A imagem da pedra,
principalmente quando de grandes dimensões, provocou sempre a admiração e o
espanto do ser humano, como podemos verificar pelas construções megalíticas dos
antigos povos. Temos vários exemplos: as construções célticas e druídicas da França
e Grã Bretanha, como os dolmens, menires, com o mais importante calendário de
pedra do mundo - Stonehenge; as pirâmides do Egito e dos povos das Américas; e
todas as maravilhas do mundo antigo que até hoje nos espantam por sua beleza e
estabilidade.
Mas não somente as pedras grandiosas foram objeto das homenagens do homem. As pedras em geral foram reverenciadas nas manifestações religiosas tanto pela sua solidez como pela sua durabilidade, denotando a firmeza inabalável que é o atributo da própria Divindade, e fossem elas preciosas ou não.
Mas não somente as pedras grandiosas foram objeto das homenagens do homem. As pedras em geral foram reverenciadas nas manifestações religiosas tanto pela sua solidez como pela sua durabilidade, denotando a firmeza inabalável que é o atributo da própria Divindade, e fossem elas preciosas ou não.
Por esta razão, os homens
procuraram sempre edificar com pedras os Templos dedicados aos seus deuses,
onde em alguns casos mais primitivos proibia o povo de construir suas
habitações com outro material que não fosse à terra cozida ao sol.
Como elemento tirado
diretamente da Mãe Terra, a pedra possuía as qualidades necessárias para que as
casas ou quaisquer edificações mantivessem as qualidades e o clima do “útero”
da terra, ou seja, as grutas e cavernas, onde se realizavam alguns rituais e
onde moraram os primeiros homens. Isto se deve principalmente pelo fato de as
primeiras religiões serem de cunho totalmente naturalista, com rituais sempre
ao ar livre.
Tais ligações com a terra
existem também nas Iniciações Tradicionais no que diz respeito à Câmara de
Reflexões ou àquele lugar isolado em que o candidato fica ao abrigo unicamente
de sua própria consciência antes de passar pelo Portal que fica entre as
Colunas e remetendo-o ao elemento terra.
Em toda parte na antigüidade a Arquitetura foi uma arte sagrada e muito intimamente ligada aos sacerdotes e à religião. Posteriormente foi na Idade Média, com a arte dos Maçons Operativos e dos construtores das grandes catedrais da época, também conhecida como a Arte Real dos Talhadores de Pedra, que a pedra ganhou notoriedade no ocidente e mais particularmente na Europa.
Em toda parte na antigüidade a Arquitetura foi uma arte sagrada e muito intimamente ligada aos sacerdotes e à religião. Posteriormente foi na Idade Média, com a arte dos Maçons Operativos e dos construtores das grandes catedrais da época, também conhecida como a Arte Real dos Talhadores de Pedra, que a pedra ganhou notoriedade no ocidente e mais particularmente na Europa.
Tais obreiros do Divino
foram inovadores com o estilo Gótico (ou seriam mais bem qualificados como
revolucionários?), tendo adquirido junto à Ordem dos Templários os fundamentos
desse estilo de construção que ainda hoje vemos nas Catedrais mais famosas do
mundo, como Notre- Dame e Chartres, ambas na França.
Lembremos que no cerne
dos Templários encontravam-se os Irmãos Rosacruzes do Oriente, detentores do
saber que deu origem à atual Tradição Rosacruz.
A esses Construtores
Operativos do passado sucederam os Maçons Especulativos de hoje em dia, ditos
tradicionalmente por este termo por trabalharem simbolicamente e não mais nos
canteiros de obras. Estes adotam os usos, costumes, regulamentos e instrumentos
daquelas antigas corporações, que eram Fraternidades operárias de construtores.
Nas antigas Fraternidades
o Aprendiz do ofício ocupava o grau mais inferior da escala entre os operários.
O Aprendiz, por exemplo, é uma denominação de primeiro grau usada em todos os
Ritos maçônicos.
Assim, constituindo a Arquitetura uma das bases do simbolismo tradicional, a pedra nele ocupa abundante representação, simbolizando, em geral, todas as obras morais e todos os materiais da inteligência humana em prol da evolução interna e da humanidade. Estes materiais são empregados para fins simbólicos e de evolução do homem como um todo e como símbolo da própria sociedade, recebendo várias denominações de acordo com seu simbolismo inerente.
