Esta florzinha insignificante – o “Myosotis Alpistris” -,
conhecido pelos alemães como VERGISSMEINNICHT, e dos ingleses como
“Forget-me-not”, e dos gregos como “orelha de rato” (por alusão à forma das
folhas), pouco depois da ascensão de Hitler ao poder, foi no ano de 1934
adotado oficialmente pela Grande Loja do SOL, de Bayreuth, uma das grandes
potências maçônicas existentes na Alemanha antes da 2ª Grande Guerra, como
símbolo maçônico, que os Irmãos poderiam usar em substituição ao emblema do
“esquadro e do compasso”, para seu reconhecimento.
Acreditava-se que esta pequena flor na lapela, tão querida
ao povo alemão, não iria atrair a atenção dos nazistas, já que então estavam
iniciando o confisco de bens das lojas maçônicas e dos maçons. E em face do
total segredo que os maçons souberam manter a respeito, o significado maçônico
de fato, passou totalmente despercebido.
Durante toda a opressão nazista, esta pequenina flor azul,
na lapela, identificava os Irmãos das cidades e até dos campos, que se
recusavam a ver a nossa LUZ extinta.
FILIAÇÃO
A filiação ou agregação a uma Loja concede-se a todo maçom
regular.
Filiação Livre: Esta filiação exime das fintas (encargos
pecuniários) aquele que a obtém, mas este Irmão não pode ser promovido às
dignidades ou empregos da Loja.
Filiação entre as lojas: Duas lojas podem filiar-se
reciprocamente uma à outra, isto é, adotarem-se de maneira que, sem perder seus
títulos particulares, nem algum dos seus direitos respectivos, não formem, para
assim dizer, mais que um só e mesmo corpo, e que subsiste até que uma das duas
lojas peça que o pacto de união seja rompido.
Estas filiações afastam-se dos princípios maçônicos que
recomendam o sentimento de fraternidade igual para todos os irmãos, e entre
todos, individualmente ou reunidos em Loja; contudo elas não são perigosas, se
o fim da filiação entre as lojas é unicamente uma maior intimidade, e
acharem-se os Irmãos em maior número, ou no trabalho, ou nos atos de
beneficência.
Filiação a muitas Lojas: Como um Irmão estimável é sempre
bem recebido nas Lojas de que não é membro, não é razoável nem decoroso que um
Maçom, pertença a muitas Lojas do mesmo Oriente. Seria muito a desejar que
todos os Irmãos se penetrassem bem dos princípios maçônicos, e se esmerassem
mais em observá-los escrupulosamente, contentando-se com fazer parte da Loja
que lhes deu a Luz, ou da que escolheram.
(Observe que este texto é de 1840 e que alguns aspectos das
leis e costumes de então podem ter mudado, hoje, não se permite a existência de
livres-filiandos.)
NORTE
O norte é amplamente associado ao frio, à obscuridade, ao inverno e à velhice. Na Grécia e Roma antigas, o norte algumas vezes era referido como lugar de “bárbaros”. A cultura grega alude à possibilidade de um “hiperbóreo”, um tipo de Éden localizado ao “norte mais distante”.
O norte é amplamente associado ao frio, à obscuridade, ao inverno e à velhice. Na Grécia e Roma antigas, o norte algumas vezes era referido como lugar de “bárbaros”. A cultura grega alude à possibilidade de um “hiperbóreo”, um tipo de Éden localizado ao “norte mais distante”.
SUL
O sul é comumente associado ao sol do meio-dia, ao verão. À juventude a ao calor.
O sul é comumente associado ao sol do meio-dia, ao verão. À juventude a ao calor.
ORIENTE
O oriente é a direção do sol nascente e da aurora, e é comumente associado ao princípio, ao nascimento, à primavera e/ou à renovação. A luz do mundo está intimamente ligada ao surgimento do Cristo. Como um lugar de onde os magos freqüentemente emigram, pode ter características de sabedoria. O lado direito do corpo (favorável), em oposição ao ocidente, a parte sinistra.
