VENERÁVEL MESTRE
A jóia do quadro é o Esquadro. Sen do o Esquadro o símbolo
da Retidão, como jóia distintiva do cargo de Venerável, indica que ele deve
ser o Maçom mais reto e mais justo da Loja que preside.
Como símbolo da retidão, todo maçom deve subordinar suas
ações. Como símbolo da virtude, devemos retificar nossos corações. O Esquadro é
materialmente o instrumento empregado nas construções. Simboliza para o
Venerável, a grandeza, a sabedoria de seus julgamentos e ensinamentos aos
membros da Oficina. É dessa sabedoria e discerni mento
da Justiça que devem brotar seus julgamentos, suas sentenças.
Pelo Venerável se conhece a Oficina, isto é, sendo ele o
resultado da vontade dos Irmãos do Quadro, é constitucionalmente o responsável
direto e indireto pela atividade ou inatividade, pelo brilho ou pela mediocridade,
pela participação ou desunião, pela igualdade ou complexo, pela prepotência ou
pelo ambiente de harmonia, enfim pelo fracasso ou pelo retumbante sucesso.
VIGILANTES
Denominam-se Vigilantes, os dois Oficiais de uma Loja
atual, que, por ordem hierárquica seguem ao Venerável Mestre, ao qual, embora
contrariando algumas tradições, sucedem-no na presidência dos trabalhos durante
os impedimentos. Esses três oficiais são denominados "As Três Pequenas
Luzes da Oficina".
Os Vigilantes são
os colaboradores diretos do Venerável Mestre para ministrar instruções aos
Aprendizes e Companheiros. Sendo pela ordem hierárquica, o segundo Oficial da
Loja, cabe ao 1º Vigilante ministrar instrução aos Companheiros e o 2º Vigilante,
terceiro da hierarquia, instruir os Aprendizes.
PRIMEIRO VIGILANTE
O Nível é a Jóia
distintiva do cargo. E o emblema da Igualdade. O Nível
maçônico é formado pôr um Esquadro de hastes iguais, de cujo ângulo desce uma
Perpendicular. O Nível simboliza a Igualdade social, base do Direito Natural
e a Perpendicular significa que o Maçom deve, precisa possuir uma Retidão de
julgamento que nenhuma afeição - de interesse ou de família - deve impedir. O
que pode distinguir os Maçons e conduzi-los aos Altos Cargos são o mérito e
também as virtudes e o talento.
O Nível lembra ao Maçom que todas as coisas devem ser
consideradas com serenidade igual e que o seu simbolismo tem como corolário,
noções de Medida, Imparcialidade, Tolerância e Igualdade, bem como o correto
emprego dos conhecimentos.
Ao Irmão Primeiro
Vigilante cabe a direção da Coluna do Sul.
SEGUNDO VIGILANTE
A Jóia do Cargo é um Prumo ou Perpendicular. Esta jóia
sugere que não se deve parar no aspecto interior das coisas, mas que se deve
penetrar o sentido oculto das Alegorias e dos Símbolos. Ele representa o
Símbolo da Pesquisa da Verdade nas profundezas onde se oculta; as sim como da
elevação dos sentimentos maçônicos em direção das alturas. No alto como em
baixo, descobre-se a beleza do Espírito e do Coração.
O Prumo ou Perpendicular na Maçonaria é fixado no centro
de um Arco. Ele é o emblema da busca, da pesquisa, da investigação da Verdade.
E, aproximando-o da verdade, do equilíbrio, ele parece mostrar o caminho que
conduz à perfeição. Aliado ao Esquadro, ele permite a correta e perfeita
construção do Templo.
ORADOR
A Jóia do Orador é um Livro Aberto, que simboliza que o
mesmo nada esconderá nada duvidoso deixará.
O Livro Aberto simboliza que ele representa a Consciência
da Loja, que ele deve conhecer os Cânones para definir a Razão.
O Orador, cargo criado pela Maçonaria Francesa logo após a
sua introdução naquele país, tem na ordem hierárquica dos funcionários o quarto
lugar e pede a Palavra diretamente ao Venerável.
O Orador é o ponto de equilíbrio de uma Oficina. Auxiliado
pôr um bom Orador que consiga unir, a madureza de um juízo reto a uma sólida
erudição, a um necessário conhecimento das Leia Maçônicas, é muito difícil que
um Venerável caia em erros crassos, em equívocos, ou se exceda no exercício
de suas funções.
A Igualdade, a Liberdade, a Razão; o Direito e a Justiça
deverão encontrar no Orador, a mais sólida garantia, o mais competente
defensor. Para isso ele deve possuir o mais profundo conhecimento dos
Regulamentos Gerais, da Ordem e dos particulares da Oficina, assim como tudo o
que concerne ao Regimento Inter no da Loja e aos cargos confiados aos
Dignitários e Oficiais.
SECRETÁRIO
Como o Secretário representa a Memória da Loja, sua jóia
são duas penas cruzadas indicando que ele assegura a tradição da Ordem e da
Oficina, com o registro de todos os fatos passados bem como o presente.
