Uma
das palavras mais ouvidas e lidas no mundo maçônico é a tolerância.
O
maçom é um Ser livre, ou seja, livre pensador, livre caminhante e de bons
costumes, que significa ético, buscador de uma moral mais espiritualizada. No
convívio em loja, nos deparamos com situações incongruentes com os ideais da
Arte Real e, muitas vezes, nos calamos por conformismo, passividade,
"politiquice", ou ainda nos escudamos na tolerância erroneamente
compreendida.
Reconhecendo nossa própria mortalidade e pequenez, somos capazes de
tolerar a falta de cultura do irmão por entendermos que em nosso país o acesso
aos livros é privilégio de poucos, porém, não devemos nos abster de estimulá-lo
a leitura (dando textos, emprestando livros, orientando em pesquisa, etc.)
Devemos
tolerar as faltas dos Irmãos que comprovadamente estão impossibilitados de comparecer
por motivos justos (doença e trabalho), entretanto não ser coniventes com
omissões e malandragens. O maçom tem que ter palavra. No questionário de
proposta, ele se comprometeu em ter pelo menos uma noite livre. Ele é um dente
na engrenagem e sua falta afeta em vários prismas (formação da egrégora,
composição dos cargos, comparecimento no tronco e mal exemplo). Você não acha?
Então descruze os braços e tome uma atitude, pois quem cala consente.
E
nos metais? Quanta inadimplência! Como iremos tolerar o Irmão que alega não
contribuir por falta de dinheiro, crise no setor profissional, doença do
sobrinho, mas quando observamos suas doações nos bares, sua vida regada num
universo de soberba e hedonismo nos questionamos.
O
não contribuir neste caso, é trair o compromisso com a loja, é jogar na lama a
palavra que deu no momento de sua iniciação.
Vamos ter mais atenção e critério ao escolher nossos
"afilhados".
Vejamos
como procede em sua casa e no trabalho, observemos sua postura nos
relacionamentos interpessoais e, consequentemente, sua atitude em grupo. A
maçonaria é antes de tudo, uma equipe. Sondemos, investiguemos com profundidade
e só depois apresentemos sua pré-proposta.
Caso
falhemos, não o iniciemos, caso já seja iniciado, não o elevemos, caso seja
elevado, não o exaltemos e caso já seja um mestre, o cobriremos a bem da Arte
Real. Lugar de Maçom é em Loja. Ao profano de avental, tchau e um abraço...
Para
ser um bom Venerável Mestre não é necessário elevar fulano, exaltar beltrano,
etc. não se mensura uma administração por isso, entretanto pela qualidade de
maçonaria que desenvolveu.
Não
deve haver dois pesos e duas medidas (pau que dá em Chico se dá, também em
Francisco).
A
maçonaria enquanto filosofia, ideal e propósito é a flor mais bela no jardim do
Grande Arquiteto Do Universo. Regue-a com justa medida, amor e respeito.
Obrigado,
Grande Arquiteto Do Universo pelo privilégio de poder colocar três pontos no
final de minha assinatura.
Otávio M. Vieira - Mestre Maçom - Loja "Estrela do Norte Sete n.º69" da
Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro.
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