O oriente é a direção do sol nascente e da aurora, e é comumente associado ao princípio, ao nascimento, à primavera e/ou à renovação. A luz do mundo está intimamente ligada ao surgimento do Cristo. Como um lugar de onde os magos freqüentemente emigram, pode ter características de sabedoria. O lado direito do corpo (favorável), em oposição ao ocidente, a parte sinistra.
OCIDENTE
O ocidente é a direção do sol poente e do crepúsculo, associando-o à morte, ao fim, ao outono, e à meia idade. Em meados do século XIX, a cultura ocidental testemunhou a expansão para o ocidente e a corrida do ouro, assim, este contexto nos permite ver o ocidente como oportunidade, esperança e aventura.
O ocidente é a direção do sol poente e do crepúsculo, associando-o à morte, ao fim, ao outono, e à meia idade. Em meados do século XIX, a cultura ocidental testemunhou a expansão para o ocidente e a corrida do ouro, assim, este contexto nos permite ver o ocidente como oportunidade, esperança e aventura.
ERA MAÇÔNICA
A Era Maçônica data desde o princípio do mundo, segundo a
cronologia hebraica, que os maçons adotaram. O ano maçônico é ano legal e
religioso dos hebreus, que começa no mês de Nisan, o qual corresponde ao mês de
março da era vulgar, época em que (segundo o Êxodo, Cap. XII, v. 40) os hebreus
saíram do Egito. O ano dos judeus começava em Tisry, que corresponde ao mês de
setembro, e como os meses eram lunares, o ano dos judeus compunha-se de treze
meses, que se contava por primeiro e segundo Adar. Os maçons não admitem mais
que doze, cuja ordem e nomes são os seguintes:
1º mês: Nisan – Março,
2º mês: Jiar – Abril,
3º mês: Sivan - Maio,
4º mês: Tammmuz – Junho,
5º mês: Ab – Julho,
6º mês: Elul – Agosto,
7º mês: Ethanion – Setembro,
8º mês: Marshevan – Outubro,
9º mês: Chisleu – Novembro,
10º mês: Thebet – Dezembro,
11º mês: Sabeth – Janeiro,
12º mês: Adar – Fevereiro.
2º mês: Jiar – Abril,
3º mês: Sivan - Maio,
4º mês: Tammmuz – Junho,
5º mês: Ab – Julho,
6º mês: Elul – Agosto,
7º mês: Ethanion – Setembro,
8º mês: Marshevan – Outubro,
9º mês: Chisleu – Novembro,
10º mês: Thebet – Dezembro,
11º mês: Sabeth – Janeiro,
12º mês: Adar – Fevereiro.
Como os meses e os dias não têm denominação particular,
diz-se, por exemplo, o primeiro dia do primeiro mês do ano de 5833, para
designar o primeiro de março de 1833.
BRINDES
Antigamente, a primeira libação era oferecida ao Sol, rei do universo, a quem devemos a fecundidade da natureza. Hoje ela é consagrada ao Soberano.
Antigamente, a primeira libação era oferecida ao Sol, rei do universo, a quem devemos a fecundidade da natureza. Hoje ela é consagrada ao Soberano.
A segunda era oferecida à Lua, astro que esclarecia os
mistérios os mais secretos. Os maçons têm – na consagrado ao supremo poder da
Ordem, que para eles, depois do Soberano, é o supremo regulador.
A terceira era dedicada a Marte, divindade que presidia os
conselhos e os combates. Os maçons fizeram dela a saúde do Venerável
A quarta era dirigida a Mercúrio, chamado também Anúbis,
Deus, que vigia que anuncia a abertura e a cessação dos trabalhos, e cujo poder
se estende ao Céu, à Terra e aos Infernos. Hoje, ela está transformada na saúde
dos Vigilantes que, como Anúbis, anunciam a abertura e o encerramento dos
trabalhos, e como Mercúrio vigiam os Irmãos no Templo e fora dele.
A quinta era consagrada a Júpiter que, debaixo do nome de
Xenios, era adorado como Deus da hospitalidade. Hoje, é a saúde feita aos
Irmãos visitadores, e às Lojas adeptas, isto é, aos nossos hóspedes maçons.
A sexta era destinada a Vênus, Deusa da geração. Em seu
lugar temos a saúde dos Oficiais, dos membros da Loja, principalmente dos novos
iniciados, que devem ter por primeira ocupação o estudo da natureza.