O Secretário e, na ordem hierárquica, a Quinta Dignidade;
pede a Palavra diretamente ao Venerável.
O Secretário é o grande responsável pela História da
Maçonaria. Os historia dores do futuro basear-se-ão no que ele registrar. Se
ele deixar de registrar, ou registrar mal os fatos ocorridos, a História,
nesse caso, ficará truncada ou será mal contada.
Sendo a Lua o símbolo do Secretário, pois ela não tem luz
própria, dependendo de luz alheia para brilhar, assim o Irmão Secretário também
só registra o que foi dito pôr outrem no exercício de seu cargo. Às vezes
também registra sua opinião, mas ele é apenas o fotógrafo da reunião. E com
certeza isso não é pouco.
TESOUREIRO
As duas chaves cruzadas, usadas como jóia do Tesoureiro da
Loja significa que ele é o Depositário das reservas monetárias da Loja e seu
manipulador. A chave é um símbolo forte e marcante dentro da Maçonaria, muito
especial mente nos chamados Altos Graus. Ela é considerada como símbolo do
Silêncio, da Circunspeção, da Inteligência, da Prudência e da Discrição.
O Tesoureiro, assim como o Secretário da Loja, ocupam cargos
de cunho profano, até mesmo na nomenclatura dos mesmos. No entanto, seu valor
dentro da Administração é de suma importância.
CHANCELER
A jóia do Irmão Chanceler é um Timbre ou Chancela,
simbolizando que o Chanceler é o Guarda Selos da Loja, responsável pela
Documentação da Loja e pela guarda dessa documentação. Ela é somente um símbolo
do cargo, não tendo nenhuma simbologia maçônica.
Chanceler é um dos principais oficiais da Loja. É ele o
depositário fiel do Timbre e do Selo da sua Oficina.
MESTRE DE
CERIMÔNIAS
Como símbolo a Régua Graduada representa o aperfeiçoamento
moral. Ela também é tida como símbolo de método, da retidão, da Lei. Pode
também ser considerada como símbolo do Infinito, já que a linha reta não tem
começo e nem fim. É como símbolo da moralidade que ele mais se representa,
traçando a linha reta de que o bom Maçom nunca deve afastar se. A régua
aparece nas Lojas Maçônicas como aparelho de trabalho de mediada de tempo que
não deve ser perdido em ociosidade, mas sim, aplicado no trabalho em prol da
Humanidade. A primeira condição para a vida feliz de uma Loja Maçônica é a
perfeição de seus trabalhos. Dessa perfeição dependem a Paz, a Harmonia, a
Dignidade dos que têm o Dever, a verdadeira noção do dever.
O cargo de Mestre de Cerimônias é um dos cargos de real
importância dentro de uma Loja Maçônica. Além das atribuições que lhe são de
regulamento, ele deverá ser um exímio executor da Ritualística e dos sinais e
palavras dos graus em que estiver se desenrolando os trabalhos. Na verdade esse
oficial deve ter o mais completo domínio do cerimonial maçônico.
HOSPITALEIRO
A Jóia do Cargo do Irmão Hospitaleiro é uma pequena
sacola, simbolizan do o Farnel do Peregrino, do Viajante, do Pedinte, é ele
que, em nome da Fraternidade, todas as reuniões coleta dos óbolos da Beneficência,
da Solenidade Maçônica para com os menos favorecidos pela sorte.
Os Ritos de York, Schroeder e Brasileiro, não possuem o
cargo de Hospitaleiro.
Dentro da hierarquia dos cargos de uma Loja, em dos de mais
elevada importância é o do Hospitaleiro da Oficina.
A escolha do Hospitaleiro deverá recair sobre um Irmão
dinâmico, de moral iliba da, sem mácula, que conheça bem todos os Irmãos. -
Deverá gozar da simpatia de to dos para poder imiscuir-se nos problemas de
cada um como se fora um parente de sangue, um filho da casa. Seu trabalho
dentro do Templo é irrelevante. Qualquer Mestre poderá substituí-lo à altura.
Fazer girar o Tronco é muito fácil. Seu trabalho, sua missão fora das quatro
paredes do Templo é que é importante muito importante e requer muito carinho,
muita dedicação, muito desprendimento.
EXPERTOS
A Jóia do Irmão
Experto entre nós é um Punhal. Por que o Punhal?
Esta arma é o emblema do Castigo que merecem os perjuros e
do remorso que deve despedaçar-lhe o coração. É sabido que o Punhal é uma arma
ofensiva. Na Maçonaria, porém lhe tem outro significado e figura em muitas
cerimônias e entre os emblemas distintivos de vários Graus filosóficos com
significado mera mente simbólico. Entre os Maçons ele significa também o
combate que devem travar para que, com a palavra e com a pena, defender, com
todo vigor, a Liberdade de Pensamento, de Consciência. Ele é o principal
atributo dos Expertos que guiam os Profanos durante a Iniciação e que telham
os Visitantes. Embora o Punhal seja tido como símbolo da Traição, para nós, é
o símbolo da fortaleza, da guarda. Hierarquicamente, o Experto, é o sexto
Oficial da Loja, o primeiro depois das Cinco Dignidades.
