A NUMEROLOGIA E A MAÇONARIA




A numerologia é uma ciência pouco divulgada, mas de grande valor para o estudo dos números em relação aos planetas, ao universo, aos sons, às cores, às auras dos seres em geral e, principalmente, para o estudo da Maçonaria. Deus, o G.'.A.'.D.'.U.'., é também o Supremo Geômetra, e o Supremo Matemático do Universo.

Ao Apr.'. M.'. que inicia a sua caminhada na senda, é de suma importância que penetre desde logo nos segredos dos números 1, 2, 3, e 4, de vez que tal conhecimento lhe proporcionará chaves vitais para seu desbastamento da P.'.B.'., o escopo principal do trabalho a ser desenvolvido na Col.'. do N.'. .

O número UM, Alfa, é o símbolo da Causa sem Causa, do Princípio, é a representação de DEUS manifestado, é tudo aquilo que surgiu do Caos, é o “faça-se a LUZ e a LUZ se fez...” Aqui a Unidade não pode nem deve ser confundida com o TODO, pois não passa de um ponto de partida, e, não é mais do que uma manifestação do G.'.A.'.D.'.U.'., ou seja: começo de alguma coisa, produto da preexistência de uma CAUSA SEM CAUSA. 

Embora ele exista por si só, isoladamente ele não substituirá, pois nada existe nos Mundos Manifestados que consiga existir como uma Unidade isolada. Pode parecer paradoxal que, sendo o número UM a Origem e a Causa da existência de todos os demais números, seja por si, estéril, necessitando para se perpetuar como uma manifestação, de uma outra manifestação iguais a Si mesma, porém de natureza oposta, mas que já não é mais uma Unidade, pois a Unidade que se repete é igual a DOIS. 

 Para algumas Escolas Iniciáticas, o número DOIS é o número do Equilíbrio; para outras ele é o símbolo terrível da Dúvida, um número perigoso, porque duas forças iguais e antagônicas se antepõem uma à outra, na luta pelo domínio do UM sobre o outro UM. DOIS seria, então, símbolo da luta eterna que travam o Bem e o Mal; a Luz e a Treva; o Sim e Não; o Macho e Fêmea, etc. .

Se levarmos em conta, entretanto, que tudo que existe no Universo são apenas diferentes e antagônicas partes de um Único Todo, chegaremos a entender e compreender que o Bem e o Mal são DEUS; que a Luz e as Trevas são DEUS; que o macho e a Fêmea são DEUS, etc. . Porque Bem e Mal, Luz e Trevas, Sim e Não, Macho e Fêmea. etc., são apenas resultados de pontos de vista de um observador que se coloca em determinada posição no Plano Manifestado, e enxerga as coisas do seu próprio ponto de vista pessoal. 

E, se conseguirmos eliminar este ponto de vista pessoal ao encarar diferentes aspectos de um mesmo problema, acabaremos por entender que tudo é TUDO, e que, o número DOIS é apenas o número UM que se repete a Si mesmo, sendo, portanto, igual a si próprio...

O verdadeiro segredo da PAZ, da Tranqüilidade, do Bem-Estar, enfim, daquele estado da alma conhecido pelos orientais como Nirvana, é a Criatura viver em EQUILÍBRIO... Em todo Universo existe uma luta eterna e terrível, travada sempre entre duas forças antagônicas e violentas que, por sua própria natureza intrínseca, procuram dominar e destruir uma à outra. E, qualquer criatura que consiga se situar num ponto eqüidistante entre elas duas passa a ser de detentor de uma Força ainda maior que as outras duas, e que se chama EQUILÍBRIO.

EQUILÍBRIO é, portanto, um terceiro elemento que surge, pois com seu aparecimento é que cessarão a dúvida, a luta e antagonismo do número DOIS. Eis que surge o TRÊS, o Filho, produto da Harmonia, do Equilíbrio da Compreensão, da união entre dois oponentes eternos. 

É agora que surge afinal o número do equilíbrio total, no qual o UM se manifesta no TRÊS, para que o DOIS se harmonize consigo próprio. O Filho é igual  ao Pai e ambos são iguais a DEUS, e, se DEUS é igual ao Pai e ao Filho, todos são iguais entre si, e, se todos são iguais entre si, são portanto UM apenas, que se manifesta sob a Tríplice aparência do Equilíbrio. 