A primeira denominação corrente diz respeito à Pedra Bruta, que é o emblema da pedra informe e irregular que desbastam os Irmãos Aprendizes ou Neófitos desde sua iniciação. É o símbolo da idade primitiva e, por conseguinte, do homem sem instrução e em estado natural, bruto em essência, necessitado de mais Luz e conhecimentos para melhor servir.
Assim, constituindo a Arquitetura uma das bases do simbolismo tradicional, a pedra nele ocupa abundante representação, simbolizando, em geral, todas as obras morais e todos os materiais da inteligência humana em prol da evolução interna e da humanidade. Estes materiais são empregados para fins simbólicos e de evolução do homem como um todo e como símbolo da própria sociedade, recebendo várias denominações de acordo com seu simbolismo inerente.
A primeira denominação corrente diz respeito à Pedra Bruta, que é o emblema da pedra informe e irregular que desbastam os Irmãos Aprendizes ou Neófitos desde sua iniciação. É o símbolo da idade primitiva e, por conseguinte, do homem sem instrução e em estado natural, bruto em essência, necessitado de mais Luz e conhecimentos para melhor servir.
A Pedra bruta é a imagem
da alma do profano antes de ser instruído nos Mistérios e figura entre os
objetos emblemáticos que devem ser representados sempre nos primeiros graus. Os
trabalhos dados aos Aprendizes têm por objetivo demonstrar ao novo Iniciado a
escravidão em que vive, despertando em seu coração o sentimento de sua própria
dignidade e incentivando-o ao estudo da Verdade.
Aqueles que se encontram na Senda devem sempre lutar contra os inimigos naturais e internos do próprio homem que são: as paixões mundanas, a luta contra os hipócritas, os perjuros, os fanáticos e os ambiciosos, e os que especulam com a ignorância e o obscurantismo, buscando combatê-los com vigor.
Aqueles que se encontram na Senda devem sempre lutar contra os inimigos naturais e internos do próprio homem que são: as paixões mundanas, a luta contra os hipócritas, os perjuros, os fanáticos e os ambiciosos, e os que especulam com a ignorância e o obscurantismo, buscando combatê-los com vigor.
Esta é a antiga batalha entre a Luz e as trevas, travada desde sempre dentro e
fora da Alma humana e tornada histórica pelos antigos Cavaleiros,
representantes da busca do Graal, mas que lutam neste mundo para tomá-lo a si
renovado pela Luz Crística. Com este trabalho, o Aprendiz ou Neófito passa das
trevas para a Luz durante a jornada mística de sua vida.
No simbolismo antigo via-se comumente uma Pedra Bruta, sem forma definida, colocada no caminho do Iniciado na entrada e junto de uma das duas colunas do Templo, conhecidas na tradição por Jakim (J) e Boaz (B) e estas símbolos da dualidade deste mundo manifestado. Juntamente com essa Pedra encontrava-se um Malho (ou martelo) e um cinzel (ou ponteiro). O recém chegado à Iniciação devia começar a trabalhar e a estudar para adquirir o conhecimento do simbolismo do seu ofício, sua aplicação e interpretação filosófica, onde a este trabalho dava-se o nome de “Desbaste da Pedra Bruta”.
Por isso, tão logo o novo Irmão tivesse recebido a primeira fresta de Luz dos Mistérios, o Mestre de Obras representante dos Trabalhos iniciáticos da corporação completava a instrução acompanhando-o então até a citada Pedra Bruta onde, entregando-lhe o Malho, ensinava-lhe a dar os golpes misteriosos com os quais deveria chamar no futuro às portas dos Templos, explicando-lhe ao mesmo tempo o seu significado Crístico: busca e encontrarás; chama e te abrirão; peça e te darão.
O Malho simboliza a vontade firme e decisiva daquele que o usa. Simbolicamente, para este trabalho, o Aprendiz deve utilizar, além do Malho, também o Cinzel. Este retira as asperezas da Pedra, o que equivale à faculdade de apreciar com retidão; é o julgamento sem ação e sem força digno dos Iniciados. O Cinzel é equilibrado pela firmeza e pela direção dada pelo Malho.
