O Templo Maçônico é a representação
da Natureza, e seus rituais estão repletos da simbologia pagã dos fenômenos da
Natureza. A orientação do Templo se faz de acordo com os pontos cardeais, e em
referência com o nascer, zênite e por do Sol.
Os oficiais dirigentes de uma Loja
são denominados Luzes, como verdadeiros representantes do Sol em seus
diferentes pontos na evolução diária. Estão colocados nos pontos cardeais
correspondentes ao nascer, no Oriente ou Leste; no o acaso, no Ocidente ou
Oeste; e no seu apogeu ou zênite, no Sul.
Cabe aqui uma
explicação. Como a Maçonaria originalmente se desenvolveu no hemisfério norte
do planeta, o Sol em sua caminhada diária pelo céu, levanta-se no leste,
passando pelo Sul, de quem se acha no hemisfério norte, para ir se por no
oeste. Por esta razão que o Norte é considerado como região das trevas ou menos
iluminada no Templo, e ai não se encontra nenhuma das luzes.
Astronomicamente, a
região menos iluminada para nós, que estarmos no hemisfério austral, é o Sul. A
Maçonaria no hemisfério Sul conserva o simbolismo como no hemisfério Norte, uma
vez que de lá herdamos suas tradições.
Os antigos
observaram também que o Sol não nascia todos os dias, durante o ano, no mesmo
lugar. No transcorrer do ano nascia em posições diferentes, como que num
bailado ou serpenteado em torno de um ponto central.
Marcaram com
colunas de pedra os pontos de maior afastamento que o Sol alcançava de um lado
e de outro, resultando imediatamente o ponto central do bailado do nascer do
orbe solar. Através destas colunas, podia o observador verificar as estações do
ano e os pontos de solstícios e equinócios e, assim poder rogar aos deuses do
período a proteção às suas famílias e criações.
A tradição dessas
duas colunas está também em nossos Templos nas colunas J e B, que representam
os pontos solsticiais. Por entre elas passam todos aqueles que, ansiosos pela
Luz ou conhecimento solar, procuram, no espelho da natureza templária,
identificar-se com os mais altos princípios do Universo.
Os trabalhos
Maçônicos começam ao meio dia e terminam à meia noite, sendo mais uma alusão ao
princípio da Luz e Trevas que está sob a influência solar. Há uma antiga
tradição que nos fala que Zoroastro utilizava este sistema de trabalho em sua
escola, começando ao meio dia e, terminando à meia noite. Convém lembrar que
Zoroastro, ou o Zero Astro é o mesmo Sol, que tem seu fulgor máximo ao meio dia
e sua decrepitude máxima a meia noite.
Os antigos
consideravam o período do meio dia à meia noite propício as coisas do espírito,
enquanto que da meia noite ao meio dia, propício para as cousas da matéria.
Isto porque da meia noite ao meio dia cresce a influência objetiva do Sol,
enquanto que do meio dia a meia noite cresce a influência subjetiva do Sol,
propiciando assim os estudos espirituais.
O Sol está
representado em nosso Templo e rituais sob muitas formas e maneiras, cada qual se
referindo a um de seus aspectos. Temos o Sol no altar do Venerável Mestre, como
no teto da Loja, como está implicitamente, representado na circulação do Mestre
de Cerimônias em Loja.
No altar do
Venerável Mestre, acha-se o Sol acompanhado de sua parceira a Lua. Neste
assunto existem muitas controvérsias sobre qual a posição correta de cada um
dos luminares em relação ao trono.
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