Em reunião de Loja
ou de Grande Loja, os maçons usam sempre luvas brancas. Pode-se dizer que o uso
de avental e de luvas brancas é a marca distintiva dos maçons.
Para além da cor, não existem requisitos especiais quanto ao tipo e qualidade de luvas a serem usadas. Podem ser de pele, algodão ou outro tecido. Podem ser completamente brancas ou ter estampado ou bordado algum enfeite. É muito utilizado um modelo de luvas com o desenho do compasso e do esquadro.
Tal como o avental, a origem do uso das luvas deve buscar-se na Maçonaria Operativa. O trabalhador em pedra, em muitas das suas tarefas, necessitava de proteger as mãos dos acidentes ou, mesmo, das normais conseqüências do manuseamento de materiais duros, rugosos, pesados, com arestas vivas, etc.. O uso de luvas previne pequenos ferimentos, arranhões, abrasões, decorrentes desse manuseamento. Com a transição da Maçonaria Operativa para a Maçonaria Especulativa, manteve-se a tradição do uso de luvas.
Mas se a tradição se manteve, ironicamente o propósito inverteu-se. É que, na Maçonaria Especulativa, o uso de luvas não se destina a proteger as mãos do ambiente, mas, pelo contrário, a proteger o ambiente das mãos. Explicando:
Uma das regras que é freqüentemente lembrada aos maçons é a de que estes "devem deixar os metais à porta do Templo", isto é, não devem transportar para o interior da Loja condutas, conflitos, interesses, competições, comportamentos, de natureza profana. Em Loja, nada disso tem lugar.
O espaço da Loja - e não me refiro apenas ao espaço físico, mas também, e essencialmente, à dimensão espiritual - não deve ser conspurcado com imperfeições de natureza profana. Para que o maçom possa tranquilamente, com a ajuda de seus Irmãos, trabalhar no seu aperfeiçoamento, deve estar inserido num ambiente livre da poluição das imperfeições do dia a dia. O interior do Templo deve, assim, estar livre de metais, por estes se entendendo tudo o que é negativo, imperfeito, inerente às fraquezas humanas.
No entanto, o maçom, se busca aperfeiçoar-se, é porque se reconhece imperfeito. E imperfeito em si mesmo. Por muito que cuide, por muito que faça, embora procure deixar os metais à porta do Templo, alguns inevitavelmente ele transporta para o seu interior, porque ínsitos (ainda, espera-se...) nele mesmo.
Para além da cor, não existem requisitos especiais quanto ao tipo e qualidade de luvas a serem usadas. Podem ser de pele, algodão ou outro tecido. Podem ser completamente brancas ou ter estampado ou bordado algum enfeite. É muito utilizado um modelo de luvas com o desenho do compasso e do esquadro.
Tal como o avental, a origem do uso das luvas deve buscar-se na Maçonaria Operativa. O trabalhador em pedra, em muitas das suas tarefas, necessitava de proteger as mãos dos acidentes ou, mesmo, das normais conseqüências do manuseamento de materiais duros, rugosos, pesados, com arestas vivas, etc.. O uso de luvas previne pequenos ferimentos, arranhões, abrasões, decorrentes desse manuseamento. Com a transição da Maçonaria Operativa para a Maçonaria Especulativa, manteve-se a tradição do uso de luvas.
Mas se a tradição se manteve, ironicamente o propósito inverteu-se. É que, na Maçonaria Especulativa, o uso de luvas não se destina a proteger as mãos do ambiente, mas, pelo contrário, a proteger o ambiente das mãos. Explicando:
Uma das regras que é freqüentemente lembrada aos maçons é a de que estes "devem deixar os metais à porta do Templo", isto é, não devem transportar para o interior da Loja condutas, conflitos, interesses, competições, comportamentos, de natureza profana. Em Loja, nada disso tem lugar.
O espaço da Loja - e não me refiro apenas ao espaço físico, mas também, e essencialmente, à dimensão espiritual - não deve ser conspurcado com imperfeições de natureza profana. Para que o maçom possa tranquilamente, com a ajuda de seus Irmãos, trabalhar no seu aperfeiçoamento, deve estar inserido num ambiente livre da poluição das imperfeições do dia a dia. O interior do Templo deve, assim, estar livre de metais, por estes se entendendo tudo o que é negativo, imperfeito, inerente às fraquezas humanas.
No entanto, o maçom, se busca aperfeiçoar-se, é porque se reconhece imperfeito. E imperfeito em si mesmo. Por muito que cuide, por muito que faça, embora procure deixar os metais à porta do Templo, alguns inevitavelmente ele transporta para o seu interior, porque ínsitos (ainda, espera-se...) nele mesmo.
