Tenho por objetivo tornar feliz a Humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e à religião!
Caríssimos Irmãos amigos, enquanto não compreendermos que Maçonaria é assimilação de conhecimentos e bom senso em ação, para entendê-la precisamos utilizar as ferramentas da mente arejada e coração aberto. Não existe um preparo, um vestibular, dotado de amplas explicações para ingresso na Ordem.
Estamos passando aos não Iniciados (profanos) informações tímidas e desajeitadas.
E se me permito escrever isto, é porque aprendi a duras penas, nesses trinta anos de trabalhos incessantes na Maçonaria, a conhecer a minha própria indigência de conhecimentos.
Temos, antes de tudo, de compreender que nada sabemos. Então, estaremos, pelo menos, conscientes de nossa ignorância.
Mas, aprender com quem? Sozinhos, como autodidatas, tirando nossas próprias lições dos textos colhidos na Internet, confiantes nas luzes de outros que tateiam como nós, mas que estufam o peito de auto-suficiência e pretensão? Claro que não. Ao menos isso devemos saber.
Temos de procurar fontes seguras, ensinamentos de pessoas sensatas, bem intencionadas, imbuídas da consciência de transmitir a Verdade e não fantasias fascinadas por mistificações grosseiras e evidentes, visando fazer adeptos.
Seria absurdo pensar que podemos dominar esse vasto acervo de conhecimento, de conceitos, através de simples leituras de textos levianos com que articulistas tratam de certos temas maçônicos, com uma falsa suficiência de arrepiar, lançando confusões ridículas no meio profano e maçônico. Temos de compreender que isso não pode continuar. Chega de arengas melosas, de auditórios basbaques, batendo palmas para palavreado pomposo.
Nada disso é Maçonaria. Os articulistas, palestrantes e conferencistas Maçons precisam ensinar Maçonaria – que poucos conhecem – e para isso precisa primeiro, estudar, pesquisar e aprendê-la.
Precisamos de expositores didáticos, servidos por bom conhecimento doutrinário, que como num sacerdócio, sejam aptos a instruir sobre o sagrado. O ensino que é a educação e a cultura ou o sistema de conduta arduamente adquiridos em estudos e pesquisas para expor os temas fundamentais maçônicos, versam sobre os problemas essenciais do espírito maçônico: o sentido da vida e da História, o destino do homem, a significação do mundo, a liberdade, o bem e o mal. A doutrina não desce às aplicações práticas, mas permanece no plano dos grandes princípios.
A Maçonaria é depositária de doutrinas morais, religiosas e filosóficas. Por isto, são muito simples, por terem sido primitivamente destinadas a simples e incultos operários medievais.
Instituição social, a Maçonaria ensina as mesmas doutrinas morais da sociedade cristã ocidental; apenas repisa para que o comportamento de seus membros seja realmente exemplar.
Por isto, dela se disse que é “uma ciência de moralidade”, assegurando uma instrução maçônica que “a moralidade é a jóia mais preciosa de um Mestre Maçom”.
Os seus ensinamentos transmitem-se através do simbolismo, e as interpretações dos símbolos sempre estarão ao nível intelectual e moral do Iniciado.
As doutrinas morais da Maçonaria são, pois, inculcadas nos membros da fraternidade, através de ensinamentos os quais, logo no começo, lembram a obrigação da bondade e os deveres do homem para com o seu próximo. Por isso, na idéia que da Maçonaria fazem os profanos, é que se trata de uma associação de homens ligados entre si por um vínculo particular.
Uma instrução do Ritual de Aprendiz ensina: “Existem três grandes deveres que, o Maçom, é obrigado a gravar no espírito: os que se referem a Deus, ao nosso próximo e a vós mesmos”.
O dever para com o próximo resume-se, desta forma, na conhecida sentença, antiga e universal: “Faça a outrem o que desejarias que te fizessem”. O objetivo da Maçonaria, do ponto de vista moral, é, pois, de ver realizado ao máximo os ensinamentos de amor e auxílio mútuo entre os seus membros, que são as bases de uma verdadeira fraternidade, numa comunidade de sentimentos, de princípios, de escopos, que dão à Ordem todo o seu caráter social e moral.
