos que não consegue
vê-la no interior do Aprendiz. Como linda? Aquele que consegue vê-la está vendo
no Aprendiz uma pedra polida, porque com o esforço, a vontade de aprender, de
vencer cada instrução, levará ao caminho da Coluna do Sul. Cada instrução que o
Aprendiz faz é uma luz que recebe.
Como
feia? Nos olhos dos ignorantes só se vê pedra bruta. É o que acontece no mundo
profano, está cheios de pedras brutas para aqueles que se acham uma “pedra
polida”. Esses na verdade são as verdadeiras pedras brutas, difíceis de serem
polidas, porque se acham os donos da verdade, não sabem eles, que nos olhos do
sábio, a pedra bruta é uma verdadeira pedra polida.
Na
Maçonaria como vamos alcançar esse triunfo da pedra polida? Desbastando a pedra
bruta.
Terminadas
essas instruções, que é o caminho para o conhecimento o aprendiz passará da
Coluna do Norte para a Coluna do Sul.
Portanto,
meus irmãos, essas viagens que eu realizei (digo viagens, porque foi o que eu
senti nessas instruções, o caminho do conhecimento e da verdade), desbastando a
pedra bruta, que é nada mais, o eu interior, me fez refletir que a cada
segundo, a cada minuto, a cada hora, a cada dia, a cada ano, a vida nos ensina
alguma coisa, por pequeno que seja o conhecimento, somado, será um grande
conhecedor.
Por isso,
não é passando a Companheiro, que deixarei de ser um Aprendiz, ao contrário
serei um eterno Aprendiz.
Or.∙. de
São Paulo - Apr.∙. M.∙. Atalibas Ximenes de Aragão Neto.
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