O templo
maçônico deve ser simbolicamente iluminado por chamas, três para o grau de
aprendiz, e outras tantas para o grau de companheiro e de mestre.
A liturgia católica prescreve que as velas devem ser feitas ao menos com mais da metade de cera de abelhas. A verdadeira vela deveria ser feita de cera pura, mais o preço dessa vela é muito alto, motivo pelo qual a igreja permite que se misture estearina à cera.
A matéria de que é feita a vela deve ser tão pura e tão natural quanto possível, e só a cera de abelhas corresponde a essas qualidades. Por outro lado, a simbolismo da própria abelha contribui com sentido de união, trabalho, justiça, atividade e esperança.
A vela apresenta um simbolismo ternário, que os escritores religiosos nunca deixam de sublinhar. Para eles, ela é a imagem da trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, sendo a cera o Pai, o pavio o Filho, e a chama o Espírito Santo.
Ela também pode representar o ternário: corpo, alma e espírito. A vela é a imagem da sublimação espiritual, ela apresenta também um simbolismo vital, isto é, fálico, evidente.
O simbolismo transcendente e universal da maçonaria necessita evidentemente de um formalismo ritual que não deve ser negligenciado, embora ela não seja uma religião no sentido habitual da palavra, mas é uma “igreja” no sentido verdadeiro da palavra “eclésia” que quer dizer assembleia.
A chama da vela é viva e ritualística, em quanto a luz produzida pelo gás e pela eletricidade, tem sempre algo de artificial que é percebido por qualquer um que tenha um pouco de sensibilidade.
Na maçonaria, as velas recebem o nome de “estrelas”. Deveríamos então dizer: “tornar visíveis as estrelas”, em lugar da prosaica expressão: “acender as velas”.
Quando um visitante ilustre, um dignitário, é introduzido no templo, ele é precedido pelo mestre de cerimônias, que carrega uma “estrela”. Esta é uma tradição muito antiga. Mas não é para iluminar o visitante, e sim para simbolizar a luz que ele representa.
Para apagar as estrelas, nunca devemos soprar sobre a chama, ela deve ser esmagada por um malhete.
Estas prescrições devem parecer estranhas, no entanto, nada mais são do que a continuação da tradição ligada ao culto do fogo entre os persas.
Não
existe nada tão precioso e nem tão sagrado entre os persas, do que o fogo, que
representa tão bem a divindade.
Seria de desejar que todas as lojas compreendessem e adotassem esse simbolismo, e que o mantivessem. Deste modo, a transcendência do simbolismo maçônico seria nitidamente acentuada, pois em um templo maçônico, as velas são um fogo sagrado e não um mero detalhe do ritual; Esse é o motivo pelo qual esse costume não deveria ser abandonado.
Ir.’. Luciano
Resende Leão.
ARLS Inconfidentes Mineiros n° 2565.
Or.’. Entre Rios de Minas – MG
ARLS Inconfidentes Mineiros n° 2565.
Or.’. Entre Rios de Minas – MG
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