Assim, o escopo moral da Maçonaria baseado sobre o seu caráter social, é de fazer homens melhores; de cultivar o amor fraternal e de inculcar a prática de todas aquelas virtudes que são essenciais para a perpetuação de uma fraternidade.
Além de fazer aos outros o que desejaria que lhe fizessem, o Maçom, segundo os Antigos Deveres, é obrigado a obedecer a lei moral, a ajudar o desgraçado, a dar bom conselho àquele que erra, falar bem do ausente, observar a temperança, a suportar o mal com fortaleza de ânimo, a ser prudente na vida e na conversação, e a dispensar justiça a todos os homens.
Quanto às Doutrinas religiosas da Maçonaria, elas também são simples e evidentes por si mesmas e, não são obscurecidas pelas perplexidades da teologia intolerante, intransigente, permanecendo fora, na luz clara, inteligíveis e aceitáveis para todas as mentes.
Limitam-se elas na simples crença em Deus e no seu corolário natural da imortalidade da alma. As negações destes princípios preconizados pelas doutrinas religiosas da Instituição impedem a Iniciação maçônica. Assim, logo no começo da Iniciação, é perguntado ao candidato se deposita a sua confiança em Deus, e a série de iniciações, na Maçonaria Simbólica, “termina pela revelação do sublime símbolo de uma vida depois da morte e o ingresso na imortalidade”.
As doutrinas morais e as doutrinas religiosas da Maçonaria são interdependentes. De fato, é necessário primeiro conhecer e sustentar a paternidade de Deus, antes de apreciar corretamente a fraternidade universal dos homens. A Maçonaria permite que homens de todas as religiões possam ser Iniciados sem para isso renunciar às suas crenças. Assim, longe de substituir as outras confissões deseja-se aproximá-las e conciliá-las, o que exclui a idéia de uma nova fé.
Na verdade, a Maçonaria não possui doutrinas filosóficas que lhe sejam próprias; a sua filosofia é a de todas as idades e de todos os povos em contínuo desenvolvimento, em perene evolução. Assim, por exemplo, o Aprendiz deve procurar saber de onde vimos; o Companheiro o que somos e o Mestre para onde vamos. Porém estas indagações constituem o eterno enigma da humanidade, toda ciência e toda filosofia as fazem também e procuram respondê-las.
Colhemos na Internet o texto do Irmão Ray V. Denslow que apresentamos como se segue:
“Eu sou a Maçonaria - Nasci na antiguidade, quando os homens pela primeira vez pensaram em Deus. Tenho sido praticada através dos tempos, e encontrei a verdade. Os caminhos do mundo têm minhas pegadas e as catedrais de todas as nações levam a arte das minhas mãos.
Esforço-me em favor da beleza e da simetria. No meu coração estão a sabedoria, a força e a coragem para aqueles que as buscam. Em meu altar estão as escriturassagradas e minhas preces são ao Deus Onipotente. Meus filhos trabalham e oram juntos,sem rancor ou discórdia, no mundo profano ou dentro do templo.
Através de sinais e símbolos eu ensino as lições da vida e da morte e o relacionamento entre o homem e Deus e entre o homem e o homem. Meus braços
estão abertos para receber aqueles que me procuram por sua livre vontade. Os aceito e ensino-lhes a utilizarem minhas ferramentas de trabalho na construção de homens e,depois disso, a encontrarem respostas às suas próprias perguntas, sobre perfeição, tão desejada e tão difícil de alcançar. Sustento os que caem e dou abrigo aos enfermos.
Importo-me com o choro dos órfãos, as lágrimas das viúvas, a dor dos velhos e dos necessitados. Não sou religião, partido ou escola, e apesar disso meus filhos têm uma carga de responsabilidades para com Deus, com a pátria, com os semelhantes e consigo mesmos.
Eles são homens livres, tenazes e conscientes de suas liberdades e alertas contra os perigos. Enfim, empenho-me em que cada um tome sua jornada por caminhos em direção à glória de uma vida eterna. Observo um grão de areia através da lente e penso como é pequena uma simples vida perante o universo eterno. Eu sempre pensei em imortalidade e mesmo enquanto levanto os homens da escuridão para a luz, sou uma forma de vida.
SOU A MAÇONARIA”!
Valdemar Sansão – M.’. M.’.
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