A Filosofia divide-se em três partes:
Física, Ética e Lógica, onde:
– Física é o estudo do universo e do
seu conteúdo.
– Ética é o estudo da vida, e ao que
se relaciona conosco, onde se enquadra a questão da moralidade.
– Lógica é o processo de raciocínio,
o método usado para estudar a física e a ética.
A questão moral remonta aos povos
antigos, antes mesmo de a palavra filosofia ser usada por Pitágoras, entre os
gregos, viveram homens de grande sabedoria. O primeiro a ser conhecido como
sábio foi Tales de Mileto: ele viveu por volta de 640 a.C. e, ao lhe
perguntarem: “qual é a coisa mais difícil?”, ele respondeu: “a coisa mais
difícil é conhecer-se a si mesmo”; e ao lhe perguntaram ainda: “como podemos
viver a vida melhor e mais justa?”, ele respondeu: “abstendo-nos de fazer o que
censuramos outros”.
E o mais notável foi Sócrates; ele
nada escreveu, mas ensinou vivendo a filosofia. Para ele, o fundamental era
“conhecer-se a si mesmo” pela reflexão. Ele estava convencido de que a virtude
se identifica com a sabedoria e o vício decorre da ignorância, do
desconhecimento da verdade.
Platão, que foi o principal discípulo
de Sócrates, identificava na alma humana três virtudes: o instinto, a coragem e
a razão. No instinto manifestam-se os desejos ligados a sobrevivência e à
reprodução. Pela coragem o homem expressa desejos superiores, dando testemunho
da existência de uma vontade livre e autônoma. E pela razão governa sua vontade
e seus instintos. Isso nos faz lembrar as lições dos aprendizes, onde o maço da
vontade é governado pelo cinzel da razão no desbaste da P.’.B.’..
Já Aristóteles, dividiu a ética em
duas categorias de virtudes: as morais calçadas na vontade e as intelectuais
calçadas na razão. As virtudes morais são a coragem, a generosidade, a
magnificência, a doçura, a amizade e a justiça; as virtudes intelectuais são a
sabedoria, a temperança e a inteligência. Aí está o principal fundamento do método
maçônico.
Então sabendo-se que a Maçonaria é
uma instituição universal, fundamentalmente filosófica que trabalha pelo
advento da justiça, da solidariedade e da paz entre os homens.
E de acordo com o grande professor,
Irmão Moisés Mussa Battal, da Grande Loja Maçônica do Chile, a Maçonaria não é
uma escola filosófica, mas uma escola do filosofar.
E também concluiu que: “A tarefa essencial da filosofia maçônica é irradiar a
luz de nossos princípios e de nossos hábitos para melhorar a condição humana.
Mais que monovalente, ou seja, de uma só linha, de uma só raiz, ela é
polivalente. Possui vertente, então, que a alimentam e ela se reparte como um
delta no mundo profano. É tradicionalista e às vezes progressista; isto parece
um paradoxo, mas não o é; tradição é conservar o melhor do passado para utilizá-lo
em compreender mais o presente e preparar um porvir melhor que o presente. Ela
não é o ensinamento de um conjunto de normas e princípios; nem um pensar exclusivo;
é uma reflexão da vida e para a vida”.
Em “Lições de Filosofia e Maçônica” o Irmão Moisés Mussa Battal, traz diversas
e importantes definições sobre o tema, sendo duas delas:
* A filosofia maçônica deseja que o ser e a existência do homem girem em torno
de três valores superiores que a História destacou como as maiores conquistas
da humanidade: liberdade, igualdade e fraternidade. Ela pondera mais que
nenhuma outra, dentre as três, a fraternidade, pela transcendência e os
benefícios que implica e abraça tanto na esfera do individual como no coletivo.
* A filosofia maçônica deseja situar o homem numa sociedade onde reine a ordem
e o trabalho, a igualdade de possibilidades e de oportunidades, a paz e o
progresso, a competência não bastarda, mas que desenvolva as capacidades e as
iniciativas, e a cooperação e a solidariedade contidas em seu ser.
Quer prepará-lo para viver e atuar
inteligente e construtivamente num regime democrático e conseguir a melhora e o
aperfeiçoamento deste seu regime, de maneira que alcance o que ele ofereça nos
campos econômico, social, cultural e político. E defende o regime democrático
porque, até agora, é o que melhor se apresentou. E o quer total e não parcial.
Será que no Brasil resta à Maçonaria a atuação filantrópica ou como instituição filosófica, limitando sua capacidade de transformação social.
O misticismo tem, entretanto, a
consolação de que para sermos vitoriosos contra o mal não devemos lutar contra
ele, mas ignorá-lo, procurarmos o caminho da luz e, através do amor, expandir a
luz para outras pessoas.
Para isso, é necessária a compreensão
de que as trevas são apenas a ausência da luz e a obscuridade tem a sua
realidade apenas na consciência do homem imperfeito, cuja ignorância e
pensamentos negativos são o caminho para se fazer o mal. Nesse sentido, devemos
procurar nos afastar, pois permanecer entre as trevas mesmo que seja para
combatê-las, significa ficar sempre distante da luz. Pitágoras disse: “anima-te
por teres de suportar as injustiças; a verdadeira desgraça consiste em
cometê-las”.
Mas até onde conseguiremos
suportá-las?
Ir ∴ Claus Carlos Rinnert – A∴ M∴
Da Loja Acácia Riosulense nr. 95
Comissão de Liturgia:
Ir∴ Dalton Eduardo Medeiros; Ir∴ Marnio Rodrigo Rubick; Ir∴ Daniel Pinheiro Souza e Ir∴ Valdecir Pamplona Junior
Referência Bibliográfica:
GIRARDI, João Ivo. DO MEIO DIA A MEIA NOITE. Blumenau, 2005.
MAÇONARIA.NET, Site Internet.
NO ESQUADRO, Site Internet.
NOÇÕES GERAIS E INTRODUÇÃO A FILOSOFIA
Da Loja Acácia Riosulense nr. 95
Comissão de Liturgia:
Ir∴ Dalton Eduardo Medeiros; Ir∴ Marnio Rodrigo Rubick; Ir∴ Daniel Pinheiro Souza e Ir∴ Valdecir Pamplona Junior
Referência Bibliográfica:
GIRARDI, João Ivo. DO MEIO DIA A MEIA NOITE. Blumenau, 2005.
MAÇONARIA.NET, Site Internet.
NO ESQUADRO, Site Internet.
NOÇÕES GERAIS E INTRODUÇÃO A FILOSOFIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
É livre a postagem de comentários, os mesmos estarão sujeitos a moderação.
Procurem sempre se identificarem.