O maior segredo do conhecimento do simbolismo do número TRÊS talvez estejam na compreensão de que ele é o produto do Amor, da União, da Harmonia e do equilíbrio entre dias forças opostas e seu significado maravilhoso de que, com ele, começa a perpetuação de tudo que existe no Universo.

O número TRÊS repetido em todas as fórmulas litúrgicas do primeiro estágio, responde filosoficamente, dando ao Neófito a chave do profundo enigma. Ele procede do absoluto que é DEUS como a natureza procede do mesmo absoluto. O número TRÊS é uma expressão desse absoluto e dessa perfeição: porque contém em si – o ativo, o passivo e o neutro. 

Tudo que existe se manifesta neste ternário. Da unidade e da dualidade, nasce o terceiro que une os opostos: 1 + 2 = 3.

Por estas e muitas outras razões é que o número TRÊS é tão caro ao Maçom que busca a LUZ, porque três são também as qualidades da LUZ: o Fogo, a Chama e o Calor. O Fogo dissolve, purifica e transforma tudo, e é o símbolo do Espírito que tudo vivifica. A Chama, no movimento de seu bruxuleio, é o símbolo da Mutabilidade e do Movimento de tudo que existe no Plano Relativo. E o Calor, aquece e conserva a Vida no Universo.

TRÊS são as qualidades exigidas para aqueles que postulam as suas Iniciações: Vontade, Amor e Inteligência. Sem estas três qualidades o homem não passa de um aleijado, pois de nada adiantarão a Vontade e a Inteligência, se o Coração do Homem não estiver pleno de Amor para com tudo e com todos. Todo Maçom que quiser ser digno deste nome deve cultivar igualmente essas três qualidades representadas pelos três pontos (.'.) que apõe a seu nome, como as três estrelas que brilham no Or.'. da Loja.

Vontade . Amor  . Inteligência

Se prestarmos a devida atenção em toda parte encontraremos o número TRÊS, para lembrar-nos a todo instante do significado destes pontos:

Três são as Jóias Fixas da Loja: Prancheta da Loja, a Pedra Bruta e a Pedra Polida;

Três são as Jóias Móveis da Loja: O Esquadro representando o Ven.'., o Nível – 1º Vig.'. e o Prumo – 2º Vig.'.;

Três são as Grandes Luzes: Sabedoria, Força e Beleza, alocadas ao Leste, Norte e Sul e representadas respectivamente pelo Ven.'., 1º Vig.'. e 2º Vig.'.;

Três são as Virtudes Morais que devem ornar o espírito e o coração de qualquer ser humano, especialmente do Maçom: Fé, Esperança e Caridade.

O Três ainda pode ser estudado sob outros pontos de vista;

Do Tempo: Presente, Passado e Futuro;

Da Vida: Nascimento, Existência e Morte;

Da Família: Pa,i Mãe e Filho;

Da Trindade Cristã: Pai, Filho e Espírito Santo;

Da Constituição do Ser: Espírito, Alma e Corpo.

Finalmente é sobre três importantíssimos pontos que se deve apoiar todo Maçom que se preze e se julgue digno de ser chamado de Ir.'.: LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE. É num ponto eqüidistante deste Triângulo Sagrado que se deve colocar o verdadeiro Maçom e aí se apoiar, pois é que uma base quadrada que se origina uma Pirâmide, a qual em sua ascensão para a Unidade tem seus quatro lados formados por um Triângulo.

QUATRO é o número do Tetragrama Sagrado IOD, EH, VAU EH ou IEVE, ou JEHOVAH, nome com qual os Hebreus caracterizavam a divindade Manifestada, e que, no Sagrado Triângulo do Maçom aparece como o quarto elemento, simbolizado pelo Olho da DIVINDADE, o Divino Centro – o Equilíbrio que tudo vê, fazendo justiça e dando a cada um segundo suas obras.

Ir.'. José Carlos Lopes - M.'. I.'. – Or.'. de Curitiba - PR

Um comentário:

  1. O trabalho do Ir. José Carlos Lopes é perfeito, obrigado ao Ir. o nos presentear com o testo acima

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