Finalmente, a sétima libação era consagrada a Saturno, Deus
dos períodos e dos tempos, cuja órbita imensa parece abraçar a totalidade do
universo. Esta foi escolhida para a saúde de todos os maçons espalhados pelo
mundo, em qualquer situação em que a sorte os tenha posto; e, para representar
a grandeza da órbita deste planeta, faz-se esta saúde estando os Irmãos não
como até aqui em semicírculo, mas formando todos um círculo perfeito; deste
modo, cada Irmão parece formar um anel dessa imensa cadeia que abraça o
universo.
Assim como nas festas de Saturno os escravos participavam
dos festins de seus senhores, e se assentavam à sua mesa, assim também nos
nossos banquetes os Irmãos serventes tomam parte nos nossos trabalhos, e
assistem a esta saúde.
Os banquetes religiosos são tão antigos como os mistérios;
todos os povos da antiguidade os praticavam. Os egípcios e os gregos tiveram os
seus banquetes sagrados, os romanos e os judeus seus festins religiosos,
prescritos pelo mesmo Moisés. Finalmente, os primeiros cristãos tiveram os seus
ágapes, que foram suprimidos por causa das desordens que neles se introduziram,
mas que os malons têm até hoje conservado toda a pureza.
SINAL DE SOCORRO
O Irmão que tem o terceiro grau e que se acha em um perigo
iminente faz o sinal de socorro, dizendo: (…) Todo mestre que ouvir isso, deve
voar em socorro do Irmão que está em perigo, e expor sua própria vida para
salvá-lo. Regra geral, natural e sagrada: Todos a um, um a todos.
SOCORRO
Os socorros são concedidos a todos os maçons desgraçados
que os reclamam; e são distribuídos em dinheiro aos viajantes, e em gêneros,
isto é, pão, carne e vinho aos Maçons residentes no lugar em que se faz a
distribuição.
SÃO JOÃO
É obrigação dos maçons celebrarem as duas festas de São
João; a do estio, no dia 24 de junho, e a do inverno que tem lugar no dia 27 de
dezembro. É claro que estas duas festam não são outra coisa mais que a
celebração das festas solsticiais, o que ajuda a provar que a Maçonaria é
anterior não só ao cristianismo, mas também às instituições mais antigas. O
culto maçônico, assim como o culto helíaco, data do princípio do mundo e sua
origem confundem-se com a das sociedades dos homens.
Quanto ao santo que os maçons adotaram por patrono, não
pode ser nem São João Batista, nem São João Evangelista, pois nenhum deles tem
relação alguma com a instituição filantrópica da Maçonaria.
É de crer, e esta é a opinião dos irmãos mais filósofos e
mais conhecedores, que o verdadeiro patrono das lojas é São
João Esmoler, filho do Rei de Chipre, que no tempo das
cruzadas, abandonou sua pátria, renunciou à esperança de ocupar um trono, e foi
a Jerusalém dar os mais generosos socorros aos peregrinos e aos cavaleiros.
João fundou um hospital, onde fez uma instituição de irmãos
que cuidassem dos doentes, dos cristãos feridos, e distribuíssem socorros
pecuniários aos viajantes que iam visitar o Santo Sepulcro. João, digno já por
suas virtudes de ser o patrono de uma sociedade cujo fim único é a
beneficência, expôs mil vezes sua vida para fazer o bem.
A peste, a guerra, o furor dos infiéis, nada em uma palavra
o impedia de prosseguir esta brilhante carreira; mas no meio de seus trabalhos
veio a morte cortar o fio de sua existência: contudo, o exemplo de suas
virtudes ficou gravado na memória de seus irmãos, que consideraram como um
dever o imitá-lo.
Roma o canonizou com o nome de São João Esmoler, ou São
João de Jerusalém; e os maçons, cujos templos ele tinha reedificado (depois de
terem sido destruídos pelos bárbaros) o escolheram unanimemente para seu protetor.
A COR PÚRPURA DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
José Castellani
José Castellani
A cor púrpura, principal do Rito Escocês Antigo e Aceito, é
uma decorrência de suas origens mais remotas, no século XVII, na França, e da
aristocratização que lhe foi imposta, a partir do segundo quartel do século
XVIII, também na França.