No simbolismo antigo via-se comumente uma Pedra Bruta, sem forma definida, colocada no caminho do Iniciado na entrada e junto de uma das duas colunas do Templo, conhecidas na tradição por Jakim (J) e Boaz (B) e estas símbolos da dualidade deste mundo manifestado. Juntamente com essa Pedra encontrava-se um Malho (ou martelo) e um cinzel (ou ponteiro). O recém chegado à Iniciação devia começar a trabalhar e a estudar para adquirir o conhecimento do simbolismo do seu ofício, sua aplicação e interpretação filosófica, onde a este trabalho dava-se o nome de “Desbaste da Pedra Bruta”.
Por isso, tão logo o novo Irmão tivesse recebido a primeira fresta de Luz dos Mistérios, o Mestre de Obras representante dos Trabalhos iniciáticos da corporação completava a instrução acompanhando-o então até a citada Pedra Bruta onde, entregando-lhe o Malho, ensinava-lhe a dar os golpes misteriosos com os quais deveria chamar no futuro às portas dos Templos, explicando-lhe ao mesmo tempo o seu significado Crístico: busca e encontrarás; chama e te abrirão; peça e te darão.
O Malho simboliza a vontade firme e decisiva daquele que o usa. Simbolicamente, para este trabalho, o Aprendiz deve utilizar, além do Malho, também o Cinzel. Este retira as asperezas da Pedra, o que equivale à faculdade de apreciar com retidão; é o julgamento sem ação e sem força digno dos Iniciados. O Cinzel é equilibrado pela firmeza e pela direção dada pelo Malho.
Um não pode passar sem o
outro e o desenvolvimento destes símbolos cria um equilíbrio no psiquismo do
Iniciante. Se o Malho existisse só seria uma força cega que, batendo na pedra, quebrá-la-ia
em mil pedaços em lugar de lapidá-la. E temos que a vontade é uma força
admirável; porém, se ela não for conduzida por uma julgamento esclarecido - o
Cinzel se torna má, tanto para aquele que a possui como para aqueles que sofrem
os seus efeitos.
Este perfazia, assim, o primeiro trabalho simbólico do Aprendiz na Senda mística e operativa desde a Admissão aos Antigos Mistérios corporativos em busca de mais Luz e de um maior aperfeiçoamento como ser humano, ou seja, como o Homus Novus que está à imagem e semelhança de Deus. É a pedra informe que os Iniciados devem desbastar para poder alcançar o grau seguinte.
Todo este engajamento iniciáticos obriga o novato a repensar sua vida, suas atitudes do passado e do presente, moldando uma nova personalidade para o futuro.
Alguns antigos
Construtores afirmavam, também, que a Pedra Bruta era análoga à Matéria-Prima
dos Hermetistas, devendo ser talhada com cuidado com o Malho para que chegasse
a apresentar a forma de um cubo, sendo esta uma forma mais perfeita e que
estaria em melhores condições de servir e de “encaixar-se na construção da
Humanidade" e nas Obras daquele que era conhecido por muitos como o Grande
Arquiteto do Universo. Isso caracteriza o desejo de se chegar à conquista da
Pedra Filosofal que nos remete à Alquimia do eu interior - a Pedra Cúbica dos
Maçons. A Alma, transmutando todos os seus defeitos em virtudes, e tornando
assim o homem comum naquele revivido como verdadeiro Estado Crístico, como nos
ensina René Guenon em suas obras.
Talvez por isso nossos Mestres do passado tenham deixado gravadas nas pedras das Catedrais e das pirâmides tantos símbolos secretos, pois o homem que renasce na Iniciação não morre jamais, como jamais morrerão tais obras que servem como verdadeiros livros de pedra para a posteridade.
Talvez por isso nossos Mestres do passado tenham deixado gravadas nas pedras das Catedrais e das pirâmides tantos símbolos secretos, pois o homem que renasce na Iniciação não morre jamais, como jamais morrerão tais obras que servem como verdadeiros livros de pedra para a posteridade.
Por: Adílio Jorge Marques
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