Então, assim se
reconhecendo imperfeito, logo poluidor do ambiente do Templo, logo susceptível
de dificultar o aperfeiçoamento de seus Irmãos - quando o objetivo comum é
precisamente o inverso... - o maçom simbolicamente protege o ambiente e seus
Irmãos de suas imperfeições, usando as luvas. Assim, a sujidade que ainda
permanece em suas mãos não conspurca o Templo, os objetos nele existentes, os
seus Irmãos.
Ou seja, o maçom em Loja usa luvas brancas, não para se proteger do que, exterior a si, o possa afetar, mas para proteger o ambiente e os demais daquilo que, existente em si, os possa prejudicar.
Este, no meu entendimento, a lição que se pode extrair do simbolismo do uso das luvas pelos maçons em Loja.
Daqui decorre, por exemplo, que, ao contrário da prática social, em que o enluvado se desluva para cumprimentar outrem, os maçons, no interior do Templo saúdam-se sempre com as respectivas luvas postas.
Há, no entanto, três situações correntes em que o maçom em Loja deve retirar uma ou ambas as luvas. Uma, quando manuseia dinheiro, pois, por natureza, o vil metal conspurca - e o seu manuseio em Loja, designadamente quando se reúnem fundos para ações de solidariedade, é um mal necessário - e não deve assim sujar a luva, que deve permanecer limpa; outra, quando o maçom assume compromissos sobre as três Grandes Luzes da Maçonaria - o Livro da Lei Sagrada, o Compasso e o Esquadro -, caso em que põe a mão nua sobre esses três símbolos, em sinal de que o compromisso é assumido pelo Homem inteiro, com suas qualidades e defeitos, com suas forças e suas imperfeições, confiando em que o contato entre essas três Grandes Luzes e si próprio redundará no seu aperfeiçoamento, não na perda de qualidades daquelas; a terceira, na Cadeia de União, em que os maçons se dão as mãos, despojadas de luvas, em sinal de união e de comunhão de esforços, juntando-se numa Cadeia em que cada um se reconhece como o elo mais fraco, mas em que todos buscam fortalecer-se, transmitindo-se e unindo todos suas forças e fraquezas, cientes de que as forças de todos combinadas gerarão um poder mais forte do que a mera soma delas e de que as fraquezas de cada um mais eficazmente são combatidas com a ajuda de todos.
Eis porque o maçom usa luvas brancas e eis por que razão pontualmente as não usa.
Ou seja, o maçom em Loja usa luvas brancas, não para se proteger do que, exterior a si, o possa afetar, mas para proteger o ambiente e os demais daquilo que, existente em si, os possa prejudicar.
Este, no meu entendimento, a lição que se pode extrair do simbolismo do uso das luvas pelos maçons em Loja.
Daqui decorre, por exemplo, que, ao contrário da prática social, em que o enluvado se desluva para cumprimentar outrem, os maçons, no interior do Templo saúdam-se sempre com as respectivas luvas postas.
Há, no entanto, três situações correntes em que o maçom em Loja deve retirar uma ou ambas as luvas. Uma, quando manuseia dinheiro, pois, por natureza, o vil metal conspurca - e o seu manuseio em Loja, designadamente quando se reúnem fundos para ações de solidariedade, é um mal necessário - e não deve assim sujar a luva, que deve permanecer limpa; outra, quando o maçom assume compromissos sobre as três Grandes Luzes da Maçonaria - o Livro da Lei Sagrada, o Compasso e o Esquadro -, caso em que põe a mão nua sobre esses três símbolos, em sinal de que o compromisso é assumido pelo Homem inteiro, com suas qualidades e defeitos, com suas forças e suas imperfeições, confiando em que o contato entre essas três Grandes Luzes e si próprio redundará no seu aperfeiçoamento, não na perda de qualidades daquelas; a terceira, na Cadeia de União, em que os maçons se dão as mãos, despojadas de luvas, em sinal de união e de comunhão de esforços, juntando-se numa Cadeia em que cada um se reconhece como o elo mais fraco, mas em que todos buscam fortalecer-se, transmitindo-se e unindo todos suas forças e fraquezas, cientes de que as forças de todos combinadas gerarão um poder mais forte do que a mera soma delas e de que as fraquezas de cada um mais eficazmente são combatidas com a ajuda de todos.
Eis porque o maçom usa luvas brancas e eis por que razão pontualmente as não usa.
Autor: IR .’. Rui Bandeira - Gr.’. Loj.’. Legal de Portugal
Pesquisa: Ir.’. José
Carlos Lopes
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