Abro
os olhos e focalizando a vista, olho para o relógio e percebo o adiantado dos
ponteiros. Faço minha toalete me preparando para mais um dia. Após verificar se
minha casa está devidamente a coberto vou trabalhar. Faço um inventário de meus
utensílios, Nivelo e me posto a Prumo. Olho para o Sol que nasceu no Oriente e
constato que nitidamente os seus raios de Luz acertam a superfície da Terra em
um ângulo de noventa graus. Pasmo! Ao meu redor não há sombras! Mas, tudo bem.
Abri o doce que meu filho teria colocado no meu bolso, e fui trabalhar.
Uma forte rajada de vento sopra e joga nos meus olhos um pano preto. Retirado este véu de minha fronte comecei a reparar em alguns detalhes diferentes como, por exemplo, a calçada por onde eu caminho todos os dias. Ela é feita de lajotas claras e escuras dispostas alternadamente. Por que nunca notei isto?
Fiquei irritado, distraí-me, ao tempo que mordi a minha língua e o doce do confeito virou um fel.
Seria isto?! A boa e a má sorte; noite e dia. É isso aí, o Equilíbrio. Só consigo caminhar com harmonia, pois vai à frente um pé de cada vez, tudo no seu tempo devido. Ainda absorto em meus passos quase fui atropelado numa dessas intersecções de ruas, pulei para um lado e para o outro. Ó Senhor Meu Deus! Quase fui atropelado, mas consegui me safar da morte, não sem antes escutar uns desaforos. Tive de ser Tolerante, mesmo porque reconheci o meu erro. Deveria ter ficado mais Vigilante.
Meu Irmão, hoje a Ordem do Dia está sendo, digamos, Justa, falo ainda mais, Perfeita. Pois a cada instante mostra ensinamentos que ontem vinham despercebidos. Cada manhã, com sua nova LUZ somos Iniciados de uma forma mais madura e pura, porque temos a experiência de ontem e o desconhecimento do amanhã. Tudo isto acabei por falar a um grande amigo, na verdade um Irmão que encontrei descorçoado precisando de ajuda que por diferentes razões não encontrava sua paz. Fiquei feliz, uma vez que após nosso papo ele achou seu caminho novamente.
Próximo da Rua das Acácias fui abordado por uma serena senhora que me abordou dizendo:
— Sou Viúva e peço-vos um auxílio não só para mim e para os meus filhos espalhados pelo mundo, mas para todos os desgraçados que devemos socorrer.
Sem muito que oferecer naquele momento e emocionado, pois não havia em meu bolso um metal sequer. Despi-me de vaidades e de luxo, e sem qualquer vergonha peguei a sacola da Viúva e como seu filho fui passando de um a um, do Oriente ao Ocidente, de Norte ao Sul para encher aquela Bolsa de pura Solidariedade.
Concluído este pequeno trabalho a Bem da Ordem em Geral, eu pretendi expor um fato para todos os obreiros da Arte Real. Como Maçons e como Iniciados devemos ter sempre em mente a Forte e absoluta frase que foi o nosso primordial contato com a Fraternidade maçônica: “Sou o vosso guia. Tende confiança em mim e nada receeis”.
Todavia, agora com uma extraordinária constatação que faz a diferença: ela é proferida pela Experta voz de nossas consciências.
Jair Zerrenner
BIBLIOGRAFIA
Ritual do Aprendiz Maçom - REAA – GLESP
A Verdade
Publicação bimestral da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo
MUITO OBRIGADO IRMAO JAIR PELA PUBLICAÇAO....ESTOU DESLUMBRANDO AINDA PELA MINHA INICIACÇAO E PRIMEIRA REUNIAO..PROCURO IDEIAS PARA MINHA PRIMEIRA INSTRUCAO. SUA PUBLICAÇAO ME ABRIU A MENTE. JA SEI POR ONDE COMEÇAR. TFA IRMAO. FE EQUILIBRIO DE EMBU GUAÇU LOJA 770
ResponderExcluirEsse foi feito no esmero. Parabéns meu nobre irmão! TFA 🤝🤝🤝
ResponderExcluir