Na realidade, os primeiros agrupamentos maçônicos de feição
moderna – dos maçons Aceitos – na França, surgiram na esteira do séquito dos
Stuarts, a partir de 1649 quando Henriqueta de França, viúva do rei stuartista
inglês Carlos I, que fora preso e decapitado após a vitória da revolução
puritana de Oliver Crommwell, aceitava, do Rei-Sol, Luis XIV, asilo no castelo
de Saint-Germain-en-Laye.
E haveria um sensível aumento desses agrupamentos, a partir
de 1688, quando da segunda queda dos Stuarts, com Jaime II, depois da
restauração de 1660; nessa segunda queda, novamente, o asilo político seria em
Saint-Germain, concedido pelo mesmo Luís XIV.
Os Stuarts, que, a partir do século XIV, com Alan
Fitzflaald, haviam ocupado os tronos da Escócia e da Inglaterra, eram reis
católicos e os seus seguidores, os jacobitas, eram chamados de “escoceses”, por
sua feição partidária stuartista e não pela sua origem nacional.
Já com um grande contingente maçônico desse sistema
“escocês”, na França, um cavalheiro escocês, André Michel de Ramsay, que havia
sido corrido da Escócia, por querer implantar graus cavalheirescos na
Maçonaria, produziu um discurso, em 1737, onde ele pretendia demonstrar o seu
agradecimento, por ter passado de plebeu a nobre, depois de se tornar cavaleiro
da Ordem de S. Lázaro.
E nesse discurso — que não lhe foi possível pronunciar, por
proibição do cardeal Fleury, mas que foi publicado no ano seguinte — ele
procura ligar as origens da Franco-Maçonaria aos reis e príncipes das Cruzadas.
Embora isso fosse apenas uma fantasia, o certo é que
renderia frutos duradouros, a partir de 1758, quando foi fundado, em Paris, o
Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, ou Soberana Loja Escocesa de
S. João de Jerusalém.
A partir desse momento, o sistema se tornava
aristocratizado — como Rito de Héredom — ganhando a América do Norte, onde
teria a sua roupagem definitiva, a partir de 31 de maio de 1801, com a
fundação, em Charleston — por onde passa o paralelo 33 da
Terra — na Carolina do Sul, do primeiro Supremo Conselho do
Rito Escocês dos Maçons Antigos e Aceitos.
O que importa considerar, nesse apanhado bastante
superficial dos primórdios do Rito, são os dois dados principais:
1º. O Rito nasceu no catolicismo;
2º. O Rito foi aristocratizado.
O catolicismo possui cinco cores litúrgicas: branca, negra,
verde, roxa e vermelha. Destas, a mais importante é a VERMELHA,
que é a cor do sangue e o símbolo da efusão do sangue por amor; por isso é a
cor dos mártires da Igreja, usada durante as celebrações em homenagem a esses
mártires.
Além disso, ela é a cor que distingue a alta dignidade
cardinalícia; os cardeais, que, na hierarquia mundana, correspondem aos
príncipes, usam o chapéu — ou solidéu — vermelho e a faixa vermelha, como sinal
de sua distinção.
E a cor da nobreza, da realeza, também é a vermelha. Todos
os antigos reinantes, ao assumir o trono, recebiam, sobre os ombros, um manto
vermelho; famosa é a púrpura imperial, com que os imperadores romanos – os
Césares – eram revestidos, quando de sua ascensão ao trono imperial.
A própria púrpura cardinalícia, já referida, é um sinal de
nobreza dos príncipes da Igreja.
ORIENTE ETERNO
Em Maçonaria, Oriente Eterno é o “plano”, “dimensão”, ou
seja, lá o que for, para onde parte a
alma do maçom que morre.
Quando morre um irmão, impõe a tradição que o corpo seja
depositado, em seu túmulo, na direção e sentido Ocidente-Oriente, de forma tal
que se o morto voltasse à vida estaria com seu olhar fixo no oriente. Isto
porque é de lá que vem a luz e o calor, fontes de toda a vida.
Amei!
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