COBRIDOR
A Jóia do Cobridor são duas Espadas Cruzadas. Ao ser
juramentado com Cobridor, o Mestre Instalador diz estas pa lavras: "Cabe
lembrar-vos que estas Espadas Cruzadas indicam que só deveis dar ingresso em
nosso Templo aqueles que têm direito a tomar parte em nossos trabalhos,
Simbolicamente os ferros cruzados, em guarda para o combate, nos ensina a nos
pormos em defesa contra os maus pensamentos e a ordenarmos moralmente as
nossas ações.
Armado de Espada, o Cobri dor fica a esquerda de quem
entra, ao lado da porta cuja guarda lhe é confiada e que deve manter fechada.
Pôr esse motivo é que, em determinadas potências, é também chamado o Guarda do
Templo, representando o traço de união entre o mundo profano e a Loja, só ele
pode abrir ou fechar a porta.
A prova da grande importância deste cargo se verifica na
Maçonaria Inglesa. Lá as Lojas elegem apenas o Venerável, o Tesoureiro e o
Cobridor Interno, pôr considerarem tais cargos os de maior responsabilidade,
devendo pôr isso merecer o voto de todos os Irmãos da Loja. O Venerável é que
nomeia os ocupantes de todos os outros
PORTA BANDEIRA
A Jóia do cargo é a primeira do Pavilhão Nacional. Não
possui nenhum simbolismo maçônico. É uma prática profana introduzi da nos
Templos, para ativar o sentimento de cada Irmão.
E uma jóia simples, destituída de qual quer interpretação
que não seja aquela feita pêlos profanos, ou seja, a representação da Pátria, o
mais elevado símbolo de uma Nação. A vibração da alma de um povo, tanto na Paz
como na guerra.
Tal encargo foi oficializado na maçonaria brasileira
somente a partir de 02 de abril de 1959.
PORTA-ESTANDARTE
A Jóia do Cargo é uma miniatura de um Estandarte. Ela não
possui simbolismo maçônico. Só indica o cargo do portador da mesma.
Estandarte é a insígnia de uma corpo ração seja militar,
religiosa, esportiva ou filosófica, sendo no caso da maçonaria, conhecida e
utilizada como uma continuação da tradição das antigas confrarias e
corporações profissionais medievais, que tinham pôr seu Estandarte a maior
veneração e respeito.
A humanidade sempre necessitou de símbolo. Desde os mais
remotos tempos ela vem usando para representar sua crença ou ideal, partido ou
família, dignidade ou função, agremiação ou qualidade, cidade ou pais, enfim,
símbolos de forma e denominação várias.
MESTRE DE HARMONIA
A Lira é um instrumento musical, de corda, em numero
variável, parecido com uma harpa, porém em menores dimensões, sendo um dos
instrumentos mais antigos de que se tem notícia.
Se considerarmos os efeitos dos sons musicais durante as
nossas Sessões, preparando o ambiente, tomando-o mais harmônico, mais solene,
inspirador e belo, compreenderemos que a execução de uma seleção musical será
o complemento indispensável para uma boa sessão.
MESTRE DE
BANQUETES
A Jóia do Cargo é a Cornucópia que sempre simbolizou a
fartura, a abundância. A fábula diz ter sido ela arrancada da cabeça de
Aquelous, personagem mitológico, quando transformado em touro, foi vencido pôr
Hércules. Na Maçonaria também se usa uma Taça como Jóia de cargo de Mestre de
Banquetes.
ARQUITETO
A Jóia do cargo de
Arquiteto é uma Trolha, que é um dos grandes Símbolos Maçônicos.
A Trolha serve para mexer a massa destinada a cimentar as
pedras do Edifício realizando assim, a Unidade. A Trolha reúne, mistura,
unifica. É, portanto o símbolo da Benevolência esc1arecida, Fraternidade
Universal e profunda Tolerância que distinguem o verdadeiro Maçom.
Um cargo que parece de pouca importância, mas que na realidade
é tão ou mais importante que muitos outros tidos como tal. Suas ocupações não
são vistas durante a reunião, ou melhor, são vistas, mas não lhe são atribuídas
já que seu trabalho consiste, alem, de outros, na ornamentação da Loja,
colocando cada coisa em seu devido lugar. Ao Arquiteto está o sublime encargo
de cuidar, e bem, de tudo quanto pertence às decorações e ornamentações do
Templo.
O seu trabalho é feito antes de começar as Sessões,
tornando-se durante a mesma um privilegiado espectador.
Bibliografia
Cargos
em Loja - Assis Carvalho
Liturgia
e Ritualística - José Castellani
Ritual
do Primeiro Grau - Aprendiz
PESQUISA: Ser.'. Irmão José Robson
Gouveia Freire, M.'. I.'., Gr.'. 33º,
Gr.'. Orad.'. Adj.'.
do Sob.'. Supremo Conclave do Brasil e Membro Ativo da A.'. R.'. L.'.
S.'. Pioneiros de Brasília nº 2288 – Federada ao G.'. O.'. B.'. e
Jurisdicionada ao G.'. O.'. D.'. F.'. - Rito Brasileiro -
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