O SIMBOLISMO DOS INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO AP.'. M.'.



Os instrumentos de trabalho do AP.'.M.'. – a Régua de 24 PP.'., o Cinzel e o Maço – representam as três grandes forças da consciência humana: conhecer, sentir e querer; ciência, emoção e atividade; experiência, sentimento e força (GOMG, 2004).

Simbolicamente, a Régua de 24 PP.'. representa o conhecimento, a ciência, a experiência, ou seja, a SABEDORIA, a primeira das Três Colunas Sagradas do Templo. Com ela o AP.'.M.'. deve medir suas ações, permitindo-lhe ter consciência do valor e da utilidade de suas idéias e atitudes. Quando o ser humano age sem planejar, sem pensar sobre as conseqüências de seus atos, já inicia seu trabalho de forma errada, sem noção do que quer fazer e aonde quer chegar. O AP.'.M.'., no seu caminhar de constante busca pelo progresso na Grande Obra, deve sempre pensar e avaliar sobre suas ações, tanto materiais quanto espirituais, conhecendo o valor e o impacto de cada uma delas perante a sociedade em que vive e seus semelhantes. Isto é sabedoria maçônica. Segundo o nosso Ritual, “sabedoria é prudência, e só é prudente o que sabe medir” (GOMG, 2004).

O Cinzel, simbolicamente, representa o sentir, a emoção, ou seja, a BELEZA, a segunda das Três Colunas Sagradas do Templo. Com ele o AP.'.M.'. modela seu espírito e sua alma, conforme os planos traçados pela Régua de 24 PP.'.. O Cinzel representa a execução do que foi planejado, conforme as qualidades morais, sentimentos e virtude de cada Maçom, permitindo-lhe agir com foco e determinação na busca do resultado traçado.

Por último, o Maço representa o querer, a atividade, ou seja, a FORÇA da ação do AP.'.M.'. em sua obra, sendo esta a terceira das Três Colunas Sagradas do Templo. Traduz a energia, a impulsão no ato de aplicar o Cinzel conforme o plano traçado pela Régua de 24 PP.'., ou de maneira simbólica, representa a força colocada na execução dos planos e obras traçadas pelo AP.'..

Interessante notar que sempre em minha vida profana procurei trabalhar com planejamento, sem saber que estava me utilizando do conceito simbólico do instrumento da Régua de 24 PP.'.; sempre procurei aplicar todas as minhas energias, concentração e força de vontade na execução daquilo que tinha planejado, sem saber que estava me utilizando dos conceitos do Maço e do Cinzel. Quando me iniciei como Maçom e recebi de meus IIr.'. os três instrumentos de trabalho do Aprendiz (1ª instrução), procurei estudá-los e entender a sua aplicabilidade. Fiquei admirado com a sincronia e o poder das funcionalidades de cada instrumento. A diferença, porém, entre o que eu fazia (ou achava que fazia) e o que hoje posso realizar está no fato de que a aplicação dos instrumentos de trabalho do AP.'.M.'. podem e devem ser utilizados para toda e qualquer obra, a todo momento, em todas as circunstâncias. A busca da perfeição deve ser vista como uma missão de vida, e estes instrumentos se constituem na base, no sustentáculo das obras de todo Maçom.

Apesar de, inconscientemente, sempre ter utilizado os conceitos da Régua de 24 PP.'., do Maço e do Cinzel, não tinha exata compreensão de sua importância e de sua força. Como Maçom, posso hoje perceber sua potencialidade e sua aplicabilidade para o trabalho que irei desenvolver no meu caminhar de constante busca pelo progresso na Grande Obra.

Esta é a diferença que faz toda a diferença; é o que caracteriza um verdadeiro Maçom!


Frederico Cesar Mafra Pereira, M.M.
ARLS Ordem E Progresso – N.133 – Belo Horizonte (MG) - Brasil

BIBLIOGRAFIA:
  • GOMG – Grande Oriente de Minas Gerais. Ritual e Instruções de Aprendiz-Maçon do Rito Escocês Antigo e Aceito. 1ª edição. Belo Horizonte: Grande Oriente de Minas Gerais, 2004.




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